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Expulsamos Deus e nos surpreendemos com quem chega ...

02/08/2017 10:47

Sempre é bom lembrar que alguns anos antes dessa significativa afirmação, ao declarem a independência das colônias, os Founding Fathers, afirmaram sua crença em que os homens, "criados iguais", foram "dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis" e explicitaram entre esses direitos "a vida, a liberdade e a busca da felicidade". Afirmaram, também, a supremacia da sociedade sobre o Estado, "porque os governos são instituídos entre os homens", derivando seus poderes "do consentimento dos governados". Boa parte da solidez institucional dos Estados Unidos se deve a esses elevados consensos e perdurará enquanto eles resistirem ao severo ataque interno a que estão submetidos.

          E nossa Constituição? Para que povo foi ela feita? Tão solenes princípios de nada nos acusam nestes turbulentos dias? Com eles, certamente, teríamos evitado a atual alienação da nação ao Estado e a dupla apropriação que nele ocorre - a apropriação desde o topo pelo patrimonialismo casado com a corrupção e a apropriação interna promovida pelos corporativismos. Na conjugação de ambas, a soberania popular se converte em servidão.

          Alguém não sabia o que havia no fim dessa estrada? Pode o dependente químico queixar-se da droga ou denunciar o traficante com base no Código de Defesa do Consumidor? Pois é algo muito parecido o que está acontecendo com a sociedade brasileira em relação à sua representação política. Todos os pilantras, picaretas e negocistas que infestaram a política nacional de modo crescente ao longo dos últimos anos prosperaram na carreira criminosa tapados de votos populares. Fizeram suas mal havidas fortunas a olhos vistos. Muitos, aliás, chegaram em Brasília de ônibus, vindos dos grotões, pés encardidos, calçando sandálias. E foram protagonistas da mais vertiginosa ascensão social de que se tem notícia. Em cada uma de suas páginas, os jornais trazem exemplos dessa produtiva combinação de desmazelo social, irresponsabilidade cívica e enriquecimento criminoso.

          De tanto brincarmos com tudo que é sério, o Brasil virou uma grande zorra. Fazemos piada de Lula. E o elegemos. Fazemos piada de Dilma. E a elegemos. Assistimos as tropelias do MST e tratamos com deferência seus protetores nos poderes do Estado. Consideramos charmosamente moderna a fabricação de conflitos étnicos, de sexo, de classe, de cor da pele, de gerações. Acreditamos quando alguns vigaristas intelectuais nos dizem que é feio ser liberal ou conservador. Silenciamos, constrangidos, quando políticos e comunicadores são benevolentes com a criminalidade e severos com a polícia. Delegamos a educação de nossas crianças às escolas e aceitamos que estas sejam entregues a militantes políticos. Assinamos, assistimos e prestigiamos veículos de comunicação que influenciam negativamente a sociedade. Estamos vendo o PT apoiar ditaduras de esquerda em Cuba e Venezuela e permanecemos passivos quando nos lecionam sobre golpismo, Estado de Direito e democracia... Somos tolerantes com as imposições e os achaques de minorias locais organizadas. Achamos decente endividar-se o país e indecente o pagamento dessa dívida. Afastamos Deus de tudo que seja público e nos espantamos com quem chega, operoso, para ocupar o espaço. Dá ou não vontade de dizer bem feito?

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* Percival Puggina (72), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

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Por que algumas pessoas são tão extremistas?

27/07/2017 11:32

Se houve uma época em que religião era algo que não se discutia, ela existiu antes das redes sociais. Hoje, debater sobre fé – com gente que não necessariamente concorda com você – nunca foi tão fácil. Fácil, no entanto, não significa harmônico. Eventualmente os ânimos acabam mesmo se exaltando, às vezes por conta de uma postura mais extremista de uma ou outra parte.

O que um estudo publicado no periódico Journal and Religion and Health mostrou é que tanto religiosos como quem não tem religião podem ser considerados dogmáticos demais – ou seja, irredutíveis em relação àquilo em que acreditam. A principal diferença, porém, está no quanto cada um deles considera aspectos morais em sua forma de pensar.

“A pesquisa sugere que pessoas mais religiosas aderem a certas concepções, especialmente as consideradas estranhas de um ponto de vista mais cético, porque elas vão de encontro com sua própria moral”, segundo Jared Friedman, coautor da pesquisa.

“Quanto mais correta for uma coisa do ponto de vista moral, mais ela reafirmará o que as pessoas religiosas acreditam”, explica Anthony Jack, que também conduziu o estudo. “Por outro lado, aspectos morais fazem com que as pessoas céticas tenham menos certeza de algo.” Como ‘moral’, aqui, você pode entender essa facilidade de se colocar no lugar do outro, ou ter empatia.

Para concluir isso, os cientistas conduziram dois experimentos que, no total, coletaram dados de mais de 900 voluntários. No primeiro, foram 209 cristãos, 153 identificados como sem religião, 9 judeus, 5 budistas, 4 hinduístas, 1 muçulmano e 24 pessoas de outras religiões. Eles responderam testes com perguntas que os provocavam sobre dogmatismo, empatia, pensamento crítico e consciência social.

Os religiosos se deram melhor nos quesitos empatia e consciência social – mas se mostraram, também, mais dogmáticos. Quem era cético, por sua vez, teve maior pensamento crítico. No caso de quem não tinha religião, ligar menos para os outros foi sinônimo de ter uma postura mais extremista.

Já o segundo estudo contou com 210 cristãos, 202 sem religião, 63 hinduístas, 12 budistas, 11 judeus, 10 muçulmanos, e 19 de outras religiões. Eles repetiram o teste feito com o primeiro grupo, incrementado para identificar aspectos de fundamentalismo religioso, e também com mais questões que os provocavam a se colocar no lugar do outro.

As relações encontradas foram as mesmas do primeiro estudo. Religiosos mais extremistas se dominavam mais por aspectos relacionados à empatia, enquanto céticos ao extremo se guiavam essencialmente por seu raciocínio lógico.

De acordo com os pesquisadores, entender essas diferenças pode ser a chave para conseguir uma comunicação mais efetiva com cada tipo de pessoa, deixando os debates menos polarizados. Apelar para o senso moral de um religioso e apostar na lógica para argumentar com alguém sem religião garante que a conversa flua de forma mais eficiente – e cada um consiga, minimamente, entender o ponto do outro.

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Engenharia civil tem abismo entre graduação e mercado

26/07/2017 10:20

O Brasil vive uma recessão econômica há alguns anos e finalmente vemos sinais de que ela está próxima do fim. O setor da construção civil também esboça uma recuperação – ainda que discreta. Segundo o IBGE, o setor registrou crescimento de 0,5% entre o 4º trimestre de 2016 e o 1º trimestre de 2017. Nos últimos anos, a construção evoluiu consideravelmente em sua capacidade produtiva e os canteiros de obras se espalharam por todo território nacional, também impulsionado por programas federais e estaduais de habitação popular. Em 2014, a mão de obra na construção chegou a nove milhões de trabalhadores - um aumento de 2,5% em comparação a 2013, diz o Instituto.
 
Além da alta demanda profissional, o número de matrículas nos cursos de graduação em Engenharia no país também aumentou. Segundo dados do último Censo da Educação Superior, divulgado pelo MEC em setembro do ano passado, o curso de Engenharia Civil figurou como o quinto mais procurado - considerando o número de matrículas. Os dados referem-se ao ano de 2014, quando foram registradas mais de 317 mil matrículas para essa graduação.
 
Contrapondo a boa repercussão no âmbito acadêmico, construtoras e outras empresas do segmento recebem profissionais demasiadamente “crus” para a realidade das obras. Ainda que possuam boa formação, em geral, se tornam engenheiros abaixo das expectativas.
 
Trata-se de uma carência de conhecimento prático que deveria ser suprida pelos estágios durante o curso. O fato é que a crise gerou demissões em grande escala e nesse escopo incluem-se os estagiários. Embora eles sejam a primeira opção nas demissões – em razão dos encargos trabalhistas - a essência do trabalho do engenheiro está diretamente ligada ao aprendizado em campo e na absorção de conhecimento com profissionais mais experientes.
 
Em uma observação simples e informal, analisando meus alunos de engenharia em 2010, cerca de 80% estagiavam em alguma empresa do setor. Hoje, esse número caiu para 15% e são esses que se destacam em desempenho e comportamento. Parece clichê afirmar que aquele que faz estágio durante a graduação se torna um profissional melhor, porém, quando se trata de engenheiros, isso é latente e impacta diretamente na qualidade do que esses profissionais têm produzido no mercado depois de formados.
 
Além da carência de estágios no setor, outro ponto conflitante é a qualidade dos cursos e das Universidades de engenharia. Segundo o ranking da QS Top Universities, das 50 melhores faculdades de engenharia do mundo em 2016, nenhuma está no Brasil. Há uma necessidade de produzirmos conhecimento científico e enfocar pesquisas nesse segmento. Avançamos em áreas como a exploração de Petróleo em águas profundas, porém, ainda engatinhamos em outras - principalmente na construção civil.
 
Segundo o Conceito Preliminar de Curso (CPC), escala de 1 a 5 aferida pelo INEP, no ano de 2014, apenas duas universidades brasileiras atingiram o conceito máximo de qualidade (conceito 5) em engenharia civil e isso é preocupante.
 
Precisamos pensar nesse abismo entre o que se aprende nas faculdades e no que realmente o mercado busca. Se a intenção é preparar profissionais capacitados e alinhados com empreendimentos de portes variados e com visão global do projeto, é fundamental que existam projetos que permitam a integração das esferas acadêmica e profissional, com recorte mais prático e de vivência – assim como são as residências médicas.
 
Também é fato que o estágio no curso de engenharia é obrigatório, porém, com a redução das vagas no mercado de trabalho, fica a dúvida: como estes profissionais estão se formando sem os estágios obrigatórios? Será o famoso “jeitinho brasileiro” o responsável pelos relatórios de estágios que corroboram para a aprovação destes profissionais? Aliado a estes fatores temos a evasão após início do curso, já que cerca de 40% dos estudantes de engenharia não concluem o curso.
 
A realidade é essa, mas precisa mudar. O Brasil carece de mão de obra em número e qualidade e precisamos assumir isso. O SindusCon-SP tem se comprometido com o fomento dessa interação entre os dois mundos, incentivando a participação de universidades em eventos que reúnem o mercado da construção civil. Além disso, o sindicato está sempre aberto para novas parcerias e projetos que fomentem a inserção do estudante de engenharia no mercado de trabalho, durante a sua vida acadêmica.

* Márcio Benvenutti é engenheiro civil e empresário do setor da construção. Professor universitário com mestrado em geotecnia, também é diretor da regional do SindusCon-SP em Campinas, São Paulo.
 

Sobre o SindusCon-SP
O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) é a maior associação de empresas do setor na América Latina. Congrega e representa 500 construtoras associadas e 15 mil filiadas em todo o estado. A construção paulista representa 27,5% da construção brasileira, que por sua vez equivale a 5,3% do Produto Interno Bruto do Brasil.

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Resignação, renúncia e paciência: as bases do caráter de Jesus em nós!

18/07/2017 10:27

Estas são as três palavras mais alienígenas à consciência cristã atual. As novas gerações nem sabem mais o que elas significam, de tão estranhas e distantes que se tornaram do cotidiano existencial, psicológico e espiritual de quase todos nós.

Hoje o que se tem é Frustração, no lugar de Resignação, Impotência, no lugar de
Renuncia, e Ansiedade no lugar de Paciência!

Ora, a morte de tais palavras foi obviamente precedida pela morte dos seus valores e significados nas praticas e nas consciências dos cristãos.

Entretanto, até a uns quarenta anos antes de hoje [...], ainda era comum ouvir-se discípulos de Jesus dizendo que se haviamresignado ante uma impotência; ou que
haviam renunciado a algo que poderiam fazer, mas que julgavam não deveriam realizar; ou mesmo que haviam decido esperar com paciência no Senhor alguma coisa, ao invés de morrerem de ansiedade, ou mesmo de buscarem aquilo com obstinação imorredoura.

Certamente as três palavras não significam a mesma coisa, mas mantêm conectividade intrínseca entre elas próprias!

Resignação é o que se assume ante perdas ou impossibilidades, não necessariamente ruins em si mesmas. Assim, resignar-se é assumir que algo não foi possível, mas isto sem as dores da impotência magoada. Ou seja: a resignação é uma atitude positiva ante
a negatividade da existência, sem que seja conformismo.

Renuncia, por seu turno, é uma atitude positivamente arbitraria da consciência ante algo que se pode fazer, mas que se julgue não seja conveniente ou edificante realizar
apenas por que se possa [...]; embora o coração o deseje e possua a potência para tal. Desse modo é que se renuncia a se dar respostas que suscitem a ira, ou abre-se mão de direitos certos, ou abdica-se de poderes que estejam em nossas mãos; e isto em nome de algum valor superior da fé e da consciência. Desse modo, na renuncia, pode-se, mas não se deve fazer ou acolher aquela coisa ou situação como exercício de poder, de potencia.

Já a Paciência é, muitas vezes, tanto uma resignação temporária quanto também uma renuncia em compasso de espera —; posto que se resigne o não realizar ou ter aquilo ou alguma coisa por uma impotência total, ou também por dever de consciência, ou mesmo por uma impossibilidade temporária; e decida-se renunciar aquilo ou algo por amor a pessoas ou à sabedoria imposta pelos tempos e circunstâncias; e isto tudo implica em exercer paciência. Ora, a Paciência é a ciência da Paz na Espera. De fato trata-se de uma paz-ciência. E mais: a paciência se conforta na esperança e na certeza das promessas de Deus mediante a fé; e, por isto, alegra-se enquanto aguarda.

Ora, esta três palavras/virtudes são membros ativos do espirito de todo sacrifício de fé.

E mais:

Pelo exercício de tais virtudes o coração cresce em esperança e alegrias não aduladas; portanto, amadurece, se faz forte, enrijece-se, ganha integridade e adquire caráter e amor!

Não existe caráter que possa ser forjado em nós sem resignação, renuncia e paciência!

Sim, isto é fato; e é Lei Psicológica e Espiritual da Vida segundo Deus!

Hoje, entretanto, com a Teologia da Adulação, que é essa Demonologia da Prosperidade a qualquer preço, tudo isto morreu entre os cristãos. Sim, pois resignar-se é coisa de quem não tem fé; renunciar é um sentimento de covardes; e paciência é coisa de quem não conhece a “confissão positiva” ou os poderes mágicos para “fé rehma”, da fé que determina por seus próprios poderes de fé/onipotente.

O resultado disso tudo é mais do que visível entre nós; ou seja: dando certo [...] surge a geração esnobe, presunçosa, caprichosa, onipotente, arrogante, perversa, altiva, orgulhosa, mecânica, obstinada, adulada e desobediente; e, dando errado, quando as coisas não acontecem conforme a crença mágica, surge o outro lado dessa mesma geração, que é ansiosa, inquieta, carente, fraca, frustrada, amargurada, queixosa, rixosa, insatisfeita, descontente, cínica, egoísta, desalmada, e, sobretudo, sem esperança, amor e fé.

Assim, você que me lê hoje, saiba:

Não existe a menor chance de que se desenvolva o caráter de Jesus em nós, ou seja: o caráter do Evangelho — sem que se volte a praticar, como ato de fé consciente, a resignação ante aquilo que nos seja uma impossibilidade, ainda que temporária; a renuncia como expressão da supremacia da consciência sobre o poder e a potencia; e a paciência como a ciência da paz na espera grata e confiante no melhor de Deus para nós.

No fim tudo isto tem a ver com amor; pois o amor faz resignações quando tudo sofre e não se ressente do mal; faz renunciasquando não age inconvenientemente e não se alegra com a injustiça; e exerce paciência quando tudo espera, tudo crê e tudo suporta.

Quem souber outro modo de ser de Jesus e de desenvolver o caráter do Evangelho, amadurecendo segundo Cristo, e que não seja este aqui clara e simplesmente exposto, então me ensine; posto que eu não conheça outra forma de crescer em Deus, de adquirir amor, de desenvolver integridade e consistência interior, a não ser mediante as praticas dessas virtudes do amor, as quais, entre nós, se tornaram bobagens e tolices a serem evitadas pelos poderes de He-Man.

Recordo-me como se fosse hoje o dia [março/abril de 1991] quando o Edir Macedo me disse que ele iria acabar com essa igreja de fracos e tristes, e que só viviam de resignações, de renuncias e de paciência.

Que coisa nenhuma!... O meu evangelho não conhece essas coisas! Vou acabar com essa igreja de fracos! A fé não vai pra frente e não conquista nada porque o povo foi ensinado assim... Estou aqui pra acabar com isso!” — foi o que ele me disse, no seu gabinete na TV Record, com os olhos ardendo com certa raiva do passado.

O problema é que ele de fato conseguiu o que pretendia!

Com temor e tremor, Nele, que venceu fazendo resignações, pois, sendo rico se fez pobre por amor de nós; que venceu pela via de muitas renuncias, posto que tudo podendo decidiu apenas poder segundo a vontade revelada do Pai; e que carregando a autoridade para mudar montanhas de lugares, decidiu subir com paciência o monte da Caveira para nos salvar,

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Como as pessoas manipuladoras se relacionam?

12/07/2017 11:27

Sem nos darmos conta, podemos estar imersos em relações com pessoas manipuladoras, que mudam nosso modo de pensar ou agir, pelo seu próprio bem.

Existem diferentes “categorias” dentro dos manipuladores, segundo o controle exercido pela pessoa sobre nós. Se essa pressão for muito grave, os especialistas a chamam de: “Narcisista perverso”, e esse é o assunto do qual vamos falar neste artigo.

Certamente você já viu diversos filmes, leu alguns livros ou escutou histórias sobre pessoas que manipulam seus parceiros, filhos, amigos, etc. Esse tipo de personalidade existe em todas as famílias e nem sempre estamos a par da situação. E mais, podemos até ser vítimas de pessoas manipuladoras agora mesmo e não saber.

Os narcisistas perversos, como alguns psicólogos nomeiam este perfil, são aqueles que, constantemente, estão dizendo ao outro o que ele deve fazer. De maneira sutil (ou não), mas com uma efetividade que realmente assusta, uma vez que restringe sua liberdade.

Estas pessoas, por sua vez, podem ter outros tipos de comportamentos negativos, como, por exemplo, excessos emocionais de todo tipo, comportamentos agressivos e ameaçadores, contínuas faltas de respeito e desprezo.

Quando se fala se um indivíduo perverso, ele é assim 24 horas por dia, sem distinção. A relação com sua vítima foi determinada dessa maneira e não há nada que pode mudá-la, a menos que a pessoa que esteja sofrendo a manipulação comece a querer modificar a relação.

Principalmente nos relacionamentos amorosos com uma pessoa manipuladora, pode passar muito tempo até que a vítima se dê conta do que está ocorrendo. Ela não deseja escutar o que seus entes queridos dizem, pensa que todo mundo está errado, que a outra pessoa faz isso porque a ama, que ela pode tomar suas próprias decisões, que não tem medo de seu parceiro, etc.

Em algum momento, ainda não está claro por que a pessoa que sofre nas garras do manipulador acorda desse “sono profundo”.

Imagine, por um instante, o que a aranha faz com sua presa: envolve-a com sua teia, até que, finalmente, alimenta-se dela. Algo similar acontece com os manipuladores e a energia positiva de sua “presa”.

Além de dizer que a vítima de um manipulador tem carências ou problemas, devemos indicar que o narcisista perverso também precisa de ajuda.

O manipulador
Embora todos nos complementemos nos relacionamentos, a pessoa que mais tem a perder é o manipulador, não o manipulado. Isso é assim, já que ele está “consumindo” algo que a vítima tem, como pode ser sua capacidade intelectual, bondade, carisma, solidariedade, autoestima, amizades, trabalho, saúde, etc.

Sempre falamos das características das pessoas manipuladoras e de como nos darmos conta de que alguém está nos controlando, mas nunca tentamos julgar o por quê dessa pessoa reagir dessa maneira, do que ela está precisando e de que forma pede ajuda. Com isso, não estamos dizendo que ele não seja responsável ou culpado por seus atos, no entanto, teríamos que analisar que traumas ou problemas do passado levaram-no a agir dessa maneira, ou quais são suas necessidades mais profundas.

Quando um perverso narcisista se encontra com alguém fácil de controlar, é onde pode colocar em prática ou depositar todos os seus traumas. Sem querer ofender ninguém, um manipulador age quando a vítima permite. Nem sempre isso acontece de propósito por parte do manipulado e, até mesmo, há casos nos quais a vitima também não percebe.

O perverso inveja aquilo que o outro tem, por isso utiliza suas ferramentas para se apoderar. A vítima não pode ver as manobras usadas contra ela, está cega de paixão, não percebe as ações do outro como algo negativo.

Mas isso pode influenciar sua mente e em suas emoções. O mesmo acontece com uma gota que cai sobre uma pedra; com o passar do tempo, acaba desgastando a pedra.

Quando um manipulador se encontra com uma pessoa segura de si, que sabe do que gosta, tem suas próprias opiniões sobre certas coisas e até mesmo lhe aconteceu algo ruim com um narcisista perverso antes, ela conta com armas a sua disposição para não permitir que as teias de aranha o envolvam.

Mas atenção, ninguém está 100% imune a este tipo de personalidade, já que alguns sabem como fazer um trabalho perfeitamente “fino” e quase imperceptível, até que o outro se torne uma marionete.

Tenha muito cuidado com as pessoas com as quais você se relaciona. Não é questão de se sentir ameaçado ou perseguido o tempo todo, mas sim de andar por caminhos seguros.

Também não hesite em fazer um trabalho de introspecção para determinar, de maneira objetiva, se você pode chegar a ter uma personalidade que pode ser facilmente manipulada.

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Primeira Edição © 2011