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Estreou em 1973 como repórter do Diário de Pernambuco, do qual foi redator e editor setorial. Foi editor-geral do Diário da Borborema-PB, Jornal de Hoje e Jornal de Alagoas. Foi colunista político e editorialista de O Jornal. Exerceu os seguintes cargos: Coordenador de Comunicação da Assembleia Legislativa de Alagoas, Delegado Regional do Ministério do Trabalho, Secretário de Imprensa da Prefeitura de Maceió e Secretário de Comunicação de Alagoas. Atualmente é editor-geral do PRIMEIRA EDIÇÃO.

Oposição deveria investigar: como tudo isso foi possível?

20/03/2023 15:55

Renan Filho formou uma equipe muito competente e dinâmica, e isso foi de extrema importância para governar com resultados extraordinários. Não se transforma um estado pequeno e pobre em tão curto tempo, em períodos de crise – que o diga a falência de unidades como Rio de Janeiro, Minas e Rio Grande do Sul – e Renan conseguiu. Só quem viveu aqui nos últimos 40, 50 anos e acompanhou, passo a passo, os dramas, as crises e as dificuldades do Estado tem a exata noção de como isso aqui mudou.

Algumas situações servem de exemplos para se avaliar o que era e como ficou: Alagoas passou quase cinco décadas com sua população sendo assistida, em Maceió, por um único hospital público: o HGE, que antes fora a Unidade de Emergência, no Trapiche. Hoje, oito anos depois de Renan Filho no governo, o Estado conta com sete novos grandes hospitais públicos e 10 Unidades de Pronto Atendimento. Uma revolução na saúde.

Na educação, nesse curtíssimo período, foram implantadas 110 escolas de tempo integral – aquelas onde o alunado passa o dia aprendendo e desfrutando de alimentação e lazer. A valorização do magistério, com salários justos, e o programa Escola Dez colocaram o ensino alagoano entre os melhores do país.

Com altos investimentos, a Segurança Pública conta hoje com equipamentos de ponta, armas modernas, viaturas novas e um efetivo policial militar que intimida a bandidagem. Compensação: Alagoas deixou de liderar o ranking da criminalidade nacional.

Não há espaço para descrever tudo – o novo sistema rodoviário, as cisternas, creches, os viadutos, requalificação das grotas da capital, o apoio à agricultura doméstica, o pagamento em dia aos servidores públicos – mas esse resumo basta como prova eloquente e irrebatível de que Alagoas hoje vive outra realidade.

Tudo isso, entretanto, foi possível em razão do plano financeiro concebido e executado nesses últimos oito anos. Mérito de quem? Primeiro, do governador que acertou na escolha; segundo, do homem que organizou as finanças, viabilizou fontes de receita e executou a política fiscal de resultados tão impressionantes: George Santoro, o secretário da Fazenda que agora alça voo para assumir um cargo de mais amplitude no governo federal.

Mérito também do governador Paulo Dantas, que manteve Santoro no comando da Sefaz e cujo secretariado, no primeiro e agora no segundo mandato, tem atuado com dinâmica e competência, correspondendo plenamente às expectativas até de quem torceu pela oposição em 2022.

Então, por tudo que fez e legou ao estado alagoano, Santoro deveria ser estudado pelos mais teimosos oposicionistas em busca de resposta para a incitante interrogação: como tudo isso foi possível?

 

DATENA AGORA QUER SER PREFEITO DE SÃO PAULO

Presidente nacional do PDT, o ministro Carlos Lupi anuncia que o apresentador José Luiz Datena disputará a Prefeitura de São Paulo no ano que vem. Dá pra levar a sério? Não dá. Datena já saiu pra vereador, deputado estadual, federal, senador, prefeito, governador e presidente, mas nunca conquistou um só mandato. Simplesmente, porque desistiu de todos eles.

 

PARTIDOS DE GASPAR E LIRA ESTÃO SE UNINDO EM FEDERAÇÃO

Na campanha do ano passado, o deputado federal Alfredo Gaspar encaixou-se no bloco do deputado Artur Lira, de oposição, mas sem assumir a condição de oposicionista. Resta saber como será a partir de agora, que o seu partido, o União Brasil, está negociando uma fusão com o Progressistas de Lira. A questão é: o xerife Gaspar, que ontem investigava como chefe do MPE, vai agora se subordinar ao investigado presidente da Câmara dos Deputados?

 

BOLSONARO NÃO PEDIU, NEM RECEBEU, MAS VAI DEVOLVER

A frase ruidosa de Bolsonaro repercutiu: “Não pedi, nem recebi”, disse sobre as joias milionárias doadas pela Arábia Saudita ao governo brasileiro. Estranhamente, agora, através de seu advogado, o ex-presidente se corrigiu e anunciou que vai devolver o pacote de preciosidades que havia levado. Lembrando: os diamantes são eternos, mas não duram para sempre.

 

O VOO POPULAR DE R$ 200 E A BRONCA DO PRESIDENTE LULA

Lula bronqueou e, jogo aberto, exigiu que ministros se abstenham de apresentar propostas personalizadas. “Qualquer proposta – avisou – é proposta do governo”. Bem feito, mas, antes que se especule maldosamente, uma revelação: a bronca do presidente ocorreu depois que o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, alardeou o lançamento de ‘voos’ de R$ 200,00 para a população pobre poder também viajar de avião.

 

ANTES, NÃO SE CRITICAVA SIMPLESMENTE PORQUE NÃO TINHA O QUE CRITICAR

Em debate na Assembleia, o deputado policial Alberto Teixeira (sempre ele) relatou queixas de pacientes atendidos ou não no Hospital Regional de Arapiraca. É uma situação interessante: antes, quando só existia o HGE, oposicionistas atacavam o governo criticando, isso mesmo, a falta de hospitais públicos. Agora, com sete novos e mais dez UPAs no Estado...

 

CONVICÇÃO DE BOLSONARO ACABOU SOBRANDO PARA A CLASSE MÉDIA

A certeza de que venceria a disputa presidencial do ano passado levou Bolsonaro a cometer tremenda injustiça com a classe média. Se não tivesse tão certo de que o efeito da correção da tabela do Imposto de Renda atingiria ele próprio, o ex-capitão certamente teria cumprido a promessa feita solenemente na campanha presidencial de 2018.

 

RABO DE FOGUETE

Mansões, lojas, imóveis, joias das Mil e Uma Noites – e se o clã Bolsonaro passasse mais quatro anos no poder, viajando...

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Lula sabe quem são e como lidar com os 'tolinhos' do Congresso

13/03/2023 19:12

Não passou de uma ‘redundância’ a manifestação do deputado Artur Lira advertindo que o governo Lula não conta com votos no Congresso Nacional para aprovar matérias importantes como emendas constitucionais. Verdade, mas o presidente conhece bem a ‘mecânica funcional’ do Parlamento, desde seu primeiro mandato presidencial, quando surgiu o célebre ‘mensalão’.

O alerta feito por Artur Lira remete ao que aconteceu no recente governo de Jair Bolsonaro, quando o presidente, para sobreviver com 150 pedidos de impeachment, rendeu-se à ganância do Centrão, que tem Lira como um de seus principais líderes.

Nos últimos 30 anos o refrão tem sido assim: presidente que não negocia com o Congresso, à base do toma-lá-dá-cá’, não governa. E se tentar endurecer, partir para o enfrentamento, cai. Foi assim com Fernando Collor e se repetiu com Dilma Rousseff. Collor foi o primeiro presidente eleito pelo voto direto após o regime militar, e já então, no início da década de 1990, o Parlamento buscava uma relação promíscua e vantajosa com o Planalto. Collor não cedeu e acabou destituído via impeachment.

O mesmo remédio (na verdade, veneno) foi administrado à dona Dilma que, mais do que Collor, não queria conversa com os congressistas, mormente no segundo mandato. Rapidamente, os tolinhos da Câmara, guiados por Eduardo Cunha, invocaram as ‘pedaladas’ e detonaram a petista também com impeachment.

Fernando Henrique manteve uma relação razoavelmente institucional com deputados e senadores, mas, quando precisou de algo diferente – mudar a Constituição para se reeleger – teve de negociar operacionalizando métodos ‘não convencionais’.

Lula sabe disso, sabe que precisa ‘conversar’ para ter seus projetos aprovados, mas vai trabalhar com ‘limites’. Até porque, ao implodir o ‘orçamento secreto’, o Supremo Tribunal desfez o poder de barganha do Centrão. Eram muitos bilhões de reais que transitavam dos ministérios para os parlamentares, em forma de emendas, sem controle e sem publicidade. Um conluio, “uma farra dos diabos”, como diria o mestre Graciliano Ramos.

Lula sabe que ministérios e cargos não bastam para congressistas gulosos que só pensam ‘naquilo’. Se bastassem, Lira não estaria mandando ‘recado’ de forma pública e ostensiva. Cabe ao presidente estabelecer as regras do ‘entendimento’ para não se entregar aos vivaldinos, como fez o vencido Jair Bolsonaro.

 

RESPEITO À MULHER DEVERIA SER MATÉRIA CURRICULAR

A violência contra a mulher é um ‘problema cultural’, resultado da formação machista da sociedade brasileira, que não deve ser enfrentado ‘apenas’ com medidas legais punitivas. O respeito às mulheres deve ganhar espaço no currículo escolar desde a infância. Se a mentalidade do brasileiro mudar com ensinamento escolar e formação doméstica, o cenário mudará. Se a lei por si só resolvesse, a situação hoje seria outra com a ‘Maria da Penha’.

 

NOVO VOO DE RENAN À COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES

Em mais um registro relevante em seu histórico político, o senador Renan Calheiros está assumindo a presidência da Comissão de Relações Exteriores do Senado – a disputada CRE. Ponto para o presidente do MDB de Alagoas, que passa a comandar a influente Comissão no exato momento em que o Brasil (ausente na cena internacional durante o governo Bolsonaro) se reposiciona, com Lula na presidência, para mais uma vez assumir protagonismo nas relações com o mundo.

 

BOLSONARO NÃO DEVIA TER INDUZIDO POPULAÇÃO A NÃO SE VACINAR

Pelo que já foi apurado, inclusive no âmbito da Controladoria Geral da República (CGU) o ex-presidente Bolsonaro se vacinou contra Covid-19. Algum problema? Não, mas Bolsonaro cometeu pecado capital ao contribuir para desacreditar a vacina e induzir a população a tomar remédios comprovadamente ineficazes. Quer dizer: ele, Bolsonaro, se protegeu às escondidas. Enquanto isso, os cidadãos que lhe davam ouvidos...

 

AS JÓIAS DA ARÁBIA TÊM TUDO PARA VIRAR ENREDO POLICIAL NO CINEMA

Tratado como mais um escândalo da gestão bolsonarista, o caso das joias presenteadas ao governo brasileiro pela Arábia Saudita atinge direta e pessoalmente Jair Bolsonaro, mas afeta também a ex-primeira-dama Michelle que, na ausência do marido, vinha ensaiando movimentos com intenções políticas. O episódio é crítico e ainda vai mexer com a mídia por muito tempo.

 

QUEBRADEIRA NA RETA FINAL DO GOVERNO BOLSONARO

O site da Jovem Pan registra que 72 empresas entraram com pedido de falência em janeiro de 2023. Verdade. Como Lula assumiu o Planalto em janeiro, fica claro que as empresas falidas não suportaram os desacertos da economia durante o governo Bolsonaro. Mais: em janeiro de 2022 46 empresas já haviam quebrado, contra 40 no mesmo período de 2021.

 

PARTIDOS EXERCEM O PODER MAS NÃO APOIAM O GOVERNO?

Afinal, se Lula contempla um monte de partidos com ministérios e milhares de cargos, e mesmo assim não tem base parlamentar, para que está servindo essa prodigiosa distribuição de fatias do poder? Partidos que integram o governo, que ajudam Lula a exercer o comando presidencial, devem fazer a sua parte quando convocados para votarem as propostas governistas.

 

RABO DE FOGUETE

Se ninguém ligasse, o besteirol do deputado Nikolas Ferreira passaria em branco. Como todo mundo ligou, seu discurso idiota pipocou e – o pior – sua audiência disparou.

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O maior projeto de Renan Filho e Paulo Dantas

03/03/2023 16:22

 

Para entender a importância da educação e sua influência no desenvolvimento econômico e social, vale uma indagação: por que são boas as condições de vida nos países desenvolvidos? Não é milagre, não é riqueza natural nem apenas ‘esforço humano’. ´É o efeito da educação. Quanto mais educação, quanto mais ensino de qualidade, mais estudantes preparados e futuro garantido.

No Brasil e, em particular, no Nordeste, os políticos sempre deixaram a educação em segundo plano, priorizando setores de efeitos imediatos como, por exemplo, obras físicas – desde que excluindo-se as de saneamento básico, porque ‘invisíveis’.

Aqui em Alagoas dizia-se lá atrás que educação era um dispêndio com ‘resultados muito demorados’. Investe-se hoje na escola, e o aluno somente vai estar pronto para o mercado de trabalho 15 anos depois... Os gestores pensavam assim e agiam com esse entendimento. Enquanto isso, estados do Sul e do Sudeste se desenvolviam justamente por investir na formação educacional.

Até que surgiu Renan Filho com uma visão diferente, com uma gestão comprometida com as novas gerações, e em cujo governo de sete anos e meio foram construídas e implantadas mais de cem escolas de tempo integral. O que se pode esperar dessa mudança

de mentalidade materializada em ações concretas? Um estado em transformação. Haverá, claro, uma transição, mas a sociedade logo sentirá os efeitos do processo educacional. Jovens preparados, formados, prontos para trabalhar e produzir.

Trata-se de um projeto em execução, plenamente assumido pelo governador Paulo Dantas que, a exemplo de Renan Filho, também está investindo na escola, no aluno e no professor. Com escolas estruturadas, com o sistema de tempo integral e com a valorização do magistério, o governo está construindo uma nova Alagoas.

Ao investir no Escola 10 e situar o ensino como uma das três grandes prioridades de seu governo – educação, saúde e segurança – Paulo Dantas age como um governante que acredita na educação como elemento basilar do desenvolvimento. Sabe o governador – exatamente como entendia seu antecessor – que não existe futuro sem conhecimento e nenhum povo se desenvolve se não oferecer aos seus jovens a oportunidade de estudar e aprender. Espera-se que os gestores municipais alagoanos, seguindo o exemplo do Executivo estadual, também assumam o compromisso de investir mais na educação, no ensino básico, com absoluta convicção de que, assim fazendo, estarão assegurando um futuro melhor para todos.

 

A REFORMA QUE VAI MARCAR O TERCEIRO MANDATO PRESIDENCIAL DE LULA

A reforma tributária, que promete absorver o Congresso e não deve ser aprovada antes do final do ano, será o ponto de análise e de aprovação ou reprovação do governo Lula. Seguinte: o novo sistema tributário vai mexer com a economia e com o bolso dos brasileiros. Se vier na ‘medida certa’, será a consagração de Lula. Mas se tirar mais de quem já não tem, será um desastre político.

 

COM SANTORO NA SEFAZ, ALAGOAS NÃO SOUBE O QUE ERA CRISE

Atuando como financista altamente qualificado – e por isso disputado por vários estados – George Santoro conduziu as finanças de Alagoas, nesses últimos oito anos, com muita competência, habilidade e capacidade de criar fontes de custeio e de investimento para o Estado. O ajuste fiscal que ele executou, com total apoio do governador Renan Filho, fez Alagoas emergir

do ‘fundo do poço’ e se transformar em um estado viável. Por isso, em todos esses anos, a palavra crise não foi ouvida por aqui.

 

OS QUE NÃO LIGAM PARA ALAGOAS TORCEM PELA SAÍDA DE SANTORO

Agora, em pleno início do mandato integral de Paulo Dantas, circulam rumores – para dizer o certo, de origem imprecisa – de que o secretário da Fazenda estaria para deixar o cargo. Se a intenção for seguir carreira ‘solo’, tudo bem. Mas o que se percebe de forma cristalina é que, se depender do governador Dantas, Santoro permanecerá no cargo até o final do governo. Para total decepção dos que torcem pelo ‘quanto, pior melhor’.

 

UMA FÓRMULA VIÁVEL DE COMPENSAR AS PERDAS DE ALAGOAS

Não é mágica – e o companheiro Edivaldo Junior já tratou do tema – é a fórmula inteligente proposta pelo secretário George Santoro: alongar o prazo da dívida de Alagoas para com a União como meio de compensar as perdas sofridas pelo estado com a redução compulsória e desvairada do ICMS. Ou seja: a União estende o prazo da dívida e, assim, reduz o valor das parcelas. Só para se ter uma ideia, a Fazenda alagoana perdeu R$ 400 milhões em 2022 por conta do corte na arrecadação do ICMS.

 

LULA DÁ LIÇÃO DE RESPEITO E COMPROMISSO COM A VIDA DAS PESSOAS

Chamou a atenção: enquanto Lula voou às pressas para ver de perto a tragédia em São Sebastião, no litoral paulista, em dezembro de 2021 Bolsonaro curtiu férias enquanto parte do território baiano era devastada por temporais. O que Lula fez, agora, foi demonstrar respeito pela vida das famílias, a maioria pessoas pobres que perderam tudo em meio ao aguaceiro.

 

OS MINISTROS DE BOLSONARO E O QUEBRA-QUEBRA EM BRASÍLIA

Os dois ministros do Supremo Tribunal indicados por Bolsonaro, Nunes Marques e André Mendonça, se mantiveram silentes após os atentados contra os poderes em Brasília. Até que, na semana do Carnaval, um deles – o piauiense Nunes Marques – quebrou o

silêncio. E o que disse? Reprovou o tratamento dispensado a participantes do quebra-quebra de oito de janeiro. Sem surpresa.

 

RABO DE FOGUETE

Os europeus são grandes: Real, Barcelona, Bayern, Chelsea, PSG, tudo bem. Mas não digam que são times. São seleções com elencos internacionais bilionários...

 

 

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Cunha tem seus motivos para estrilar com tiradas de Renan, mas é a ‘sina dos derrotados'

07/02/2023 13:09

Em postagens nas redes sociais, Rodrigo Cunha tem abusado do mau humor, natural para um perdedor, mormente quando rebate tiradas do senador Renan Calheiros, orador vigoroso e, em certos momentos, cáustico, mas também um mestre da ironia.

Semana retrasada, Renan ironizou Cunha, que estaria de malas prontas para desembarcar do União Brasil: “Então, Rodrigo Cunha não foi comprado definitivamente apenas vendeu a candidatura ao governo por 20 milhões de reais. O tempo é o senhor da razão”. O senador de Arapiraca acusou a estocada e revidou com o desequilíbrio de sempre, mandando Renan se preocupar com o governador Paulo Dantas que, na sua ótica intencionalmente distorcida, não estaria atuando bem. E ainda cita processos movidos contra o presidente do MDB alagoano.

Vamos por partes, como diria o estrangulador. Primeiro, se confirmada sua saída do União Brasil, Cunha terá aplicado um golpe milionário no partido de Luciano Bivar. Aquela história: ingressa na legenda, embolsa uma fortuna e, uma vez derrotado, se manda sem um ‘muito obrigado’ e sem se despedida.

Depois, fala bobagem ao tentar criticar Paulo Dantas citando a situação da saúde, educação e segurança. Como não vive aqui, mas em seu ‘universo paralelo’, Cunha não sabe que o governo Renan Filho/Paulo Dantas construiu sete hospitais e seis UPAs; mais de 100 escolas de tempo integral e colocou os salários do magistério estadual entre os cinco melhores do Brasil. Além disso, derrubou a violência tirando Alagoas do topo da criminalidade nacional. Cunha parece que nem se deu conta ainda de que, justamente por isso, pelo excelente governo a quatro mãos, ele perdeu feio a disputa para governador, mesmo com todo aquela onda de perseguições e esquemas desmascarados.

Quanto às ações na Justiça contra Renan, não há uma única condenação. Até aqui, todos os processos foram arquivados no âmbito da Polícia Federal, do Ministério Público e do Supremo Tribunal. Por que? Ora, nasceram de delações premiadas. Não há uma prova séria, um indício válido contra o senador do MDB.

No mais, a raiva do senador da Terra do Fumo se explica também por entender que, com o grupo de Renan Calheiros fortalecido e coeso, sua chance de reeleição em 2026 é mínima – ou nenhuma.

Afinal, ao nomear Renan e Paulo no destempero agônico, Cunha

sabe que expõe, precisamente, os dois concorrentes que terá de enfrentar se ousar buscar a reeleição daqui a quatro anos.

 

MESMO SE CONDENADO, IDADE DEVERÁ SALVAR COLLOR DA PRISÃO

Ao contrário de Paulo Maluf, que foi condenado e está cumprindo a pena na prisão (agora domiciliar), Fernando Collor parece não correr mais o risco de ir para a cadeia. Se condenado, será salvo pela idade, pois a lei estabelece que o prazo da prescrição é reduzido pela metade quando, na época da sentença, o réu tiver mais de 70 anos. E o ex-presidente já passou dos 72 janeiros...

 

EMPRESÁRIO FERNANDO FARIAS É O NOVO SENADOR DE ALAGOAS

Vitorioso como 1º suplente de Renan Filho, o empresário Fernando Farias acaba de assumir o mandato de senador da República. Atuando como um dos executivos do Grupo Carlos Lyra, Farias é produtor de açúcar, álcool e etanol (combustível automotivo). Ele estreou como senador na abertura do ano legislativo porque o ex-governador Renan Filho, eleito senador com 56,92% dos votos dos alagoanos, assumiu o comando do Ministério dos Transportes do governo Lula.

 

AUMENTO DOS PROFESSORES ALAGOANOS TEM REPERCUSSÃO NACIONAL

No G1, a notícia do aumento dos professores alagoanos repercutiu assim: “O salário dos professores de nível médio da rede pública de educação de Alagoas será reajustado em 15% a partir da folha salarial de janeiro. O anúncio foi feito pelo governador Paulo Dantas na terça-feira (31/1), 14 dias após o Governo Federal homologar o aumento. É Paulo refirmando o compromisso com a educação. Viva o magistério.

 

SERVIDORES DA ASSEMBLEIA TRANQUILOS COM REELEIÇÃO DE MARCELO

A reeleição de Marcelo Victor tranquiliza os servidores da Assembleia Legislativa. No passado, a insegurança era total: atraso no pagamento, cortes nos salários, exclusões da folha, uma bagunça. Desde que assumiu o comando da Casa de Tavares Bastos, Marcelo Victor tem tratado o pessoal com respeito, assegurando a todos (ativos e aposentados) reajuste anual no patamar da inflação oficial.

 

BOLSONARO PERDE DISPUTA NA PRESENÇA DE MICHELLE

Com a mobilização dos bolsonaristas – até Michelle entrou no pagode – a disputa pela presidência do Senado tem um perdedor (Jair Bolsonaro) e, obviamente, um vencedor (Lula da Silva). E como Artur Lira (reeleito na Câmara) já se despiu completamente da fantasia bolsonariana, pode-se afirmar que Lula fez barba e bigode na disputa pelo comando do Congresso Nacional.

 

O CONGRESSO NOS TEMPOS DE VALDEMAR COSTA NETO...

O nível da Câmara Federal pode ser mensurado pela presença de um Valdemar Costa Neto como líder de um dos principais partidos ali representado – o PL. Condenado a sete anos de prisão por corrupção passiva, Costa Neto deveria ser rejeitado por toda legenda séria, mas, longe disso, posa de líder e consegue superar Bolsonaro ao proferir bobagens que incriminam a si próprio.

 

RABO DE FOGUETE

O Supremo aprovou a revisão da vida toda para os aposentados do INSS, mas, sem trânsito julgado, não tem revisão nenhuma.

 

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Responde aí: dirigentes brigam quando o time só acumula vitórias, grandes vitórias?

30/01/2023 18:50

É uma pergunta simples, ingênua mesmo: por que, depois de tudo que conquistaram nas eleições gerais do ano passado, Renan Calheiros e Paulo Dantas entrariam em rota de colisão?

A frente política que reuniu, além de Renan e Paulo, o hoje ministro Renan Filho, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Victor, o ex-governador Ronaldo Lessa e uma legião de deputados estaduais e federais, prefeitos e vereadores, venceu a disputa eleitoral e conquistou todos ao cargos em jogo.

Paulo Dantas governador (antes exercia um mandato indireto), Renan Filho senador (foi quem transmitiu o cargo a Paulo), Marcelo Victor deputado de novo (e mais uma vez presidente do Legislativo Estadual), Ronaldo Lessa vice-governador (era o vice-prefeito de Maceió), além de ampla maioria na Assembleia.

Mais: reunindo poderoso conjunto de partidos, o grupo garantiu uma vitória expressiva ao presidente Lula em Alagoas, o que obviamente vai se traduzir em apoio diferenciado do governo federal ao Estado, o que já começou com a investidura de Renan Filho no influente Ministério dos Transportes.

Por que, então, esses personagens estariam em choque, agora, quando ainda comemoram as conquistas nas urnas? E quando, ganhando cada vez mais adesões, já vislumbram o movimento de ‘peças no tabuleiro’ com vistas às eleições municipais? Sabendo, como todos sabem, que um novo e grande objetivo tende a unir ainda mais todos eles: as eleições gerais de 2026? E sabe o que se projeta para daqui a quatro anos? Anote: o senador Renan Calheiros disputando a reeleição, o governador Paulo Dantas concorrendo ao Senado e o ministro Renan Filho disputando sua volta ao governo alagoano. É só uma projeção...

Não há boatos, rumores ou coisa que o valha, e o momento escolhido para ressoar uma crise imaginária não poderia ser mais impróprio, visto que, na segunda-feira (23) Paulo e Renan estavam juntos, sorridentes, abonando as fichas de filiação de sete novos prefeitos que decidiram migrar para o MDB alagoano.

O fato, que logo será percebido pelos autores, é que o grupo vitorioso de 2022 está mais coeso do que nunca. E preparado – depois dos ataques insidiosos e das perseguições ao longo da batalha eleitoral do ano passado – para encarar e desintegrar qualquer tentativa de afastar seus integrantes. Pois o compromisso assumido – e a realidade já mostra isso objetivamente – não foi em razão de cobiças e ambições pessoais, mas dos interesses maiores de Alagoas. O resto é conversa pra boi sonhar.

 

SEM MATÉRIA PRIMA PARA O FOMENTO DE BOATOS E FOFOCAS

Ficou ruim, terrivelmente ruim, para os inimigos de Renan Calheiros e Paulo Dantas, o exercício da boataria. Durante a campanha eleitoral, tudo bem, havia o embate com Artur Lira. Mas, e agora, que Lira se compôs com Lula e acena para uma reaproximação com o grupo de Renan Calheiros? Nada de briga, nada de encrenca, ao menos até as próximas eleições...

 

AVANTE COM MARCOS BARBOSA APOIANDO O LÍDER BRUNO TOLEDO

Sempre presente nos momentos decisivos da Assembleia Legislativa, ao longo de seus cinco mandatos consecutivos, o deputado Marcos Barbosa, presidente regional do Avante, apoiou a escolha do colega Bruno Toledo para liderar a bancada governista ao longo da nova legislatura. Barbosa e sua esposa, vereadora Silvânia Barbosa, foram peças de destaque na campanha vitoriosa do governador Paulo Dantas e do senador Renan Filho, agora ministro dos Transportes.

 

MOEDA REGIONAL NÃO ACABARÁ COM O REAL BRASILEIRO

Parece difícil a turma entender, mas, vamos lá: a criação de uma moeda na área do Mercosul não acabará com o Real brasileiro, o Peso argentino ou outro padrão monetário regional. Não terá, por exemplo, o mesmo efeito do Euro na Comunidade Europeia. Será uma moeda de referência e seu valor será garantia para evitar eventuais calotes de países em dificuldade financeira.

 

CUMPRINDO MAIS UM COMPROMISSO DE CAMPANHA

Com o programa ‘Correria’, que isenta mais de 180 mil motociclistas do pagamento do IPVA, Paulo Dantas cumpre mais uma promessa de campanha. O dinheiro do imposto voltará aos cofres do Estado em forma de ICMS, pois será usado na compra de alimentos, roupas e produtos em geral de consumo. Mas – é sempre assim – tem gente que não gostou da iniciativa...

 

BOLSONARO FUGIU OU APOSTOU TUDO EM UM GOLPE MILITAR?

Não existe outra explicação para a viagem de Bolsonaro para Orlando, nos Estados Unidos, no penúltimo dia de seu mandato presidencial: medo de ser preso. Da forma como aconteceu, o voo quase que repentino assumiu ares de ‘fuga’. Ou será que o capitão reformado apostou na deflagração de um golpe militar seguido de um chamado para voltar e reassumir a presidência?

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Primeira Edição © 2011