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Estreou em 1973 como repórter do Diário de Pernambuco, do qual foi redator e editor setorial. Foi editor-geral do Diário da Borborema-PB, Jornal de Hoje e Jornal de Alagoas. Foi colunista político e editorialista de O Jornal. Exerceu os seguintes cargos: Coordenador de Comunicação da Assembleia Legislativa de Alagoas, Delegado Regional do Ministério do Trabalho, Secretário de Imprensa da Prefeitura de Maceió e Secretário de Comunicação de Alagoas. Atualmente é editor-geral do PRIMEIRA EDIÇÃO.

Reação popular contra a roubalheira

28/06/2013 06:30

A onda de protestos que sacode as grandes cidades brasileiras representa um brado coletivo de insatisfação, de revolta mesmo, com a realidade do País. Ao contrário do que ocorreu durante o movimento ‘fora Collor’ em 1991/92, quem está indo às ruas é o povo. A grita contra o aumento da tarifa de ônibus de São Paulo foi o pretexto. O que veio depois, em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba e outros centros ganhou força de mobilização popular contra as injustiças que se acumularam nos últimos 10 anos. É um desabafo do povo.
Com Lula no poder, os mais atentos, os mais bem informados, já notavam que a nau estava furada, à deriva. Mas o discurso ufanista e ilusório do presidente envolvia muita gente. Lula é um prestidigitador, tem o poder dizer que o preto é azul, e acontece que os daltônicos acreditavam. Lula é o falastrão, o camelô à antiga, o vendedor de ervas que convence ‘no grito’. Com Dilma, o ilusionismo sumiu e o quadro real do país começou a aparecer. O azul de Lula desbotou, virou cinza, nuvem carregada.
O Brasil de Lula, que Dilma incorporou, é o Brasil das ações populistas, do governo que, não tendo competência para gerar emprego, gera bolsas. Até ‘bolsa estupro’ já existe; do governo que privilegia os bancos e extorque a classe média, o segmento que produz e consome – e paga imposto; do governo que cria cotas para os incapazes, cuspindo na Constituição; do governo que institucionalizou a mendicância e passou a chamar isso, com efusivo orgulho, de ‘distribuição de renda’.
O mote é a tarifa do transporte coletivo, sim, mas quem está empurrando as massas para as ruas é a pressão do inconsciente gritando por justiça, pelo fim da enganação. Grito de revolta contra a falta de saúde, contra a falência dos hospitais públicos, contra a derrocada do ensino estatal agonizante, contra a violência desenfreada que tira a vida de 150 brasileiros todos os dias.
A tarifa foi a força motriz inicial. E só. O movimento cresceu porque o povo cansou de tanta corrupção, da conivência oficial com a bandalheira sem limites. Bandalheira como a da Petrobras, que comprou, nos Estados Unidos, por R$ 1 bilhão uma empresa que não vale mais de R$ 60 milhões. O povo, enfim, está indo às ruas para protestar contra as mentiras de Lula sobre o mensalão, contra o Imposto de Renda escorchante e contra a taxação previdenciária dos aposentados, um crime inominável contra os idosos que, um dia, conduziram esse País nas costas.
Em seu estilo arredio, Dilma pode até fingir que não é com ela, que não é com o seu governo, mas Lula é esperto e já deve ter ligado para advertir o óbvio: “É com a gente, sim, mas pelo amor de Deus não reaja, não faça como Collor”. Dilma parece ter assimilado mais uma lição do mestre, ao declarar que o Brasil “amanheceu mais forte” após as manifestações. Com certeza. Mais forte e menos tolerante com a desordem institucional que tomou conta do País.
A tarifa de São Paulo baixou, mas ainda tem muita coisa lá em cima, que também precisa baixar. Com a massa na rua, claro.

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A 'sutileza' da PEC 37

24/06/2013 04:43

A PEC 37 não diz “fica o Ministério Público proibido de fazer investigação penal ou criminal”, mas o que ela estabelece equivale exatamente a isso. Só os ingênuos ou totalmente desinformados, não alcançam isso. Quando diz que a investigação é “atribuição exclusiva da Polícia Federal e da Polícia Judiciária”, a PEC simplesmente exclui o MP de qualquer ação investigatória.
Ora, a Constituição Federal de 1988 não já prescreve que investigar é tarefa das Polícias? Então, por que aprovar uma emenda para expressar a mesma coisa? Não se trata de uma redundância? Claro, mas é essa redundância que busca, com mais ênfase, afastar o Ministério Público, sobretudo, de investigações penais, ou seja, dos casos de corrupção. A quem isso interessa?
Repetindo: se a Carta já diz que cabe à Polícia investigar, para que uma PEC dizendo a mesma coisa? Simples, para criar um ‘novo’ divisor de águas, um impeditivo atual: “Olha, a partir de agora, a Constituição diz que você, procurador, não pode investigar mais coisa nenhuma. Fique de fora”.
A PEC é sutil. Não diz “o MP fica proibido de investigar”. Diz: “Só a Polícia pode investigar”. Não dá no mesmo? Não existe aí flagrante equivalência? Claro que existe. Por isso, com perdão aos ingênuos e aos desinformados, é preciso mobilizar a Nação contra essa PEC. A Polícia está aí, mas todos sabem que é o Ministério Público, até pela competência jurídica de seus membros, quem devassa a corrupção, a roubalheira do dinheiro público, e ajuda a mandar os políticos ladrões e seus comparsas para a cadeia. A exemplo da corja participante do mensalão.

GRAÇAS AO MPF
Aliás, não fosse a atuação competente e rigorosa do Ministério Público Federal, alguém tem dúvida de que os mensaleiros teriam se livrado de julgamento no Supremo Tribunal?

FORA DE PAUTA
Em tempo: com medo da mobilização popular, a presidência da Câmara dos Deputados decidiu retirar da pauta a PEC 37, que estava com votação prevista para esta 4ª feira (26).

QUEREM ‘TRANSFORMAR’ O MINISTÉRIO PÚBLICO
Os adeptos da PEC 37 falam em converter o Ministério Público em ‘ponto de equilíbrio’ entre a Polícia e a Justiça. Como? Transformando-o em mero repassador de inquéritos policiais ao Judiciário. Inquéritos, cumpre ressaltar, mal redigidos e, não raro, contaminados pela ‘vontade pessoal’ de quem os preside.

EM SÍNTESE
Resumo dos protestos que tomaram conta do País: o povo está insatisfeito, muitos revoltados com a gastança do governo e com a falta de decisões que priorizem saúde, educação e segurança.

NAUFRÁGIO DA ILHA
Graças às manifestações, o mundo hoje sabe que o Brasil não é a ilha de prosperidade que o governo Dilma tenta vender. É um país onde a opulência convive com a miséria de milhões de famílias.

EX-SECRETÁRIO É INSTADO A DISPUTAR ELEIÇÃO
Francisco Araújo, o secretário que deu um jeito na Assistência Social de Maceió, no segundo mandato de Cícero Almeida, está sendo incentivado a disputar as próximas eleições. Ele chegou a se lançar candidato a vereador em 2012, mas desistiu e continuou comandando a Semas. Amigos, colegas de profissão e muita gente assistida pelo seu trabalho torcem para que dispute uma cadeira na Assembleia Legislativa. Ele está avaliando a situação.

PREMONIÇÃO TUCANA
Muito antes de começarem os protestos contra aumento da tarifa de ônibus, o prefeito Rui Palmeira já dizia e reiterava que em nenhuma hipótese aprovaria reajuste da passagem para R$ 2.85.

PANORAMA REGIONAL
Em nenhum estado atingido pelas enchentes de 2010, o projeto de Reconstrução está mais adiantado do que em Alagoas. Logo, não vale criticar apenas para faturar algum dividendo eleitoreiro.

A COPA E AS MIGALHAS DO BOLSA FAMÍLIA
Quando brigou para o Brasil sediar a Copa, Lula não levou em conta a crise econômica e social do País. Pensou, apenas, em quanto o Mundial iria lhe render politicamente. Não pensou na falta de saúde, de ensino, de segurança, na saturação do povo com os impostos extorsivos. E agora, aí está: enquanto dá esmolas aos bolsistas, o governo gasta R$ 28 bilhões para fazer a bola rolar.

CONSTATAÇÃO
Téo Vilela e o ministro Eduardo Cardozo vão chegar a seguinte conclusão na reunião desta 3ª feira: a violência em Alagoas não caiu como se esperava, mas sem o plano estaria muito pior.

SERIA O APOCALIPSE
E se a multidão que está abarrotando as ruas, de repente, se der conta de que cada brasileiro está trabalhando cinco meses por ano exclusivamente para encher a caixa do governo com impostos!

OS MAIORES PROTESTOS DA HISTÓRIA
A atual onda de protestos é a maior da história do País. Deixa pra trás a Marcha da Família, nos anos 60, a mobilização das diretas, nos anos 80, e o movimento ‘fora Collor’ em 1991/92. E, sem partidarização, sem politização, já começam a aparecer cartazes e faixas exigindo ‘fora Dilma’. Era uma questão de tempo.

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Inflação, violência, caos social - será o fim da enganação?

17/06/2013 06:58

A situação do Brasil mostra, com meridiana clareza, que o ‘milagre’ petista não passou de uma trapaça. Na verdade, uma descarada usurpação dos efeitos do Plano Real lançado em 1994. O ‘grande’ avanço dos últimos 10 anos foi o Bolsa Família, custeado com o dinheiro que o governo arranca da classe média resignada. E só. O rico é minoria e pode pagar; o pobre é maioria e não paga porque não consome. Logo, a classe média, sozinha, paga a conta.
Com a volta da inflação, o ‘milagre’ se desfaz. A economia está desorganizada e o governo se vê diante de uma sinuca de bico: se baixar os juros e ampliar o crédito, o consumo dispara e, com ele, a inflação; se elevar os juros e restringir o dinheiro em circulação, a inflação se mantém estável, mas o crescimento vai pro espaço.
O Brasil conviveu duas décadas com a maldição inflacionária, afinal derrotada nos anos 90. Mas veio o PT e desarrumou tudo. Basta lembrar o que se comprava com R$ 1 real, quando Lula assumiu a presidência em 2003, e o que se compra agora.
A educação, a saúde e a segurança pública – que devem ser prioridade de qualquer governo sério – sucumbiram. O Brasil está literalmente entregue à criminalidade. À violência marginal e à corrupção que, na gestão petista, teve o adubo perfeito: a impunidade. As bravatas de Lula até que mascararam o malogro nacional. Mas, como dizia Lincoln, ninguém engana todo o povo o tempo todo. O show ilusionista do PT pode estar chegando ao fim.

DE BARRIGA CHEIA
Alguns servidores do Executivo insistem em conseguir 15% de reajuste salarial. O que diriam se soubessem que seus colegas do Legislativo há quatro anos estão com os salários congelados?

PERGUNTA CABÍVEL
O presidente do STPLAL, Luciano Vieira, vai perguntar ao procurador-chefe do Ministério Público, Sérgio Jucá, se é normal uma categoria viver sem qualquer tipo de reposição salarial.

VEREADORA EXIBE DISPOSIÇÃO OLÍMPICA
Na Câmara de Maceió, ninguém consegue gastar mais sola de sapato do que Simone Andrade. Atuando em plena sintonia com a equipe do prefeito Rui Palmeira, a vereadora petebista não se cansa de caminhar, ouvir e atender reivindicações nos bairros da capital. Mas sua batalha mais difícil, no momento, é conseguir apoio do governador Téo Vilela para recuperar a Igreja de Nossa Senhora do Ó. A relíquia histórica do Distrito de Ipioca está ameaçada de desabamento, apesar de tombada pelo Estado.

CAMELÔ OU LOJISTA?
Fruto de ótima intenção, o Shopping Popular não funciona. Simplesmente porque camelô não vende em loja, vende na rua. Quem se instala em loja pode ser tudo, menos camelô. Ou não?

SEDE DA CÂMARA
A propósito, o presidente Chico Holanda bem que poderia negociar com o prefeito Rui Palmeira a aquisição do prédio do Shopping Popular para transformá-lo na nova sede da Câmara Municipal.

DEPUTADO LOIOLA TAMBÉM PERDERÁ MANDATO
A exemplo de Alexandre Toledo (como mostrou a matéria de Luciana Martins), o deputado estadual Inácio Loiola perderá o mandato se deixar o PSDB para ingressar no PSB. Tudo por conta da fidelidade partidária. A regra vigente é clara: se não se trata de fusão partidária, nem de criação de partido novo, ou de discriminação interna dentro da legenda, a mudança de legenda implica em perda do mandato. Como Toledo, Loiola nunca foi discriminado ou perseguido no PSDB.

É A LÓGICA
O governo Vilela pode não ter investido nada para trazer a fábrica de plataformas para o Porto de Maceió. Tudo bem. Mas os investidores do projeto teriam vindo se não acreditassem no governo alagoano?

O DESAFIO MAIOR
O maior desafio do Brasil Mais Seguro não é reduzir a taxa de homicídios. Parada dura é conter a sanha dos assaltantes, num estado onde o ato de roubar virou profissão – ou meio de vida fácil.

SEM O MÍNIMO DE SUTILEZA
Com problemas de todo tipo nos cubículos do Minha Casa Minha Vida, a grita foi geral. O governo sabia. Três dias após a divulgação da pesquisa Datafolha revelando a queda da popularidade de Dilma, veio a reação: R$ 18 bilhões para o pessoal do Minha Casa Minha Vida comprar móveis e eletrodomésticos. Empréstimos subsidiados com juro de 5% ao ano, portanto, abaixo da Selic. Dá para adivinhar a intenção do governo com o novo gesto humanitário?

CLAMOR NACIONAL
A onda de protestos que sacodem as grandes cidades brasileiras não é algo isolado, é o reflexo da insatisfação geral que toma conta do País. E deve piorar, quando o alvo forem as tarifas públicas.

VAIAS SILENCIOSAS
Pior (para Dilma) do que as vaias dentro do Mané Garrincha, foram as manifestações fora do estádio contra o governo. Uma faixa dizia: “Enquanto a bola rola, falta saúde e falta escola”. É mentira?

O UNIVERSO QUE O MINISTRO DESPREZA
O bom e servil ministro Aloizio Mercadante apressou-se em acudir a chefe Dilma: “Queda de 8% na popularidade é normal”. Será? Traduzindo: 8% da população brasileira significam 16 milhões de pessoas. Se a debandada de um contingente desses, em apenas dois meses, é uma coisa normal, então esses fantásticos militantes do PT não são políticos, são impagáveis prestidigitadores.
 

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Renan estará na sucessão de 2014

10/06/2013 17:50

O senador Renan Calheiros (PMDB) vai permanecer distante do debate sucessório estadual, mas tem consciência de que terá, no próximo ano, sua maior chance de realizar um velho sonho: vencer a disputa para o governo de Alagoas.
Mesmo em conversas reservadas com os aliados, o líder peemedebista tem evitado falar em candidatura a governador, mas, de público, já admitiu que, ‘se convocado’ topará a parada.
Sua posição, nesse sentido, equivale à do também senador Benedito de Lira (PP), que há dois meses, em entrevista ao PE, admitiu estar pronto para concorrer à sucessão de Téo Vilela.
Renan terá um ano de inúmeros compromissos no Congresso Nacional, como a consolidação das medidas de transparência no Senado e a votação de importantes projetos de interesse nacional, mas tem, também, uma série de razões para participar da sucessão estadual do próximo ano.
Cumprindo o quarto ano de seu mandato senatorial, em 2014 Renan poderá concorrer a qualquer mandato como ‘franco atirador’, uma vez que, se derrotado, terá ainda quatro anos no Senado Federal. Além disso, terá um forte estímulo a sua candidatura a governador: o provável apoio da presidente Dilma Rousseff, que já está em campanha para a reeleição.
Correligionários mais próximos do senador também observam que, se não disputar o governo no próximo ano, o senador peemedebista chegará a 2018 (próxima sucessão estadual) com mais de 60 anos, num momento em que novas lideranças políticas do estado estarão em ação, a exemplo de seu próprio filho, o deputado federal Renan Filho (PMDB), e do atual prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB).
Como senador, presidente do Congresso Nacional e líder do maior partido de Alagoas, Renan Calheiros também pressente que será chamado a comandar a aliança oposicionista que deverá reunir no mesmo palanque o senador Fernando Collor (PTB), o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) e o ex-prefeito de Maceió, Cícero Almeida.
Pelo que circula nos bastidores e, de acordo com avaliações de analistas políticas, Collor deverá disputar a reeleição, Ronaldo Lessa poderá concorrer a uma cadeira na Câmara dos Deputados, e Cícero Almeida poderá compor como vice de Renan ou disputar uma vaga na Assembleia Legislativa.
Na sucessão estadual de 2010, Renan comandou a Frente de Oposição que teve Ronaldo Lessa como candidato a governador, mas na época o então prefeito Cícero Almeida marchou ao lado do governador Teotonio Vilela, que se reelegeu.
Se confirmar sua candidatura, Renan ainda terá de ‘amarrar’ o apoio do Palácio do Planalto, já que o senador Benedito de Lira, provável concorrente ao governo, também integra a base de sustentação do governo Dilma no Congresso Nacional.
 

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Oposição desarmada

10/06/2013 05:49

Se fosse mais preparada e mais bem informada, a oposição brasileira já teria criado um Gabinete Fantasma. O que vem a ser? Um governo paralelo, constituído pelos oposicionistas da Inglaterra, para debater ideias próprias, apresentar projetos, fiscalizar o governo e se municiar de informações mais confiáveis.
No Brasil, a oposição se guia pelos dados econômicos que o próprio governo divulga através de seus órgãos, mas com visível monopólio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Quem, entretanto, garante a fidelidade das pesquisas do IBGE?
Desorganizada, a oposição sabe que o índice anual de inflação do IBGE não é nacional (já que a evolução dos preços é apurada em apenas sete ou oito capitais), mas silencia diante disso porque não conta com uma instituição própria para levantar dados nessa área.
Se dispusesse de um órgão estatístico, ao menos, a oposição facilmente constataria que tem de haver algo de errado com um índice inflacionário (o oficial) que está sempre abaixo dos reajustes das tarifas públicas e dos preços em geral. Eis o exemplo de São Paulo: o prefeito, o governador e até o governo federal fizeram de tudo para segurar o preço da passagem no transporte público, mas a tarifa de trem, ônibus e metrô acaba de subir acima da inflação.
Com um Gabinete Fantasma, inspirado no estilo britânico, a oposição aqui ganharia mais espaço na mídia e suas posições teriam mais credibilidade no conceito geral da opinião pública.

VALE TUDO
Para obter apoio e se manter no poder, o PT de Dilma é capaz de tudo. Agora mesmo, acaba de atrair o PTB para a base. O PTB, para quem não está ligado, foi o partido que denunciou o mensalão.

COLLOR NA BASE
De todo modo, apesar das articulações para atrair os petebistas, Dilma já contava com apoio deliberado de alguns filiados ilustres do PTB, a exemplo do senador alagoano Fernando Collor.

BANDIDO, CORRUPTO, ASSASSINO...
O cara passava em frente de certa Casa Legislativa quando foi atraído pelo bafafá: “Bandido, assassino, corrupto, pistoleiro, sem-vergonha...”. Perturbado com o sinal de confusão ruidosa, deu dois passos à frente e se aproximou da gritaria: “Meu pai do céu, o que é isso?”, indagou a um funcionário. “Fique tranqüilo, senhor, é apenas o secretário da Mesa fazendo a chamada dos legisladores”, respondeu o moço da recepção.

SAÚDE ESTADUAL
Téo Vilela acaba de assumir uma posição inédita: é o primeiro governador, na história de Alagoas, a destinar recursos próprios do Estado para a saúde pública de todos os municípios do Estado.

SAÚDE MUNICIPAL
Já o preifeito Rui Palmeira, com diagnóstico em mãos indicando o estado comatoso da saúde municipal, conseguiu R$ 12 milhões para investir exclusivamente no setor até setembro próximo.

O QUE FALTAVA À SEGURANÇA EM ALAGOAS
O desempenho do sistema de segurança melhorou de forma considerável nas últimas semanas. Motivo: convocado pelo governador Teotonio Vilela, o secretário Dário César passou a comandar pessoalmente as mais importantes ações policiais. Uma coisa é traçar planos e mandar terceiros (delegados) executá-los; outra, é assumir pessoalmente o comando das operações. Faltava algo ao Brasil Mais Seguro: o general César à frente de sua tropa.

EFEITO COLATERAL
Já era uma tendência e começa a se confirmar: as famílias estão dispensando empregadas domésticas e contratando os serviços de diaristas. Custa menos e não há risco de futuras indenizações.

RECEITA EXTRA
Punir deputado faltoso é tão natural quanto descontar falta de um servidor. A questão é saber para onde vai o dinheiro arrecadado com a punição aos faltosos da Assembleia Legislativa.

BENEDITO BENTES PODE VIRAR CIDADE
A Câmara dos Deputados acaba de aprovar projeto de lei complementar sobre criação de novos municípios. Pelos requisitos postos (estudo de viabilidade financeira e população), abre-se caminho para a transformação do Benedito Bentes em cidade. Vai depender de plebiscito e lei votada na Assembleia Legislativa.

DIREITO DE OPINIÃO 1
O pastor Silas Malafaia abriu um debate nacional em cima da seguinte questão: por que o cidadão pode dizer que gosta de maconha e cocaína, mas não pode dizer que não gosta de gay?

DIREITO DE OPINIÃO 2
O cerne da discussão é o direito de opinião consagrado na Constituição Federal. Para Malafaia, o gay merece respeito, mas nada pode obrigar alguém a dizer que aprova o homossexualismo.

POUPANÇA JÁ PERDE PARA INFLAÇÃO
Os aplicadores ainda não se deram conta, mas a Caderneta de Poupança está perdendo para a inflação. Já o economista Rômulo Sales diz, como muita franqueza e profissionalismo: “Não vejo a Caderneta como bom negócio. Quem aplica dinheiro na Caderneta não investe nada, apenas poupa”. Ou seja, guarda no banco.
 

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Primeira Edição © 2011