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Mulheres Que São Como o Mar

29/11/2023 13:09

 

Mulheres que são como o mar,  são  grãos de areias

Que ao vento se movem e se juntam na praia

Em poderosas dunas barrando as ondas. 

São como o próprio mar: vastas e profundas!

Um oceano de águas agitadas, frias,  salgadas

Que escondem, em seus horizontes, doces segredos  e  inquietantes  mistérios.

Podem ser tranquilas e calmas se a brisa lhes tocar a face com ternura,

Mas devastadoras como ondas gigantes que rebentam e movem pedras nas encostas.

Mulheres que são como o mar, são águas doces que lavam a alma,

Banhando o corpo de sal,  deixando  agradável e úmido aroma de maresia,

Como  as marés:  transbordam ... invadem!

Sofrem alterações cíclicas em seus fluidos

Causadas por interferências gravitacionais da lua.

São de lua!

Um porto seguro em qualquer praia,

São âncoras em metais nobres e não se deixam corroer pelo sal,

Não permitem embarcações  desviarem seus rumos pelas correntezas.

Para o navio desorientado nas noites de tempestades,

São  faróis,  fonte de luz que iluminam o perigo.

Mulheres que são como o mar, se ameaçadas,

Recuam como as ondas para ganhar forças e retornarem mais fortes.

Guerreiras  na essência d’alma vão a combate com toda leveza

 E encanto de uma dança, num constante vai e vem à beira da praia.

Se deixam  pegadas nas areias  e as ondas apagam,

Logo a frente deixarão outras mais profundas.

Mulheres que são como o mar, não são todas.

Têm que ter  a pele queimada, dourada,  melanina ativada,

Pelos radiantes,  com muito, mas muito brilho da luz do sol 

São de todas as cores: Azul, verde, vermelha, laranja,

amarela, anil, violeta, preta, branca... Índia.

Do norte, do sul, do leste ao oeste,.

E de todas as raças. 

                                       

Maceió – AL, março de 2022                                                                                                       Hugo  Taques                                                                                                                                                                            

• Fiz este poema inspirado no projeto – Mulheres Que São Como o Mar – idealizado por Adriana Tenório.


 

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Homenagem aos 100 Anos da Semana de Arte Moderna

14/02/2022 15:26

A Associação dos Artistas Visuais de Alagoas – AAVA e a Fundação Municipal de Ação Cultural – FMAC,    com apoio da Diretoria de Teatros do Estado de Alagoas – DITEAL; promovem noite de homenagem ao Centenário da Semana de Arte Moderna ocorrida no Teatro Municipal de São Paulo, entre os dias 13 a 18 de fevereiro de 1922.
O evento acontecerá no dia 17 de fevereiro, a partir das 20 horas,  no foyer do, também centenário,  Teatro Deodoro, palco de inúmeras apresentações da arte  modernista brasileira. Na programação de abertura apresentação do Duo Diogo Oliveira (voz-tenor) e Franklin Muniz ( piano), com canções de câmara brasileira, em seguida  duas palestras, a primeira com o Professor Doutor,  Artista Visual e Escritor carioca, radicado em Maceió,  Francisco  Oiticica Filho;  e a segunda  com o também carioca radicado em Maceió , o Professor Doutor, Arquiteto Urbanista e Artista Visual, Lúcio Santos,  ambos irão discorrer sobre a Semana de 22 e seus ecos com abordagens distintas. Em seguida o Duo Selma Brito ( piano) e Luiz Martins ( Voz – tenor e Violino),  apresentando repertório clássico do inicio do Séc. XX, com composições de Heitor Villa-Lobos, Chiquinha Gonzaga, entre outros, e para encerrar a noite de homenagens,  o músico, Bruno Berle, ( voz e violão) apresenta um seleto repertório da Bossa Nova.
A entrada é gratuita e serão obedecidas todas as normas sanitárias em vigência. 
A Semana de Arte Moderna ou  Semana de 22, como ficou conhecida, é um dos marcos simbólicos mais  importantes da cultura brasileira do século XX e continua viva, os ideais do movimento modernista, entre os quais o  de rompimento com os padrões estéticos vigentes continuam marcantes nas mentes criativas dos artistas  contemporâneos.   À época, o movimento modernista foi apresentado por um grupo de intelectuais da burguesia paulista frequentadores da elite cultural francesa, hoje,  100 anos depois,  quem representa esses ideais, de ausência de formalismo, ruptura com o academicismo, valorização da identidade e cultura brasileira, fusão de influências externas aos elementos artísticos nacional,  utilização da linguagem coloquial e vulgar para aproximação da linguagem  do povo,  é,  na sua maioria o artista da periferia. 
O evento de 22  contou com apresentações de música e dança, recitais de poesia, exposições artísticas e palestras.  Os artistas que participaram foram:  Mário de Andrade (escritor), Oswald de Andrade (escritor), Di Cavalcanti (artista plástico), Heitor Villa-Lobos (compositor); Anita Malfatti (pintora); Graça Aranha (escritor); Guilherme de Almeida (poeta); Tácito de Almeida (escritor); Ronald de Carvalho (poeta); Menotti Del Picchia (poeta); entre outros, lembrando que a pintora Tarsila do Amaral, mesmo não tendo participado ativamente da Semana de Arte Moderna,  pois estava na França durante o evento, é considerada uma artista símbolo do modernismo brasileiro.
O Modernismo no Brasil teve três fases distintas, a primeira a de 1922, onde surgiram as primeiras manifestações do movimento, depois a partir dos anos 30 onde surgem uma nova geração com destaques para Rachel de Queiroz, Cecilia Meireles,  Érico Veríssimo, José Lins do Rego e Vinicius de Moraes e, consolidando o movimento, surge a geração de 1945, com nomes como o de Guimarães Rosa, João Cabral de Melo Neto e Clarice Lispector.  Mesmo o movimento ter começado em São Paulo, com grandes polêmicas pelas propostas inovadoras, irreverentes e contestadoras, causou grande impacto e ecoou pelos quatro cantos influenciando  a arte e a cultura brasileira. Esses ecos também reverberaram em Alagoas e, de forma positiva, contribuiu para construção e fortalecimento da sua cultura popular, hoje, com grande diversidade e características próprias incorporando elementos do modernismo.

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A retomada do turismo em Alagoas

13/02/2022 04:38

Já nos primeiros meses de 2022, em pleno verão e período da alta temporada, os ventos começam  soprar forte e a favor do turismo em Alagoas, com mais de 80% da população vacinada com a primeira dose, 70,9% com a segunda  e quase 24% com a dose de reforço, o pais e o estado,  que ocupa os primeiros lugares no ranking da vacinação, apresenta  um quadro bem diferente do mesmo período no inicio de 2021, quando a população tinha apenas esperanças  em relação à imunização e o setor amargava  uma das suas piores crises 
Segundo a Administradora e Consultora em Turismo,  Jaqueline Schmidt,  ainda é tempo de muita cautela em função do vai e vem das variantes do covid-19 que surgem a cada instante,  porém as expectativas são boas para o período,  como apontam as pesquisas indicando  crescimento do  Índice de Confiança do Consumidor  (ICC), com setor de hotelaria se recuperando com altas nas taxas de ocupações, com a retomada gradativa dos eventos, aeroportos lotados e reaquecimento gradativo da cadeia do turismo. 
A confirmar  essa tendência de reaquecimento da economia e aumento da população imunizada pela vacinação, Jaqueline Schmidt, prevê em pouco tempo um aumento significativo de abertura de novas vagas de empregos e a volta ao mercado dos trabalhadores que perderam seus postos durante a pandemia.
A administradora, que tem em seu currículo vasta experiencia em gestão hoteleira, nas áreas financeira, RH e gerência, argumenta que as características do turismo em Alagoas favorecem muito essa retomada, o estado tem um extenso  litoral de praias paradisíacas e uma diversidade de atrativos em áreas naturais, de norte a sul,  do litoral ao sertão, devendo, contudo, investir mais  nos protocolos de biossegurança,  incentivar condutas responsáveis e seguras para prevenção  e disseminação da Covid-19, tanto pelos profissionais do setor quanto pelos turistas.
“ A retomada do turismo terá efetividade se houver  uma aliança nacional entre a iniciativa privada e o poder público”,  argumenta a consultora, que acredita já está acontecendo e nessa onda positiva só falta maior  adesão da população  na campanha de vacinação, finaliza

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VI Salão Internacional de Arte Contemporânea

08/02/2022 09:53

Há sete anos, a AAVA - Associação dos Artistas Visuais de Alagoas,  criava o  I SACA - Salão de Arte Contemporânea de Alagoas, inaugurando também a Galeria de Artes Visuais do Complexo Cultural do Teatro Deodoro, e em breve lancará  edital para o VI Salão Internacional de Arte Contemporânea de Alagoas, edição esta que homenageará o centenário da Semana de Arte de 1922 e o Movimento Modernista Brasileiro. O Salão está previsto para acontecer de 01 a 30 de julho, no mesmo espaço. Segundo o artista visual, presidente da AAVA  e curador do I SACA, Fredy Correia, " ...foi um grande desafio, não havia nenhuma estrutura nem verba para sua realização, além da adequação dos espaços foi necessário montar o projeto de iluminação, construir os expositores e adquirir as luminárias que,  após o salão foram doados pela  AAVA ao Complexo,  sendo utilizados até os dias de  hoje pelos artistas que lá expõem".   O Salão reuniu setenta e quatro obras de setenta e quatro artistas alagoanos selecionados e  convidados , em um  evento que marcou  a história  das Artes Visuais no Estado  e do Complexo, não só por seu aspecto inaugural mas pela quantidade e qualidade técnica das obras e dos artistas participantes, entre eles Delson Uchoa, Solange Chalita, Dydha Lira, Reinaldo Lessa, Rogério Sarmento, Bárbara Lessa, Ana Maia Nobre, Juarez Orestes, Eva Le Campion, Suel e muitos outros.  Alagoas  ganhava ali não só um espaço importante para exposições mas o seu primeiro e mais importante salão de arte contemporânea, que agora passa a ser internacional.
No inicio o Complexo Cultural  só dispunha  de uma  pequena área  ( a parte superior ) para  exposições, mas com a  grandiosidade e importância o I SACA, também foi ocupado  o andar térreo ( denominado no projeto arquitetônico como área de convivência)  tornando desde então mais um novo espaço expositório permitindo  até hoje a realização de duas exposições simultâneas. 
 

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Poesia da Sombra II Diversidade

19/12/2021 21:07

No período de 11 de agosto a 09 de outubro/21, na Galeria de Artes Visuais do Complexo Cultural Teatro Deodoro, esteve em cartaz a minha segunda exposição individual de fotografia em Maceió-AL, com a temática do nu artístico feminino, intitulada Poesia da Sombra II – Diversidade. Foram expostas 50 imagens em preto e branco, medindo 50X70 cm, captadas  com a  sutileza típica de um profissional  comprometido com seu trabalho  agregado  a sensibilidade de uma alma poética capaz de pintar com a luz  a mais pura beleza  dos corpos femininos, independentemente do padrão estético.   A exposição faz uma leitura da diversidade estética do gênero. Pelas  imagens   revelo  destaques fascinantes em cada corpo: sobrepeso, rugas, flacidez,  todas nuances da  geografia  corporal,  realçando incrivelmente o sexo oposto. A mostra artística traduz a mensagem do acolhimento das diferenças, o que tem sido desafiador para a contemporaneidade. Esta segunda mostra faz parte de uma trilogia sobre a temática para a qual  já começei captar imagens e preparar  a terceira. Na qual convidei  e fotografei dez mulheres cuiabanas e maceioenses de diferentes biotipos, idade, orientação sexual e etnia, dando ênfase  à diversidade. Atendendo  pedidos de quem não pode ver, em função da pandemia, disponibilizei toda  exposição virtualmente e podem ser acessadas  a qualquer tempo bastando acessar o endereço, https://www.flickr.com/photos/hugotaques/albums  ou  http://www.diteal.al.gov.br/tour360/ e fazer o tour 360 graus observando em detalhes cada uma das 50 fotografias.

Quem é o artista?

Sou Hugo Taques, realizei minha primeira exposição individual de fotografia em Maceió, em maio de 2015 no MISA - Museu da Imagem e do Som de Alagoas. Foram 30 fotos com modelos magras, altas e jovens. Já nesta segunda mostro que sensualidade e beleza  são valores subjetivos e não são exclusivos de nenhuma tipologia de beleza. Foi um trabalho de muita sensibilidade e delicadeza no trato com as fotografadas. Exigiu confiança mútua, desde o convite para participação do projeto, passando pelas sessões de fotos no estúdio, até a seleção das imagens. Sou natural de Mato Grosso, mas radicado em Maceió- AL, há 16 anos. Poesia da Sombra II – Diversidade, trouxe uma proposta totalmente inclusiva e aborda questões sensíveis atuais, por vezes polêmicas e permeadas de preconceitos, como mulher trans,  mulher idosa, negra, magra, plus size e pessoa com deficiência. Todas elas são reveladas em seus traços mais fortes de plena beleza e naturalidade.   Sou  formado em História pela UFMT, pós graduado em Fotografia pela Facuminas e fotógrafo há mais de 20 anos; e aos 63 anos mantenho minha paixão por ambas as áreas (história e fotografia)  e ministro palestras sobre História da Arte e Fotografia Contemporânea. Costumo dizer que minha  relação com a fotografia é orgânica e estou em constante busca de conhecimentos para me manter vivo e atual.

Modelos:   

Amanda Maria da Silva Vicente – Maceió AL / Bárbara Nagma C. Correia – Maceió AL  / Elaine Ferreira da Silva – Maceió AL / Heloise Fernandes Godoy – Cuiabá MT / Jaqueline Mattos Arfux – Cuiabá MT / Lídia Rocha – Maceió AL / Luana de Farias Santos – Maceió AL / Noêmia Correia Rocha – Maceió AL / Tainara Cardoso de Araújo – Cuiabá MT / Vanessa Mikaela Farias  de Oliveira – Maceió AL

Curadoria : Fredy Correira

Produção/casting:  Flávia Taques Ferreira ( Cuiabá-MT)

Meus Contatos:   WhatsApp: (82)99924-5154   Email:htaques@gmail.com                                                                                                                 

Redes Sociais: Instagram: @hugotaques e @hugotaquesarte     Facebook: Hugo Taques       Portfólio: www.flickr.com/photos/hugotaques

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Primeira Edição © 2011