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Estreou em 1973 como repórter do Diário de Pernambuco, do qual foi redator e editor setorial. Foi editor-geral do Diário da Borborema-PB, Jornal de Hoje e Jornal de Alagoas. Foi colunista político e editorialista de O Jornal. Exerceu os seguintes cargos: Coordenador de Comunicação da Assembleia Legislativa de Alagoas, Delegado Regional do Ministério do Trabalho, Secretário de Imprensa da Prefeitura de Maceió e Secretário de Comunicação de Alagoas. Atualmente é editor-geral do PRIMEIRA EDIÇÃO.

Ataques em Brasília: por que envolvidos não podem ficar impunes

25/01/2023 17:49

É possível, provável mesmo, que muitos dos participantes da baderna de 8 de janeiro, em Brasília, não tivessem ciência de que o plano da manifestação criminosa incluía ações indefensáveis como depredações e saques do patrimônio da República.

Pois custaria crer que, mesmo portando DNA bolsonarista, idosos, doentes e mães acompanhadas de filhos menores (crianças) ousassem participar de uma mobilização golpista que culminou com quebra-quebra e roubalheira, mas que poderia, também, ter resultado em muitas pessoas mortas e feridas.

Esses – e somente – são os manifestantes que devem ser investigados e punidos pela presença no epicentro da arruaça com um grau menor, mais leve de responsabilidade. Poderiam ser chamados de ‘inocentes inúteis’, mas o fato é que a simples participação contribuiu para aumentar o volume da ‘massa humana’ ensandecida, tornando impraticável, por exemplo, mais eficiente a ação  defensiva dos agentes da Polícia Legislativa.

Os demais, sem exceção, devem pagar pelo que fizeram ou ajudaram a fazer. Os que invadiram as sedes do Congresso Nacional do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal sabiam, e como sabiam, das consequências de seus atos. Os que gritaram ‘palavras de ordem’, os que ordenaram os ataques, os que efetivamente atacaram e causaram destruição.

Na mesma medida, são culpados e devem ser responsabilizados e punidos os que organizaram e os que financiaram a ofensiva. Os que pagaram transporte, alimentação, hospedagem. Enfim, os que apostaram que a desordem na Praça dos Três Poderes seria suficiente para produzir um golpe de estado, uma intervenção das Forças Armadas no comando do poder central.

Esses, sim, devem ser severamente punidos porque, na democracia, sob o estado de ‘direito democrático’, a punição justa é a fórmula capaz de fazer justiça e, também, de servir de exemplo para que atos insanos não sejam tentados novamente.

O trágico episódio – como já assinalado neste espaço – projeta-se como lição histórica mostrando a resistência da democracia, a solidez do poder democrático, mas é forçoso entender que a impunidade, nesse caso da invasão a Brasília, poderia ter o mesmo efeito da falta de punição para os casos de corrupção que de há muito assolam o Brasil. Em síntese, livrar a pele de quem erra seria um convite à prática de futuros erros.

 

O CAMINHO CERTO PARA IMPULSIONAR A ECONOMIA DE ALAGOAS

Meta prioritária de Renan Filho para Alagoas, a duplicação e restauração de rodovias vai impulsionar o crescimento da economia estadual, facilitando o escoamento da produção e, também, estimulando o turismo rumo ao interior. Nesse sentido, nos primeiros 100 dias de sua atuação como ministro dos Transportes, RF já anunciou a liberação de R$ 80 milhões para obras no contexto do mapa rodoviário alagoano.

 

LIDERANÇA DE GALBA NETO INCOMODA ATÉ SETORES DA MÍDIA

A liderança de Galba Neto na Câmara de Maceió tem causado inveja e mexido até com setores da mídia. Herdeiro político do deputado Galba Novaes Filho e neto do saudoso Galba Novaes de Castro (cujo nome está estampado no auditório da sede do Legislativo Municipal) Galba Neto tem esbanjado competência e capacidade de conviver, produtivamente, com os diversos segmentos e lideranças do espectro político alagoano. Tem tudo para alçar grandes voos no futuro, sem dar a mínima para ilações.

 

GOVERNADOR PROMETE E CUMPRE: SAIU O 13º SALÁRIO DO CRIA

Mais um compromisso de campanha de Paulo Dantas foi cumprido: as mais de 140 mil mães inscritas no Programa Cria receberam a mensalidade de janeiro acrescida do 13º salário, um reforço financeiro importante neste início de ano. O pagamento simbólico foi efetuado na quarta-feira (18) pelo governador e pela secretária da Primeira Infância, Paula Dantas.

 

‘EM NOME DE BOLSONARO’, SEGUIDORES ACEITAM QUALQUER DISPARATE

Agindo como integrantes de seita, muitos bolsonaristas aceitam e até aplaudem tudo que vem ‘em nome de Bolsonaro’. Mesmo disparates, absurdos, são absorvidos com naturalidade. Alguns – sério – estão concordando com a versão (difundida nas redes bolsonaristas) de que Lula autorizou os ataques em Brasília. Ou seja, depois de uma batalha eleitoral épica, o vencedor, sem mais nem menos, simplesmente manda quebrar tudo...

 

ZEMA SE ADIANTA E SINALIZA INTENÇÃO DE LIDERAR OPOSIÇÃO

Com Bolsonaro ausente, os filhos acuados e Valdemar Costa Neto morrendo de medo de Alexandre Moraes, o governador Romeu Zema, de Minas, candidatou-se a herói bolsonarista. Mais: sinaliza  a intenção de assumir o comando da oposição nacional a Lula, a quem alfineta, divulgando que, ‘talvez’, o novo presidente tenha estimulado os atos terroristas no Distrito Federal...

 

AMBIENTE NAS LOJAS AMERICANAS NÃO É DOS MELHORES

Não de agora, as Lojas Americanas de Maceió têm chamado a atenção pela fragilidade de seus estoques e a baixa qualidade das mercadorias expostas. Isso fica visível, principalmente, nas unidades localizadas na Av. Duque de Caxias, área central, e da Av. Moreira Lima,  também no Centro da capital. Mas, apesar de tudo, o movimento de vendas ali tem se mantido estável.

 

RABO DE FOGUETE

A Jovem Pan divulgou que Lula pagaria auxílio-reclusão maior que o salário mínimo. Mais uma descarada fake news da rádio bolsonarista.

 

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No Congresso da AMA, Renan Calheiros reafirma compromisso com a causa municipalista

23/01/2023 13:57

O senador Renan Calheiros foi presença de destaque no Congresso dos Municípios Alagoanos, evento promovido pela Associação dos Municípios Alagoanos – AMA – com grande público – principalmente gestores e servidores públicos – presente ao Centro de Convenções de Jaraguá, em Maceió.

Ex-presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros garantiu que vai continuar defendendo as pautas municipalistas em tramitação no Parlamento Brasileiro.

Em seus mandatos como deputado federal e senador e como presidente do Congresso Nacional, o senador Renan Calheiros sempre se destacou como defensor do municipalismo, atuando como um protagonista da causa dos municípios brasileiros.

O senador do MDB liderou várias frentes, entre elas as que concederam acréscimo de 2% a mais no FPM (Fundo de Participação dos Municípios) em duas parcelas anuais nos meses de julho e dezembro.

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“Meus pais foram presos em Brasília. Fiz tudo o que podia para ajudá-los”

14/01/2023 15:38

 

 

Luciana Bugni

Colaboração para o TAB (UOL), de São Paulo

14/01/2023 04h01

 

 

Os pais de Felipe (*) sempre foram conservadores. Religiosos e servidores públicos, defendiam o que hoje se chama família de bem.

"Os comentários preconceituosos sempre aconteceram, mas, como fui criado nesse ambiente, cresci sem perceber. Só comecei a confrontar já adulto", ele conta. A animosidade começou quando Dilma sofreu impeachment, em 2016. Depois, escalou bastante a partir da campanha de Bolsonaro na presidência. A partir daí, o diálogo ficou complicado, como em tantas famílias. Após a eleição de 2022, os pais de Felipe, que têm mais de 60 anos, passaram a frequentar o quartel da cidade em que moram no Sul, a cerca de 1.500 km de Brasília. Eles seguem grupos bolsonaristas no WhatsApp, Telegram e Facebook. "Passei a me calar nos eventos, tentando ficar neutro — só me manifestava quando era algo muito absurdo", diz.

Quando pessoas próximas tentavam combater fake news com informações verificadas de veículos de imprensa profissionais, os pais usavam argumentos que são comuns entre apoiadores do ex-presidente: "mídia lixo, comprada pelo PT, doutrinação de esquerda". A relação foi se degastando. O período no acampamento em frente ao quartel, desde novembro, era visto pelos pais de Felipe como uma festa: um grupo de idosos, que passava algumas horas do dia juntos. "Era uma comunidade, falando a mesma língua, dividindo as mesmas ideias. Passaram Natal e Ano Novo naquela calçada. Isso cativou, virou um passatempo e tomou uma proporção que culminou na crença de que iriam até Brasília tomar o Planalto e não aconteceria nada”, ele conta.

A família estava preocupada com a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e afirmava, nos poucos encontros, que isso não poderia acontecer porque perderiam o dinheiro que tinham guardado, entre outras fake news. Qualquer argumentação via WhatsApp era ignorada. "A rigidez do núcleo era tanta que fui descobrindo que esses grupos em frente aos quartéis eram financiados pelos integrantes, que 'pagavam taxas'. Ou seja, minha família estava patrocinando, de certa forma", relata, inconformado. Felipe não sabia que os pais planejavam ir a Brasília. Descobriu por uma mensagem de texto, quando a família tentou marcar o almoço de domingo (8).

Os que souberam dos planos tentaram impedir a viagem, que duraria cerca de 20 horas, de ônibus. A seguir, ele relata o que aconteceu desde que os pais pisaram na Praça dos Três Poderes. * Meus pais dizem que chegaram [a Brasília] na madrugada de sábado (7), e que passaram a noite esperando o horário da manifestação. Pensaram em acampar, mas acharam que seria desconfortável demais. Ficaram [acordados] direto, esperando. Participaram da manifestação no domingo à tarde mas, quando se deu a confusão e a polícia finalmente interveio, decidiram ir a um hotel. Até que veio um boato de que se andassem nas ruas seriam presos — por isso, decidiram ficar no QG armado pela organização. Lá, teriam apoio do Exército, segundo diziam os grupos. Passaram mais uma noite lá. Em casa, sem nenhuma informação, eu não conseguia dormir. Soube depois que eles foram escoltados a noite toda nesse local, até que foram encaminhados, na manhã de segunda-feira para os ônibus que o Exército disponibilizou. Diziam que iam para a rodoviária. No trajeto, a Polícia Militar informou que estavam presos.

Eles foram encaminhados à triagem da polícia e as informações pararam de chegar, pois os celulares foram confiscados. A última notícia era que meus pais haviam sido separados. Fiquei procurando notícias nos sites durante o trabalho, mas não consegui fazer mais nada. Pensei que minha mãe não sobreviveria a uma noite na cadeia. Enquanto eu procurava um advogado criminal, algo que nunca havia feito antes, pois nenhum conhecido havia cometido crimes, ligava para familiares e tentava unir todo mundo (os de esquerda e os de direita). Tínhamos um problema maior para resolver e não queria ficar acusando os culpados.

Passei a madrugada falando com advogados até saber que meus pais haviam sido liberados e ligaram do celular de alguém Eles estavam indo para a rodoviária, pois a recomendação era que pegassem um ônibus de linha. Porém, nesse local, alguém que se identificou como um líder religioso recolheu os idosos num templo. Ali, muita gente se reencontrou com seus grupos e abandonou a ideia de voltar com um ônibus comum. Existia um novo boato de que ônibus fretados chegariam para buscá-los. Daqui, sabíamos pelas notícias que os ônibus estavam retidos, mas nas poucas ligações telefônicas que conseguimos fazer, eles duvidavam de tudo o que dizíamos.

Pensei em comprar uma passagem de avião, mas precisava falar com eles para garantir que entrariam no voo a tempo. Conseguimos contato com uma mulher do grupo na madrugada de terça. Pedi para falar com meus pais e eles se negaram a voltar de avião. Meu pai disse que estava passando por tudo isso por minha culpa, porque eu não havia votado na direita A mulher que era dona do celular me impediu de continuar a conversa com eles. Pareceu que ela sentiu que eles podiam ceder se continuassem falando com a família. Eu me exaltei e ela ameaçou: 'Você baixa a bola, ou não fala mais com sua família'. Tive uma sensação de sequestro.

Duas horas depois ligaram de novo, dizendo que voltariam se comprássemos passagens de avião para o grupo todo. Consultei um advogado novamente para saber se isso poderia configurar que eu estava apoiando o golpe, mas só queria trazer meus pais para casa em segurança. Garantiram que não teria problema. Dividimos em vários cartões para dar conta da despesa. Emiti todas as passagens, eram mais de dez. Era minha terceira noite sem dormir. Na quarta (11), eles estavam embarcando de volta. Não falaram comigo.

Achei que voltariam arrependidos de tudo que aconteceu, mas voltaram ainda mais convictos dos ideais do grupo Não sei quando e se voltaremos a nos falar, mas pelo menos tenho certeza de que fiz tudo o que podia para ajudá-los”.

 

(*) Nome fictício. Informações como a cidade de origem e as profissões dos citados também foram omitidas para que o entrevistado tenha possibilidade de reatar as relações familiares, como almeja.

 

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Uma proposta de paz e união após as disputas eleitorais

09/01/2023 14:52

Disputar mandato e exercer mandato são atos com íntima conexão – o segundo depende sempre do primeiro – mas a prudência, a razão e, sobretudo, o interesse público recomendam que, passada a caça ao voto, a refrega eleitoral cesse, os palanques sejam desmontados e os vitoriosos e vencidos, de todos os lados, esqueçam suas diferenças e passem a trabalhar – pelo povo.

Nesse sentido, os alagoanos viram com bons olhos- e renovada esperança – as posições assumidas pelos principais vencedores das eleições de outubro: Paulo Dantas e Renan Filho.

O governador reeleito disse, em seu discurso de posse na tribuna da Assembleia Legislativa, que governará parta todos os alagoanos, conclamando os adversários de ontem a uma união que, se consumada, só benefícios trará para o Estado.

Louve-se ainda a declaração de Paulo Dantas, no mesmo pronunciamento, de que está preocupado com o seu futuro: “Quero que as pessoas, amanhã, apontem para mim e digam ‘ele foi um bom governador’”. Muita gente acha (a exemplo do deputado Marcelo Victor) que Dantas será o ‘maior governador da história de Alagoas’, mas, como ele próprio frisou, se for reconhecido como um ‘bom governador’, significa que o Estado avançou e sua população foi assistida e bem tratada.

De sua parte, o ex-governador, senador eleito e agora ministro dos Transportes, Renan Filho, dignou-se, em gesto de altivez, ligar para o deputado Artur Lira, presidente da Câmara, e propor que, em sintonia, passem a trabalhar juntos (com toda bancada federal) buscando solução para os problemas de Alagoas.

Es um exemplo de como ‘desarmar palanque’ e transformar adversários de ontem em parceiros de agora. Não se está buscando fórmulas de alianças políticas, de acordos visando ao futuro, mesmo porque as próximas eleições que interessam e afetam diretamente os dois – Artur e Renan – só acontecerão daqui a quatro anos. Até lá, portanto, em nome dos interesses maiores de Alagoas e do próprio País, o que deve prevalecer é a busca incessante de meios e condições que satisfaçam as necessidades, que são muitas, do povo alagoano e brasileiro.

Por fim, com o clima de descontração que sempre sucede à tensão das disputas eleitorais, convém que os políticos de ideologias diferentes e de grupos antagônicos ajam como adversários, como concorrentes, e nunca como inimigos. Essa é a fórmula de se viver com civilidade sob o império da razão, nunca da emoção.

 

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O cérebro que reduziu oposição a pó e garantiu a vitória de Alagoas nas urnas de 2022

05/01/2023 21:07

 

Texto: Romero Vieira Belo

Se alguém tem motivos para comemorar o resultado das eleições de 2022, tanto a nível estadual como no plano federal, motivos de sobra, vale frisar, esse alguém chama-se José Renan Vasconcelos Calheiros. Isso mesmo, o senador do MDB alagoano, um dos mais fiéis correligionários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fez ‘cabelo, barba e bigode’ na feroz disputa em Alagoas e garantiu a Lula uma vitória presidencial das mais expressivas.

Como presidente estadual do MDB, e com a influência de quem já presidiu o Congresso Nacional por quatro vezes e comandou o Ministério da Justiça com uma gestão marcante, Renan Calheiros foi o grande articulador, o estrategista imbatível que conduziu seu grupo político e a frente partidária liderada pelo MDB ao triunfo incontestável nas urnas de 2 de outubro.

Ao lado do governador Paulo Dantas, do ex-governador Renan Filho, do deputado Marcelo Victor (presidente da Assembleia Legislativa) e do vice-prefeito (e ex-governador) Ronaldo Lessa, o senador Renan Calheiros comandou o projeto que elegeu 14 deputados estaduais, somente pelo MDB, assegurou a reeleição de Paulo Dantas (tendo Ronaldo Lessa como vice) e consagrou Renan Filho (hoje com lugar reservado na galeria dos maiores governadores de Alagoas) elegendo-o senador da República.

Sem medo de errar – e conhecendo com ninguém o sentimento político da grande maioria dos alagoanos – Renan Calheiros também fez de Lula o grande vitorioso da corrida presidencial, com um detalhe a considerar: por seu entendimento, Simone Tebet não deveria ter sido lançada candidata à Presidência, o que teria garantido a vitória de Lula já no primeiro turno.

 

EXPERIÊNCIA

O senador Renan sabia que precisava apenas ‘administrar’ a campanha para garantir a eleição de Renan Filho, um ex-

governador com altíssimo índice de aprovação popular e líder de todas as pesquisas de intenção de voto para o Senado, um nome praticamente sem adversário, sustentado impressionante projeto de governo que executou ao longo de 7,4 anos de mandatos.

Por isso, trabalhou para eleger uma grande bancada na Assembleia Legislativa e, a partir daí, preparou-se para assegurar a reeleição de Paulo Dantas sabendo que esquemas insidiosos seriam postos em prática para tentar mudar o curso da sucessão estadual com ações envolvendo Polícia Federal e Judiciário.

Em 1990, candidato favorito ao governo de Alagoas, Renan teve sua eleição garfada em cima da hora, num pleito cheio de irregularidades e que (para se ter uma ideia do tamanho da fraude) acabou sendo anulado em um terço dos municípios alagoanos.

Em 2022, preparou-se para encarar o ‘jogo sujo’, que veio com denúncias e até o afastamento de Paulo Dantas do governo, mas sua ação nos bastidores e junto ao Poder Judiciário, evitou o pior: o governador reassumiu o cargo, por determinação do Supremo Tribunal Federal, e a vitória foi assegurada. O esquema foi tão violento e descomunal, que a vantagem final previsível de 400 mil votos caiu para pouco mais de 74 mil sufrágios.

Com o resultado incontestável das urnas de 2 de outubro e de 30 de outubro, Renan Calheiros pôde comemorar a eleição de Paulo Dantas, Renan Filho, Ronaldo Lessa, da grande maioria dos deputados estaduais, da bancada federal e do presidente Lula.

Com isso, transformou em meros derrotados Rodrigo Cunha (governador), Davi Davino Filho (senador), Jó Pereira (vice-governadora) e Jair Bolsonaro (presidente), além, claro, de Artur Lira, o líder da oposição vencida e completamente desmantelada.

 

CPI da Covid: Senador pediu indiciamento de Bolsonaro

 

Da Redação

 

Em outubro de 2021, no relatório final da CPI da Covid, o senador Renan Calheiros pediu o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro por nove crimes. O relatório também atribuiu crimes a três dos filhos do presidente, ministros, ex-ministros, deputados federais, funcionários do governo, médicos e empresários.

O senador alagoano indicou no documento que foram cometidos 22 crimes diferentes, além de atos ilícitos de improbidade administrativa.

O documento de Renan Calheiros responsabilizou o senador Flávio Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro; de quatro ministros - Marcelo Queiroga, Onyx Lorenzoni, Wagner Rosário e Braga Netto; de dois ex-ministros - Ernesto Araújo e Eduardo Pazuello; além de cinco deputados federais - o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, Osmar Terra, Carla Zambelli, Bia Kicis e Carlos Jordy.

"Foram identificadas condutas comissivas e omissivas graves e em desacordo com a lei. A individualização das condutas levará em conta, quando for o caso, a competência de cada uma das autoridades implicadas e as ações praticadas por cada uma delas na busca pelo atendimento ao interesse público, quando se verificará se atuaram em conformidade com ou se omitiram do seu dever legal de agir", afirmou Renan no parecer.

 

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