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Estreou em 1973 como repórter do Diário de Pernambuco, do qual foi redator e editor setorial. Foi editor-geral do Diário da Borborema-PB, Jornal de Hoje e Jornal de Alagoas. Foi colunista político e editorialista de O Jornal. Exerceu os seguintes cargos: Coordenador de Comunicação da Assembleia Legislativa de Alagoas, Delegado Regional do Ministério do Trabalho, Secretário de Imprensa da Prefeitura de Maceió e Secretário de Comunicação de Alagoas. Atualmente é editor-geral do PRIMEIRA EDIÇÃO.

Lula, a Petrobras e o sentimento das ruas

02/03/2015 04:53

Lula organizou uma manifestação em defesa da Petrobras, no Rio de Janeiro, mas não surtiu nenhum efeito (salvo alguns lances de arruaça), e nem poderia. Não faz sentido defender algo que não está sendo atacado. A menos que a mobilização tivesse como alvo a turma que dilapidou a empresa, o bloco da operação Lava-Jato.

Lula foi às ruas por impaciência. Convertido em animal político instintivo, Luiz Inácio anda apreensivo com o clima de rejeição ao PT que toma conta do País e deve assumir proporções grandiosas nas manifestações convocadas para o próximo dia 15.

Ao contrário dos ex-presidentes norte-americanos, que deixam o poder e ficam quietos ou se dedicam a proferir palestras remuneradas, e do próprio Fernando Henrique Cardoso, que passa o tempo escrevendo e dando entrevistas, Lula sonha com sua volta ao poder central. Sonha como um obcecado. Ideia fixa. Lula quer porque quer voltar à presidência, com certeza achando que, se uma Dilma assumiu dois mandatos, ele pode conquistar quatro...

A questão é o clima adverso provocado pelo choque entre a realidade pós-eleição e o discurso pré-eleitoral. O tempo passa rápido e nada soa positivo para o governo. Como a Petrobras é o combustível incessante do noticiário negativo para Dilma e para o PT, Lula enxerga na crise da estatal uma flâmula de luta. Daí sua decisão de liderar um ato público para defendê-la. A intenção é exibir um Lula patriota, um guerreiro cívico lutando, já na velhice, em defesa de uma empresa emblemática. Por aí Lula tenta sentir de perto a atmosfera nas ruas para então avaliar o que pode esperar para os próximos meses. Mas é complicado. Horizonte turvo.

A não ser entre petistas e aliados, defender a Petrobras, neste momento, sem se insurgir contra os arautos da rapinagem que a dilapidou, soa anedótico. Para ser compreendido, Lula teria de bradar contra os companheiros que secaram os cofres da estatal.

 

SINAL DOS TEMPOS

No programa partidário levado ao ar na noite de 5ª feira (26) em rede nacional de TV, o PMDB fez questão de não citar a presidente Dilma, nem de mencionar nada sobre o governo federal.

 

UM SÓ CORPO

Mulheres de deputados (e maridos de deputadas) terão direito à passagem aérea da Câmara por um preceito religioso: quando os casa, o padre decreta “Agora, são um só espírito e uma só carne”.

 

O ALVO NÃO FOI MANTEGA, O ALVO É O PT

O episódio com Guido Mantega, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, dá a medida do clima anti-PT no País. Após visitar um amigo, o ex-ministro da Fazendo foi hostilizado na lanchonete do AE:“Não tem vergonha na cara?”, indagou um dos pacientes do Einstein. “Safado”, disse outro. “Vai para o SUS”, gritou um terceiro. A direção do hospital emitiu nota lamentando o fato.

 

O ERRO DE COLLOR

Ao ameaçar levar o ‘exército petista’ para as ruas, Lula repete o erro de Collor, que convocou a juventude para apoiá-lo nas ruas do país, e acabou vendo surgir a geração dos ‘caras pintadas’.

 

PROVOCAÇÃO DE RISCO

Aliás, Lula precisa se conter ou ser contido, sob pena de começar a criar problemas para Dilma. Provocar a oposição, nesse momento, pode até parecer instigante, mas não é uma iniciativa inteligente.

 

EXEMPLO DE COMPETÊNCIA E DEDICAÇÃO NO TJ-AL

Secretário Especial da Presidência do Tribunal de Justiça, Nilo Brandão Meireles Júnior exerce papel da maior relevância na dinâmica do Poder Judiciário Alagoano. Com 18 anos de atuação na Justiça, ele se destaca aliando sua longa experiência a um alto nível de competência profissional. Determinado no que faz, Nilo Brandão também é exemplar na relação com os colegas de trabalho e na dedicação com que exerce, além do cargo especial, funções de relevo que lhes são atribuídas pelo presidente Washington Luiz.

 

GRANA DE PRECATÓRIOS

O Tribunal de Justiça retomou o pagamento de precatórios, mas a mídia se descuidou do volume de dinheiro em jogo: há R$ 200 milhões prontos para pagar dívidas trabalhistas consolidadas.

 

CACASAS A TIRACOLO

A presidente Dilma fará um giro pelo Nordeste tentando recuperar a popularidade. Para abrir caminho, fará o anúncio da terceira fase do Minha Casa, Minha Vida com três milhões de novas unidades.

 

LATENTE, MAS NEM TANTO

A violência não é um fenômeno furtivo, que pipoca hoje e desaparece amanhã. É um processo, um quadro beligerante instaurado. A sociedade não percebe isso no cotidiano porque a quase totalidade das vítimas são pessoas anônimas, que viram estatísticas. A ação da bandidagem só emerge quando alcança um personagem de nome, como o advogado Rangel Oliveira, executado em presumível assalto na Ponta Verde.

 

QUESTÃO CULTURAL

Na Indonésia, um brasileiro entrou com 13 quilos de cocaína e acabou fuzilado. Aqui, a Polícia apreendeu uma tonelada e meia do pó, e o fato foi noticiado como uma coisa normalíssima.

 

REMÉDIO INÓCUO

Na definição de um especialista, auditoria em órgão público é lance para a plateia, nunca dá em nada e custa uma fortuna. Aqui em Alagoas, auditoria já concertou alguma coisa troncha?

 

E QUEM CONTERÁ O ROLO ECONÔMICO?

Num país onde se esbanja a receita vinda dos impostos, o mais certo seria financiar campanhas eleitorais com dinheiro público. Mais um, menos um, não muda o cenário da gastança. O problema é: o financiamento público nivela a condição dos candidatos, mas quem vai impedir a derrama de grana subterrânea para eleger postulantes com contas bancárias robustas?

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Collor emite nota rebatendo denúncia de doleiro do esquema Petrobras

24/02/2015 10:49

Em notas divulgadas na manhã desta terça-feira (24) o senador Fernando Collor e a direção do PTB rebatem a denúncia do doleiro Alberto Youssef, de que o parlamentar alagoano recebeu R$ 3 milhões em propina do esquema Petrobas.

EIS A NOTA ENVIADA POR COLLOR

É com indignação e veemência que rechaço o teor da matéria veiculada na edição de hoje (24/02/15), no jornal Folha de São Paulo, sobre suposto pagamento de valores em meu nome oriundos do esquema criminoso do doleiro Alberto Youssef na Petrobras.

As referidas informações padecem de absoluta falta de veracidade e credibilidade, ainda mais quando recolhidas e vazadas de depoimentos tomados em circunstâncias que beiram a tortura de um notório contraventor da lei, agravados por suas condições físicas e psicológicas. O próprio conteúdo da matéria restringe-se a ilações e generalidades da fala do criminoso, sem apresentar qualquer vinculação de meu envolvimento.

Reafirmo que não conheço Alberto Youssef e jamais mantive com ele qualquer tipo de relação pessoal, política ou empresarial.

Brasília, 24 de fevereiro de 2015.

Fernando Collor

EIS A NOTA ENVIADA PELO PTB

O Diretório Regional do Partido Trabalhista Brasileiro-PTB, com indignação, reage a mais uma tentativa de associar o nome do nosso companheiro, o senador Fernando Collor, a tal Operação Lava Jato. Reverberam-se agora trechos pinçados de depoimento efetuado por um criminoso confesso, já encurralado em sua própria teia de contravenções, para também tentar atingir a nossa agremiação partidária. Ao repelir o conteúdo jornalístico veiculado pela Folha, os dirigentes petebistas rechaçam a insistente busca de inseri-lo como beneficiário de recursos advindos da fraude e da corrupção, por mais estas razões que seguem:

1- O senador nunca possuiu qualquer relação de ordem pessoal, política ou empresarial com o doleiro-delator;

2- Tão logo apareceu a estranha história de supostos depósitos atribuídos ao contraventor em conta pessoal do senador – de forma fracionada, acrescente-se, de modo a ocultar a origem dos depositantes -, o senador exigiu formalmente esclarecimentos das autoridades, em pronunciamento efetuado na tribuna do Senado;

3- Após a cobrança da verdade, permanece até hoje a inexistência de qualquer fato real, concreto, que o vincule à Operação Lava Jato;

4- Ainda sobre os tais depósitos, tão reverberados no curso da última campanha eleitoral, o PTB mantém a suspeição de orquestração sórdida contra o senador, que aguarda esclarecimentos da própria investigação já instaurada no âmbito do STF;

5- É de conhecimento público a histórica trajetória da família Collor, que herdou um dos complexos empresariais mais bem sucedidos em seu segmento no Brasil, o que só eleva a nuvem de suspeição contra essa sucessiva associação de seu nome ao esquema promíscuo investigado;

6- O PTB alerta: foi por conta de um turbilhão de denúncias falsas que o povo foi levado a condenar o então presidente da República, perseguido e cassado politicamente. E o que aconteceu posteriormente? A mais alta Corte de Justiça, o STF, o inocentou em dois julgamentos;

7- O PTB reafirma a sua confiança no senador Collor, líder de um bloco partidário no Senado Federal e cuja atuação parlamentar é reconhecida até pelo Diap, que o elegeu como um dos senadores mais influentes do Congresso Nacional;

Maceió, Alagoas, 24 de fevereiro de 2015.

 

 

 

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Collor recebeu R$ 3 milhões em propina - afirma doleiro

24/02/2015 05:34

O doleiro Alberto Youssef afirmou a procuradores que investigam o esquema de corrupção na Petrobras que o senador e ex-presidente da República Fernando Collor de Mello (PTB-AL) recebeu propina de R$ 3 milhões resultante de negócio da BR Distribuidora, subsidiária da estatal.
Segundo o doleiro, a operação com a BR Distribuidora foi intermediada por um emissário de Collor e do PTB, o empresário e consultor do setor de energia Pedro Paulo Leoni Ramos. Nessa ocasião, segundo Youssef, Ramos trabalhou como um operador do esquema, intermediando suborno.
PP, como Ramos é conhecido, é amigo do senador desde a juventude. Foi ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos no governo Collor (1990-1992) e é dono de uma empresa de consultoria que também fazia negócios com Youssef, a GPI Participações e Investimentos.
De acordo com Youssef, a propina resultou de um contrato no valor de R$ 300 milhões assinado em 2012 entre uma rede de postos de combustíveis de São Paulo e a BR Distribuidora.
O negócio era para que a rede deixasse uma marca de combustíveis e passasse a integrar o grupo de revendedores da BR Distribuidora.
Em contratos regulares de troca de marca, em geral a empresa distribuidora dá um incentivo para que o posto de gasolina mude de bandeira. A ajuda serve para financiar obras e melhorias na rede.
Em 2012, foi nesse tipo de operação que teria sido negociada a propina no valor de 1% do total do contrato, o que corresponde a R$ 3 milhões.
O valor, segundo Youssef, foi arrecadado nos postos, em dinheiro vivo, em três parcelas de R$ 1 milhão, e depois repassado a Leoni. O dinheiro era destinado a Collor, afirma o doleiro.
De acordo com o delator, todos sabiam que Leoni era um emissário do senador.
Em seu depoimento, Youssef não detalhou como a propina teria chegado a Collor. Ele também não apontou nomes de diretores da BR Distribuidora que estariam envolvidos no esquema.
O depoimento de Youssef à força-tarefa da Lava Jato em Curitiba foi feito entre outubro e novembro de 2014.
Neste mês, o doleiro prestou novo depoimento sobre Collor, desta vez à Procuradoria-Geral da República, para dar mais informações sobre a suposta participação do ex-presidente no esquema de corrupção.
Em outro depoimento que prestou aos procuradores, Youssef disse que, em maio de 2013, mandou entregar R$ 50 mil em dinheiro vivo no apartamento de Collor em São Paulo. O senador nega a acusação.
A entrega teria sido feita por um dos emissários do doleiro, Rafael Ângulo Lopes, que também firmou acordo de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato.
O PTB, partido do qual Collor é atualmente líder no Senado, tinha dois diretores na BR Distribuidora: José Zonis, na área de Operações e Logística, e Luiz Claudio Caseira Sanches, na Diretoria de Rede de Postos de Serviço.
Eles permaneceram na estatal entre 2009 e 2013. Zonis foi uma indicação direta do senador, segundo a Folha apurou; Sanches, do partido.
Ramos também é alvo de investigações da força-tarefa da Lava Jato em razão do repasse de R$ 4,3 milhões que uma de suas empresas fez à companhia MO Consultoria, de Youssef.
As autoridades também apuram negociações feitas entre Ramos e Youssef ligadas ao setor elétrico e ao laboratório Labogen, suspeito de integrar o esquema de fraudes do doleiro (Folha de S.Paulo, 24/2/15)

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O impeachment de Dilma

22/02/2015 16:36

A derrota nas urnas, quando parecia que a união das oposições decidiria o pleito a favor do senador Aécio Neves, frustrou a quase metade dos eleitores brasileiros. E o efeito da decepção, embalado pelo escândalo da Petrobras, deu origem a uma onda de inquietação, de insatisfação, traduzida nos insistentes ruídos contra a permanência de Dilma no poder. Mas é só fogo de palha. Produto do inconformismo, adensado pelos pacotes impopulares.

Não haverá impeachment (impedimento) da presidente porque inexiste (ao menos até agora) prova cabal e inquestionável de que ela tenha cometido crime de responsabilidade. Só suspeita e ilação. É vago, por exemplo, dizer que ‘Dilma sabia’ do esquema de rapinagem na estatal do petróleo. Mais provável era que Lula soubesse tudo sobre o mensalão e ninguém propôs destituí-lo.

Quem, porém, crê no impeachment, esquece duas coisas: 1 – a sociedade brasileira só se mobiliza se seu bolso estiver sendo atacado, por uma inflação descontrolada, por exemplo; 2 – quem decide por um processo político é o Congresso Nacional, e o fato é que Dilma ainda controla a maioria do Parlamento, mesmo com a aprovação do orçamento impositivo. Um terceiro ponto a ponderar seria: em caso de impeachment, quem assumiria? Michel Temer (PMDB), vice-presidente, companheiro de Dilma.

Vem aí, dia 15 de março, grande mobilização nacional contra a presidente, contra seu governo e contra o PT. Vai produzir algo de concreto? Bom, vai mostrar a insatisfação da sociedade com o rumo do país. Mas ninguém espere mais do que isso. O caldo pode engrossar – aí, sim, com perspectiva de impeachment – se a inflação estourar de vez, como aconteceu no governo Collor.

 

POR VIA OBLÍQUA

Às vezes funciona. Lula acha que Dilma deve buscar o apoio dos governadores junto às bancadas federais. Se conseguir, poderá ter sucesso na aprovação de medidas econômicas no Congresso.

 

‘FORA CORRUPTOS’

Eleição presidencial só em 2018, mas as ruas de Maceió (como das demais capitais) estão cheias de carros exibindo adesivos com a inscrição ‘Fora corruptos’ – com o PT tingido de vermelho.

 

DILMA PERDE PODER DE BARGANHA

O orçamento impositivo retira de Dilma o poder de barganhar com o Congresso Nacional usando para isso as emendas ao orçamento apresentadas pelos parlamentares. Sua aprovação foi, até aqui, a maior das derrotas da presidente no Parlamento. E  deverá se refletir na adoção de medida idêntica nas Assembleias Legislativa e Câmaras Municipais em todo o país.

 

APESAR DE TUDO

Que crise que nada. A maioria dos vereadores fechou questão e acabou conseguindo um aumento de R$ 2,3 milhões no duodécimo da Câmara Municipal. Rui já sancionou a LOA.

 

NOVO COLEGIADO

A verba do Legislativo Maceioense deverá dar um salto grande em 2017, isto porque, na eleição do próximo ano, o eleitorado elegerá 31 vereadores – 10 a mais do que atualmente.

 

COMPETÊNCIA NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

A recondução de Diógenes Tenório Júnior ao comando da Procuradoria Geral da Assembleia Legislativa premia a seriedade e a competência. Escolha acertadíssima da nova Mesa Diretora. Advogado consagrado, intelectual de primeira linha, Diógenes Tenório por onde passa deixa sua marca: um misto de decência e capacidade profissional. Foi assim na PGE da Prefeitura de Maceió, na PGE da Câmara Municipal, no Grupo JL e na Assessoria Jurídica do próprio Poder Legislativo.

 

SEGURANÇA PÚBLICA

O colunista sempre discordou da denominação Defesa Social, adotada no governo Ronaldo Lessa. Segurança Pública, que volta com Renan Filho, é o nome correto da secretária contra o crime.

 

NADA, NADA...

“O que o ministro da Justiça pode fazer para livrar a pele de empreiteiros envolvidos com o petrolão?” – indagam os petistas. Bom, se não pode nada, por que os advogados o procuraram?

 

A QUEM FHC COMPARA A PRESIDENTE DILMA

De tanto tentar transferir para o governo de Fernando Henrique a origem da corrupção que campeia no Brasil, Dilma acaba de receber um troco duro do líder tucano. Segundo FHC, a presidente age como um ‘punguista’ – que vem a ser o sujeito que bate a carteira de uma pessoa e sai gritando ‘pega o ladrão’...

 

NLVA NEGOCIAÇÃO

A Mesa da Assembleia Legislativa reúne-se mais uma vez com os líderes dos servidores, nesta terça-feira (24) para definir o calendário de pagamento das pendências salariais.

 

NOVA NEGOCIAÇÃO 2

A maioria dos funcionários do Poder Legislativo considera ‘inegociável’ a implantação do reajuste de 15% negociado em 2012 e que deveria ter entrado nos contracheques de janeiro.

 

PREFEITO DEVE INTERVIR NO COMÉRCIO

Rui Palmeira não costuma ceder a pressões, mas precisa ordenar a retirada dos camelôs que tomaram conta do Comércio. Camelôs e feirantes, que são segmentos distintos. Não custa lembrar que o fator tempo pesa nessa história. Ou seja, quanto mais tempo a ocupação durar, mas difícil será a remoção dos invasores.

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Nova Mesa da Assembleia vai, sim, pagar os atrasados dos servidores

04/02/2015 16:55

A grande verdade e que um só duodécimo, no valor de R$ 15,4 milhões, não resolve o problema financeiro da Assembleia.

E por que não resolve? Precisamente porque a nova Mesa herdou um conjunto de pendências que, somadas, vai além da verba repassada neste mês de janeiro. A saber:

1 – 13º salário não pago a uma parte dos aposentados;

2 – Parcela devida à Caixa Econômica referente a empréstimos consignados dos funcionários;

3 – Parcela referente aos planos de saúde dos servidores (Unimed);

4 – Folha salarial dos comissionados referente a dezembro (lembrando que eles foram exonerados por Fernando Toledo, mas o ato foi revogado por Antônio Albuquerque);

5 – 13º salário dos comissionados;

6 – Subsídio dos deputados;

Além desses valores, a folha salarial dos ativos e aposentados, liberada nesta quinta-feira sem o reajuste acordado de 15%.

Ora, com a entrada do segundo duodécimo, no próximo dia 20, aí sim, a Mesa, já livre de várias dessas pendências, poderá não apenas implantar o reajuste complementar de 15%, como iniciar o pagamento parcelado da folha de dezembro aos ativos e inativos.

Ou seja, a crise da Assembleia passa a ser uma questão de tempo. Dinheiro tem, o duodécimo anual é suficiente para cobrir as despesas, incluindo atrasados, incluindo o 13º do final do ano. Só que ele não entra de uma só vez. Logo, tudo tem que ser parcelado. A nova Mesa tem, sim, condições de quitar tudo em três ou quatro meses. Os números são claros, indiscutíveis.

Agora, como avisa Luciano Vieira e Eduardo Fernandes, líderes sindicais, os servidores não aceitam ficar sem o complemento da reposição salarial de 15%. “Esse, diz Eduardo Fernandes, é tão sagrado quanto o pão de cada dia”.

 

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Primeira Edição © 2011