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Estreou em 1973 como repórter do Diário de Pernambuco, do qual foi redator e editor setorial. Foi editor-geral do Diário da Borborema-PB, Jornal de Hoje e Jornal de Alagoas. Foi colunista político e editorialista de O Jornal. Exerceu os seguintes cargos: Coordenador de Comunicação da Assembleia Legislativa de Alagoas, Delegado Regional do Ministério do Trabalho, Secretário de Imprensa da Prefeitura de Maceió e Secretário de Comunicação de Alagoas. Atualmente é editor-geral do PRIMEIRA EDIÇÃO.

Dilma e os médicos

02/09/2013 11:49

Dona Dilma até que vinha bem, mais ou menos, com seu assistencialismo bolsista, com seus programas de transferência de grana de um bolso, o da classe média, para a bolsa, das classes que o governo, o de Lula e o dela, não conseguiram resgatar da pobreza extrema ou, para usar uma linguagem realista, da miséria imbatível.

Vinha mais ou menos, até que, sem avaliar devidamente os efeitos de seu ato, resolveu apoiar a fórmula esquizofrênica de seu ministro Padilha, para resolver um problema crítico: importar médicos cubanos para atender os miseráveis brasileiros.

Por que médicos de fora, logo agora? Porque a eleição está próxima, e Dilma constatou que a nação do Bolsa Família tinha pão e frango na mesa, mas estava doente, morrendo sem médicos e sem hospitais. Então, não se conteve quando o Padilha proclamou: ou virão os cubanos, ou muitos eleitores não chegarão às urnas...

Tudo bem, os cubanos são mal formados e estão desocupados (ou não viriam trabalhar pela comida), mas Dilma foi cruel com os médicos nacionais, ao fixar em R$ 10 mil, a remuneração, por cabeça, dos clínicos fidelinos. Por R$ 10 mil, presidente, os daqui, bem formados, aderem ao mister da saúde pública moribunda.

Terrível, nessa história que entrará para a História, é que os cubanos atuarão recebendo entre R$ 2 mil e R$ 3 mil (descontada a bóia nossa de cada dia?) - o resto, pasmem, irá para o governo da Ilha encantada. Uma afronta, uma desfeita com os médicos pátrios.

Bom, mas Padilha jura que os cubanos são competentes e darão conta do recado, cada um trabalhando com um tradutor a tiracolo. Resta saber se dona Dilma, quando e se precisar, recorrerá aos chatos do Sírio Libanês, ou se entregará aos pupilos do barbudo Fidel.

TÉO E RENAN

Há um paralelo entre Téo Vilela e Renan Calheiros: assim como o senador só fala na eleição de governador em 2014, o governador só fala na eleição de senador no próximo ano.

PÉ DE OUVIDO

É, mas, novamente, o Colunista ouviu de um assessor palaciano: “O Téo vai, sim, disputar a eleição”. Com ele, com o governador, o senador Fernando Collor e a vereadora Heloísa Helena.

O BATALHÃO POLICIAL DA ASSEMBLEIA

Sindicalistas e baderneiros infiltrados invadiram o prédio da Assembleia, dançaram, rebolaram e esculhambaram. Alguns acham que o protesto não serviu para nada. Engano. A manifestação de quarta-feira serviu para mostrar como os 82 policiais militares requisitados são úteis ao Poder Legislativo alagoano.

FALÊNCIA MORAL

Os 321 deputados que votaram a favor de Natan Donadon se nivelaram ao presidiário condenados pelo STF a 13 anos por corrupção. Mais que isso, decretaram a falência moral da Câmara.

PICARETAS E CORRUPTOS

Após cumprir mandato de deputado federal, Lula disparou: “No Congresso Nacional existem 300 picaretas”. O que diria, hoje, Luiz Inácio, após a absolvição de Natan Donadon na Câmara?

SEM PRESSA, JUCÁ QUER DEBELAR ILEGALIDADES

O chefe do Ministério Público Estadual, Sérgio Jucá, vai confrontar a lista de servidores efetivos da Assembleia Legislativa, publicada no início dos anos 90, após a promulgação da Constituição de 1988, com o quadro atual de funcionários ativos. Quem estiver na relação atual, e não aparecer na anterior, e porque foi enxertado na folha salarial. Não pode ser chamado de ‘servidor. É corpo estranho na Casa. Sérgio Jucá já disse que não tem pressa, tem determinação de debelar as ilegalidades.

MARCA CRÍTICA

Apagão virou rotina no governo Dilma. Difere da crise energética de FHC em um ponto: naquela época, o país sabia que estava sob racionamento; hoje, o blecaute vem de supetão.

E SE POR AZAR...

Imagine se, por puro caiporismo, ocorrer um blecaute no dia cinco de outubro de 2014. Um apagão nacional, por exemplo. Simplesmente não haverá eleições por motivos óbvios.

NOVA SEDE PARA A CÂMARA MUNICIPAL

Carioly fechou. E daí? Daí que o prédio, ali pertinho da Praça Deodoro, poderia ser sondado para ser transformado em nova sede da Câmara Municipal. Tem placa de aluga-se, mas, quem sabe, pode ser objeto de desapropriação, claro, com a devida indenização. O prédio é espaçoso o suficiente para abrigar todos os gabinetes dos vereadores e os departamentos funcionários do Legislativo Municipal.

NOVO SECRETÁRIO

Jaelson Gomes, novo secretário de Saúde de Maceió, não é médico, mas José Serra também não era (não é), e, apesar disso, foi o melhor ministro da Saúde do país, durante o governo FHC.

SANTO DE LÁ E DE CÁ

O que faziam, em Cuba, os médicos que estão vindo para o Brasil? Pela lógica, nada. Se faziam, resolveram cobrir um santo e descobrir outro. E o santo de lá, certamente, é mais fraco.

UM MALABARISTA, ESSE SATAN DANADÃO

Condenado sem mais direito à apelação, presidiário de pijama listrado, Satan Danadão, isto é, Natan Donadon, conseguiu uma proeza: colocar seus colegas deputados federais no mesmo degrau de seus colegas da Papuda. Sua absolvição foi, por isso (como disse o ministro Marco Aurélio) uma homenagem indelével aos bandidos trancafiados na principal masmorra do Distrito Federal.

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Veja a última entrevista de Marcelo Lyra como secretário de Saúde de Maceió

29/08/2013 07:56

Segunda-feira, o Primeira Edição publicou a que seria a última entrevista de João Marcelo Lyra como secretário de Saúde de Maceió. Na manhã desta quinta-feira, Lyra anunciou sua renúncia ao cargo. Veja o que ele disse na entrevista à repórter Luciana Martins:

ENTREVISTA/JOÃO MARCELO LYRA


“Novo hospital terá parceria
entre governo e a Prefeitura”

Secretário Marcelo Lyra diz como está a saúde publica na capital

A construção de um hospital no Tabuleiro do Martins, prometida por Rui Palmeira durante a campanha eleitoral, está em projeto e deve ser materializado em parceria com o governo do Estado. A revelação é do secretário Municipal de Saúde, João Marcelo Lyra, em entrevista ao Primeira Edição. Na conversa com a repórter Luciana Martins, ele detalha como serão gastos até o final dos ano os R$ 12 milhões disponíveis em sua Pasta e diz como está o atendimento nos postos de saúde da capital, incluindo o PAM-Salgadinho, principal unidade assistencial mantida pela Prefeitura. Marcelo Lyra fala ainda da judicialização da Saúde, situaão que tem onerado em muito os cofres municipais com o cumprimento de decisões emanadas do Judiciário.

A Prefeitura dispõe de R$ 12 milhões para gastar com a saúde até o final deste ano. Como serão investidos esses recursos?
Esses recursos vão ser focados, principalmente, na recuperação de 35 unidades, cujo processo licitatório está em curso, dentro de 40 dias devem começar as primeiras obras. Há também dois novos postos de saúde, no valor de R$ 512 mil cada, e a reforma do PAM-Salgadinho, orçada em R$ 13 milhões e 700 mil englobando toda infraestrutura, piso, centro cirúrgico, readequação do Laclin (laboratório), parte elétrica e hidráulica, aquisição de grupo gerador. Até o final do ano, devemos ter o inicio das obras.

Durante a campanha eleitoral, o prefeito Rui Palmeira anunciou a construção de um hospital no Tabuleiro. O que há de novo nesse sentido?
Está em projeto, o setor de engenharia e arquitetura das duas Secretarias de Saúde (municipal e estadual) está desenhando o projeto, mas já existe o terreno. A questão da verba e o início da construção ficam para o ano que vem, pois ainda estamos buscando a definição dos recursos e como será feito o custeio mensal desse hospital.

Quais as principais carências nos postos de saúde da capital geridos pela Prefeitura?
A principal ainda é medicamentos, situação que estamos regularizando. Existem alguns equipamentos pontuais que faltam, mas já fizemos a licitação via pregão eletrônico, com uma economia de mais de R$ 3 milhões e isso vai fazer com que a gente avance mais rápido na saúde. Além disso, a infraestrutura: vamos resolver daqui a um mês, iniciar as obras estruturais mínimas. Não é reforma grandiosa, mas parte elétrica, pintura, hidráulica, telhado e a carência de recursos humanos, problema que está sendo sanado com a contratação de 800 profissionais em quatro meses (pessoal aprovado em concurso na gestão passada).

Os problemas do Pam-Salgadinho estão superados?
O atendimento melhorou bastante, os médicos já estão atendendo num volume bem maior. O PAM vai ter que passar por reforma elétrica e hidráulica, porque só aproveitamos 40% de seu funcionamento. Hoje, se colocarmos tudo para funcionar, queima todos os aparelhos. A reforma será iniciada até o final do ano, será paulatina, por blocos, porque não há como fechar aquele posto. Com isso, espero que tenhamos um acréscimo no atendimento em torno de 50%, depois da reforma estrutural. Agora foi estendido o horário, foi aumentada a carga horária e metas de atendimento dos médicos e de outros setores, temos o agendamento de retorno, então você não volta para fila, isso já melhorou bastante. Nossa meta agora é descentralizar as atividades do PAM para outros postos, levando o atendimento para perto da população. O objetivo é que 90% da população resolvam seus problemas no bairro ou distrito, e que, eventualmente, em caso mais complexo, o paciente se dirija ao PAM-Salgadinho, que hoje é a única unidade que temos com atendimento especializado e isso sobrecarrega a unidade. O que tínhamos de fazer agora, foi feito, aumentando a carga horária dos ambulatórios.

O prefeito disse há duas semanas que já pensa em realizar concurso para médicos, mesmo após nomear 70 profissionais aprovados no último concurso. Quando o certame vai sair?
Esse novo concurso é especifico para especialistas que não foram contemplados na última seleção. Foi triangulado com o Ministério Público, por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que esses médicos podem ser contratados em caráter temporário e dentro de um ano ou um ano e meio, deve ser feito novo concurso, bem especifico, mas já focando esses postos de especialidade um por distrito e com a demanda que vai existir.

Maceió está inscrita no programa ‘Mais Médicos’ do governo federal?
Não, mas foi por questões operacionais porque nos dois últimos dias o site travou e estamos aguardando a nova chamada e adequar alguns médicos, clínicos, que ainda são necessários, mas, não é uma quantidade muito grande.

Como o senhor avalia a decisão do governo federal de trazer médicos de Cuba para atender às populações pobres do Brasil?
Para as áreas mais remotas e de difícil acesso pode ser válido, mas eu realmente gostaria que tivesse o exame mínimo necessário, o revalida. Sou a favor, porque se eu quiser ser médico em qualquer lugar fora do país eu vou ter que fazer um revalida também. Criando uma forma de triagem desses médico, não vejo porque não trazê-los.

A seu ver, qual a principal causa da crise de médicos, tanto em Alagoas como no resto do país?
Ao longo do tempo essa questão do clinico no Brasil foi desestimulada pelo baixo salário, falta de condições de progredir. Estudar a saúde pública é complicado com o problema da falta de clínicos que queiram efetivamente fazer carreira no serviço público. Como também é difícil você ter médicos especializados na parte de gestão pública da saúde, são duas áreas muito carentes. Isso é reflexo dos baixos salários, do desestímulo que aconteceu ao longo de décadas. A falta de um plano de carreira, de cargos e salários, atualização continuada; a abertura de novos cursos de medicina, estrutura, contrato, rescisão, todos os direitos que os trabalhadores têm.

Por que os médicos contratados pela Prefeitura não se queixam tanto quanto os que servem ao Estado?
Porque a Prefeitura oferece uma remuneração melhor, esse é o primeiro ponto. Não conheço a fundo as queixas dos médicos do Estado, mas uma das questões é esta, não ter o plano de cargos e salários que temos na Prefeitura e temos a opção de um salário mais diferenciado em relação ao Estado. Nós temos 29 pediatras, mais de 20 ginecologistas, mais de 15 clínicos e isso já melhora muito para o posto básico e vão trazer mais equipamentos e uma melhor infraesturura para melhorar o atendimento à população.

Em resumo, como o senhor assumiu a saúde municipal, e como o setor se encontra depois desses sete meses de trabalho?
O maior ganho que tivemos foi na organização e planejamento e como a saúde é mutável não poderíamos deixar de fazer ações de impacto como a redução da fila de espera por consulta médicas no PAM-Salgadinho que hoje é feita por agendamento e nessas quatro edições tivemos 4.500 pessoas, atendimento que derivou em mais de 1.500 exames complementares e mais de 1.300 cirurgias em pouco tempo. Paulatinamente, organizando mais, não deixando de dar uma resposta e agora no dia 20 de setembro estaremos inaugurando a Maternidade Modelo com 28 leitos. Recebi um convite do prefeito e decidi deixar o pessoal pelo coletivo, e estou muito feliz em ajudar em grande escala.

E quanto à judicialização da saúde, como vê essa questão?
É um ponto crítico porque só nesses primeiro seis meses foram R$ 6,5 milhões gastos com judicialização e não temos orçamento para isso, nem estamos preparados para arcar com tal montante extra. Montamos um núcleo com diversos especialistas para fazer a triagem desses pedidos para encaixar na rede e evitar a judicialização, que é mais cara. As atividades se iniciaram há três semanas e já temos relatório com a economia feita evitando-se as medidas judiciais. Para o paciente é ótimo porque não precisa ir à justiça, mas os casos sem cobertura do SUS têm de ser via judicial.

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A mesada do deputado estadual

26/08/2013 06:08

As mazelas, os excessos e desvios que ocorrem e se repetem na Asembleia Legislativa têm uma origem: o altíssimo custo das campanhas eleitorais em Alagoas. A monetarização do processo político transformou a eleição de deputado estadual, principalmente esta, num jogo de risco que pode – ou abrir caminho para um candidato vencer e se dar bem na vida ou arruiná-lo financeiramente. Exemplo de sucesso, nesse jogo imprevisível, são figuras que conseguem exercer quatro, cinco, seis mandatos seguidos, o que lhes permite comprar imóveis, fazendas, casas de praias, apartamentos de luxo. Exemplo de fracasso: artista, homem de bem, Ismael Pereira não conseguiu se reeleger e desde então passou a viver de trabalho árduo e contínuo, é um sobrevivente.
Dê-se o nome que quiser (verba disso, verba daquilo) e incluam-se os personagens chamados de assessores, auxiliares e coisa do gênero – o fato, no entanto, é que a cada deputado é destinada, mensalmente, a quantia de 200 mil reais. Como fazem é irrelevante, mas parte desse dinheiro é reservada para uso na campanha em busca da reeleição. Quando a situação se complica, quando a concorrência se acirra, lança-se mão da poupança, das aplicações, da reserva patrimonial, e marcha-se para o tudo ou nada. Por isso, ninguém quer saber de CPI para investigar o custeio de cada um. E quem diz que quer, o faz sabendo que a devassa nunca acontecerá. No máximo, um ‘deixa como está e fim de conversa’.
Financiamento público de campanha resolve esse problema? Pode ser, mas quem garante que os candidatos mais abonados não lançarão mão de recursos próprios para chegar adiante dos outros?

E OS OUTROS?
Pergunta mais constante, durante a semana, nos bastidores da Assembleia: “Quando o procurador Fábio Ferrário vai receitar á Mesa o recadastramento dos servidores comissionados?”.

ALELUA, CÂMARA!
A classe média também é filha de Deus. Uma prova? Começou, finalmente, a tramitar na Câmara em Brasília, projeto que corrige a interminável defasagem da tabela leonina do Imposto de Renda.

LOIOLA E O APELO PELOS DEFENSORES
Diz um assessor palaciano: “É papel do tucano Inácio Loiola, cobrar a nomeação dos defensores públicos concursados, mas o parlamentar sabe, bem informado que é, que Alagoas é um dos 16 estados que ultrapassaram o limite de gasto com pessoal previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Loiola sabe, também, que isso aconteceu porque o governo vem reajustando, ano após ano, os salários de todos os servidores públicos do Executivo estadual”.

CAI A MÁSCARA
Aderindo ao mais clássico estilo ‘toma lá, dá cá’, a presidente de Dilma liberou bilhões em emendas parlamentares e, no final, enquadrou o Congresso Nacional, que manteve seus vetos.

OS DOIS ÚNICOS
Os dois presidentes da República que não transigiram com o Parlamento, se deram mal: Jânio Quadros acabou renunciando, enquanto Fernando Collor foi derrubado com o impeachment.

LESSA – ENTRE DEPUTADO ESTADUAL E FEDERAL
Ronaldo Lessa pode até tomar outro rumo, mas seu projeto já está definido: disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados. O ex-governador confessa que tem sido estimulado a disputar uma vaga na Assembleia Legislativa, mas explica que a alta direção do PDT, seu partido, insiste para que ele conquiste um mandato federal. “Isso daria mais força ao partido, mais tempo na TV e reforçaria a participação do PDT nos recursos do Fundo Partidário”.

ONIPRESENÇA
O vereador Silvano Barbosa universalizou-se: pré-candidato a deputado estadual, ele saiu do Benedito Bentes, ampliou seu raio de ação e começa a organizar redutos eleitores nos demais bairros.

NÃO, NÃO E NÃO!
Parece incrível, mas todo dia surge alguém querendo saber se Suruagy vai se candidatar no próximo ano. Não, o ex-governador reafirma que sua meta agora é apenas votar, não mais ser votado.

PIRANHAS - RETRATO DE UMA CIDADE
Médica, escritora, compositora musical e poetisa, a versátil Rosiane Rodrigues, referência da intelectualidade alagoana, prepara-se para relançar seu consagrado livro “Piranhas – Retrato de uma cidade” durante a próxima Bienal do Livro, em outubro vindouro. Detalhe: a obra está ampliada com uma seleção de novos textos, dentre eles “Isso é Piranhas”, de autoria do colunista, que aproveita para agradecer a distinção.

BARÃO DE JARAGUÁ
O histórico prédio do Arquivo Público Estadual, ao lado da Assembleia Legislativa, está com sua reforma acelerada e deverá ser reaberto em outubro, durante a próxima Bienal do Livro.

É ISSO MESMO!
A proposta do prefeito Rui Palmeira é transferir, mesmo, o 59º Batalhão de Infantaria para outra região da capital. Abrir uma avenida por dentro da Unidade Militar é só a largada do processo.

PASSE LIVRE - COMO SE NUNCA TIVESSE SIDO
Era previsível a derrubada do projeto do Passe Livre pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de Maceió. Além de demagógica, pois propunha algo que não pode ser oferecido, a proposta do iniciante Galba Neto invadia a competência do Executivo, ao legislar sobre finanças. Foi, portanto, como se nunca tivesse sido.

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Dirceu, o Supremo e o 'sistema'

19/08/2013 04:54

O interminável julgamento do mensalão demonstra, de forma clara, penosa e irritante, como é difícil mandar corruptos para a cadeia, nesse Brasil de privilégios e privilegiados. A impressão que se tem, nesses julgamentos rumorosos, é que a Justiça superior se preocupa muito mais com o destino dos condenados do que com os crimes por eles praticados. Nesse caso mesmo do mensalão, já houve dois momentos emblemáticos inerentes a essa sensação de barreiras que dão sustentação à impunidade: o primeiro, quando o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, decidiu, no final do ano passado, não mandar de imediato José Dirceu e seus comparsas para a cadeia. O segundo, agora, com a apreciação dos ‘embargos infringentes’, uma figura jurídica totalmente estranha à quase totalidade dos brasileiros e que, na opinião abalizada de muitos juristas, não poderia mais ser invocada por não encontrar amparo na Constituição Federal vigente.
Disso resulta, ao olhar dos cidadãos mais atentos, a compreensão de como o sistema funciona no Brasil. Fossem pessoas comuns, fossem simples mortais desgarrados do poder, a Corte Suprema por acaso ainda estaria se debatendo, catando filigranas, buscando artifícios para, senão salvar a pele dos condenados, ao menos protelar seu envio para detrás das grades carcerárias? Por que somente agora, em tantos anos e após tantos casos, veio à tona esse instrumento jurídico chamado de embargo infringente? Só pode ser por causa da escala da hierarquia, pois não foi invocado sequer para o deputado federal Natan Donadon, recém enviado para a prisão, nem para o senador Ivo Cassol, também condenado por corrupção. Mas está sendo para o petista Zé Dirceu e seus metralhas.

POLÍCIA NELES!
O povo na rua é uma coisa. O que se vê, atualmente, são grupos isolados de arruaceiros, afrontando autoridades, fechando avenidas, causando transtornos à população. Isso tem nome: desordem.
FAZENDO A HORA
“Alguém, em algum momento, tinha de fazer isso”. Reação de Rui Palmeira sobre sua iniciativa de defender a transferência do 59º Batalhão de Infantaria, do Farol para outra região da capital.

LUCIANO DISPUTARÁ VAGA NA CÂMARA FEDERAL
Citado por Renan Calheiros como dono de cacife para concorrer ao governo do Estado pela oposição, Luciano Barbosa não tem dúvida de que a ‘bola da vez’ é o senador peemedebista e, convencido disso, prepara-se para concorrer à Câmara dos Deputados. O objetivo é ocupar o lugar deixado por Célia Rocha que, ao se eleger prefeita, deixou Arapiraca sem deputado federal, já que foi sucedida pelo suplente Francisco Tenório.

DEPUTADO FEDERAL
Em relação a 2014, Cícero Cavalcante ainda não indicou que rumo vai seguir, mas correligionários acreditam que o ex-prefeito entrará em campo em busca de um mandato de deputado federal.

COLLOR NO AGRESTE
O senador Fernando Collor está ampliando sua base eleitoral em Arapiraca e no Agreste, mas tem consciência do peso da amizade entre a prefeita Célia Rocha e o governador Teotonio Vilela Filho.

SANTA LUZIA COMEMORA EMANCIPAÇÃO
Santa Luzia do Norte, cidade da Região Metropolitana de Maceió, comemora na próxima 6ª feira, 23 de agosto, 51 anos de emancipação política. Para celebrar a data com brilhantismo, o prefeito João Pereira da Silva está convidando a população a participar dos festejos comemorativos. A programação inclui torneio de futebol, missa em ação de graças, inauguração da Biblioteca Municipal, desfile cívico e para coroar o roteiro comemorativo, grande show musical.

PROPOSTA DA OAB
A proposta de reforma eleitoral levada ao Congresso Nacional pela OAB prevê a manutenção do sistema proporcional, com eleição em 2 turnos. Mais complicado do que o voto majoritário.

 

FÓRMULA SIMPLES
Com o voto majoritário na eleição legislativa, tudo ficaria mais simples e objetivo: o mais votado seria eleito em um único turno. Seria o fim da eleição com sobra de voto do candidato mais votado.

ROMPIMENTO EM SÃO LUIZ DO QUITUNDE
O ex-prefeito de São Luiz do Quitunde, Cícero Cavalcante, novo prócer do CSA, rompeu de vez com o prefeito Eraldo Pedro, a quem apoiou nas últimas eleições. O pessoal de Cavalcante, incluindo sua mulher Doda, está fora da atual gestão. Nos bastidores, como fogo de monturo, circula a informação de que na Câmara Municipal estaria ganhando forma um movimento para cassar o mandato de Eraldo Pedro.

OU DÁ OU DESCE
O grande desafio do governo Dilma, nesse momento, é reajustar o preço dos combustíveis sem impactar a inflação, num país onde tudo, ou quase tudo, é transportado por rodovias.

PRESSÃO DANADA
Difícil é a situação da Petrobras, que está tendo de subsidiar o preço da gasolina, com o dólar em disparada, e sabendo que o fator político tende a se sobrepor às condicionantes econômicas.

QUEM DEFENDE FELICIANO?
Durante um vôo, o deputado Marco Feliciano, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, foi insultado por um grupo de jovens que o provocaram ao som de ‘Robocop Gay’, dos Mamonas Assassinas. O deputado pediu que a Polícia Federal investigue o grupo, mas até agora ninguém, nenhuma entidade de direitos humanos saiu em defesa do parlamentar, como sairia se os personagens estivessem em campos opostos. É assim que funciona

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Por que a reforma política não virá

12/08/2013 08:34

Seria ingenuidade ou precipitação – o leitor escolhe – acreditar que a reforma eleitoral que a sociedade exige, ou ao menos parte dela – será aprovada pelo Congresso Nacional para viger já nas eleições do próximo ano. O tempo, o ‘senhor da razão’ vai estar ao lado, como imbatível aliado, dos que não querem mudança.
Mas não só o tempo. Deputados e senadores terão até o final de setembro para debater e aprovar regras inovadoras, para debater e abolir normas ultrapassadas, além de vícios eleitorais infames. O tempo é exíguo, mas suficiente para materializar, pelo menos, as mudanças mais ingentes. Não o farão, entretanto. Não o farão porque antes de atentarem para o clamor das ruas, eles pensarão na própria sobrevivência. E aí surge a questão fatal: por que haverão de mudar as regras sob as quais foram eleitos?
Medida aprovável, previsivelmente assimilável – e talvez a única de impacto – será o financiamento público das campanhas eleitorais, por motivos óbvios. Quem prefere tirar do próprio bolso ou sair por aí amealhando para gastar na campanha, em vez de receber dinheiro gracioso da Justiça Eleitoral, isto é, do povo?
Mesmo nesse caso, ficará a eterna desconfiança (em uns, em outros, a certeza) de que os que podem, os políticos ricos, continuarão gastando a própria fortuna para se sobrepor a quem tem pouco ou nada tem. Portanto, não há garantia de que o financiamento público das campanhas atinja seu principal objetivo – o de estabelecer igualdade entre os candidatos.

UM SINAL CLARÍSSIMO
Para os mais atentos – ou antenados – o programa ‘Bate-Papo com o Governador’ significa um sinal claro de que Teotonio Vilela prepara-se para disputar as eleições do próximo ano.

TENDÊNCIA NATURAL
Vilela pode trabalhar por um mandato de deputado federal, mas é improvável. Se realmente decidir entrar no jogo, sua meta será a eleição de senador, em busca do quarto mandato. Um recorde.

FERRÁRIO NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
O advogado Fábio Ferrário, que já chefiou a assessoria jurídica do Grupo João Lyra, assume nesta 2ª feira o maior desafio de sua carreira: o cargo de procurador-geral de uma Assembleia Legislativa ameaçada de ter suas contas devassadas como na época da Operação Taturana, um episódio de desvios de recursos que até hoje continua em aberto no âmbito do Poder Judiciário.

LAMENTO INVERTIDO
É uma ironia que somente o futebol produz: o Santos tomou uma goleada de 8x0, mas os jogadores do vitorioso Barcelona é que foram a Jerusalém se penitenciar no Muro das Lamentações.

O CASO NEYMAR
E Neymar? Tão logo aterrissou no Barcelona, o atleta foi examinado e soube que estava com anemia. Ora, por que os médicos do Santos e da Seleção não fizeram o diagnóstico?

VÍTIMA DE UMA DISTORÇÃO INADMISSÍVEL
O ex-presidente da Câmara de Maceió, Arnaldo Fontan sempre defendeu o voto majoritário nas eleições legislativas. O sistema pelo qual se elege quem tem mais voto, e não quem se beneficia do ‘voto de legenda’, isto é, da sombra de voto de outros candidatos. Ironicamente, nas últimas eleições municipais, Fontan obteve mais votos do que alguns candidatos ‘eleitos’ pelo PSOL. Agora, a reforma eleitoral pode corrigir essa gravíssima distorção.

PAGAMENTOS NA ALE
Fonte isenta, de dentro da Assembleia, garante que todos os pagamentos ali realizados são regulares, menos o da GDE.
A gratificação não teria qualquer amparo constitucional.

DESCE E SOBE
A inflação caiu em julho graças ao bom período da safra agrícola. A alta dos preços, entretanto, deve recomeçar a partir de agora, acelerando com a chegada do consumismo de fim de ano.

APENAS MAIS UM PRIVILÉGIO
A sociedade não entende porque, servidor público que é, concursado, o juiz de direito tenha a prerrogativa de ser aposentado compulsoriamente – ou seja, com direito a passar o resto da vida ganhando ser trabalhar – quando flagrado cometendo falta como, por exemplo, venda de sentença. Onde fica a igualdade com os demais servidores públicos?

ABUSO PERIGOSO
Virou cultura no trânsito de Maceió seguir em frente depois que o sinal vermelho acende. Trata-se de uma sandice que precisa ser combatida com rigor pelos agentes que fiscalizam o trânsito.

JEITINHO NOTURNO
Não há como fazer cumprir a Lei Seca à risca. Prova disso é o funcionamento dos bares e restaurantes durante a noite. Ou seja, se a Lei for cumprida com rigor, não sobrevive um sequer.

DILMA, O PAPA E A LEI DO ABORTO
O que pode esperar, do futuro, alguém que engana o papa? Pois foi o que fez, sem qualquer receio, a presidente Dilma. Durante a visita de Francisco, ele forçou a barra para estar ao seu lado o tempo todo, faturando. Quando o pontífice foi embora, rápida como um meteoro, ela sancionou a lei que autoriza o aborto, tremenda bofetada na cara da Igreja Católica.

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