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Estreou em 1973 como repórter do Diário de Pernambuco, do qual foi redator e editor setorial. Foi editor-geral do Diário da Borborema-PB, Jornal de Hoje e Jornal de Alagoas. Foi colunista político e editorialista de O Jornal. Exerceu os seguintes cargos: Coordenador de Comunicação da Assembleia Legislativa de Alagoas, Delegado Regional do Ministério do Trabalho, Secretário de Imprensa da Prefeitura de Maceió e Secretário de Comunicação de Alagoas. Atualmente é editor-geral do PRIMEIRA EDIÇÃO.

De repente, o INSS dá uma de bonzinho com os aposentados...

07/02/2022 18:18

Os assessores mais próximos do Planalto, envolvidos na luta pela reeleição de Bolsonaro e, claro, pela preservação dos cargos, estão prontos para dar sua ‘colaboração’ aos esforços para garantir a permanência do presidente no cargo.

José Carlos Oliveira é um desses assessores. Presidente do INSS, de repente ele se comoveu com milhões de aposentados e anunciou de chofre: “Fim da prova de vida”. Trata-se do comparecimento anual do inativo que recebe provento pelo Instituto a um banco ou agência da Previdência para mostrar que está vivo. Sem isso, é possível que a família de um aposentado falecido fique recebendo o ‘benefício’ indefinidamente.

A medida pode parecer justa e oportuna, mas, como foi anunciada, não passa de um lance eleitoreiro. Imagine que, a partir de agora, o INSS é quem tem que provar que o aposentado está vivo, uma absurda inversão do ‘ônus da prova”. Como vai fazê-lo? Carlos Oliveira diz que a Previdência vai cruzar dados do beneficiário e até verificar movimentação de passaporte, o documento necessário para viagens internacionais. Brincadeira.

A gentileza do governo se reveste de objetivo eleitoreiro simplesmente porque tal dispensa de prova da vida já havia sido adotada e prorrogada em razão da pandemia. No segundo semestre do ano passado, a Previdência tornou com a exigência e, agora, a oito meses das eleições, volta com a dispensa, não como medida administrativa rotineira, mas como jogada política espalhafatosa. Enquanto isso, o INSS continua sem atender milhares de requerimentos de novas aposentadorias.

No Brasil de hoje – como no Brasil de ontem – apesar de constituírem um universo com mais de 36 milhões de inscritos – os aposentados mal são lembrados em tempos de política. Como já não trabalham e não fazem greve, inexistem para as autoridades de plantão. O mais provocante no episódio atual, é que o próprio presidente do INSS, ao baixar as regras da dispensa de prova de vida, avisa que o esquema definitivo será implantado até 31 de dezembro. Portanto, depois das eleições...

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Católicos preferem não misturar Igreja com política, mas...

15/01/2022 09:22

Ao contrário dos protestantes, que são uma minoria fragmentária no universo de fiéis brasileiros, os católicos se candidatam, disputam mandatos eletivos, mas são raríssimos os casos dos que entram no jogo da política usando ostensivamente o nome da Igreja. Sacerdote, então, é figura invisível entre mandatários.

Já foi diferente. Entre as décadas de 1930 e 1960, um padre pernambucano chamado Alfredo Arruda Câmara elegeu-se deputado federal oito vezes e celebrizou-se por sua luta pessoal e ideológica contra o divórcio. Era culto. Formado em Filosofia e em Teologia Dogmática pela Universidade Gregoriana de Roma. Depois disso, nenhum outro membro efetivo da Igreja Católica assumiu posição com tanto destaque no cenário político.

Não significou ausência total dos católicos na seara político-partidária. Muitos padres se elegeram prefeitos, vereadores e deputados, mas nenhum com o brilho e a influência de Arruda Câmara. Até que o Vaticano decidiu intervir, baixando expressa recomendação para que integrantes da Igreja de São Pedro não mais participassem do processo eleitoral. A partir daí os ‘evangélicos’ entraram em ação, saíram em busca de voto e de mandato, de modo que, agora mesmo, um deles, ‘terrivelmente evangélico’, ganhou vaga de ministro no Supremo Tribunal.

Há um desequilíbrio evidente, mas o que chama a atenção é a ausência de qualquer movimento organizado por católicos com vistas a determinado resultado eleitoral. Silêncio profundo – seria simples indiferença ou descrédito no sistema? – da maioria, em flagrante contraposição aos ruídos estridentes da minoria que já constituiu até bancada organizada na Câmara dos Deputados.

Nesse cenário pouco compreensível, resta saber se e quando o conjunto majoritário do ‘povo de Deus’ despertará para, com a influência que pode exercer, também marcar presença nas decisões políticas que definem o destino da nação brasileira.

 

SANTORO É OPÇÃO FORTE PARA MANDATO ELETIVO

Sem ‘queda’ para a política, George Santoro seria, contudo, um nome fortíssimo para concorrer às eleições deste ano. Com chance real – bem entendido – de abocanhar um mandato de deputado estadual entre os mais votados. Seria, aliás, um gesto de reconhecimento do povo alagoano a esse fluminense que, esbanjando competência, deu uma turbinada incrível nas finanças de Alagoas, tão combalidas nos governos anteriores.

 

UM NOME NA ‘MEMÓRIA DOS ALAGOANOS’

Um aliado do MDB comparou Renan Filho a uma ‘Célula T’ do sistema imunológico: “Ele vai ficar na memória dos alagoanos e, por tudo que fez e está fazendo, será tranquilamente lembrado na sucessão estadual do governador que se eleger neste ano”.

 

SERVIDOR ESTADUAL NA EXPECTATIVA DE 10%

O funcionalismo público estadual, começando pelo pessoal do Poder Executivo, já vive a expectativa de ser contemplando com uma correção salarial de 10%. O percentual não é aleatório: 10,42% é precisamente o índice oficial da inflação de 2021. Ou seja, o tamanho das perdas inflacionárias em cima dos salários.

 

PESSOAL DO LEGISLATIVO CONFIANTE EM VICTOR

Os servidores da Assembleia Legislativa também estão confiantes na obtenção de um reajuste na faixa de 10% para seus ganhos. Alguns deles explicam o motivo da expectativa: “Com Marcelo Victor na presidência, no ano passado o Legislativo reajustou os salários de seus funcionários em 4,52%, mesmo valor concedido ao pessoal do Executivo”.

 

PANDEMIA NÃO ACABARÁ NO MUNDO TODO

A OMS está certíssima em um ponto: em vez de estarem gastando vacina com terceira dose ou dose de reforço, os países ricos deveriam estar doando imunizantes aos mais pobres. Por causa disso, dificilmente a pandemia de Covid acabará este ano. Ou seja, a meta de vacinar 70% não será atingida no mundo inteiro.

 

 

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Diógenes Tenório Júnior - um nome digno e capaz para o Tribunal de Justiça de Alagoas

10/01/2022 14:25

São numerosos – dezenas – os advogados que sonham com a 18ª vaga no pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas, mas poucos concorrem de verdade. E, dentre estes, um nome se sobressai pelo conjunto robusto de valores, virtudes e méritos. Falo de Diógenes Tenório Júnior, tribuno qualificado, justo e equilibrado, um intelectual de mão cheia que honra a cultura alagoana.

 ‘Dioginho’ para os amigos, que são muitos, Diógenes Tenório esbanjou competência profissional no exercício do cargo de procurador-geral da Assembleia Legislativa. Ali, anos a fio, fez-se digno da aprovação dos deputados (atuando de forma apartidária) e conquistou o respeito dos funcionários, os quais tratou, sempre, com especial gentileza e espírito de justiça.

Filho do veterano e aplaudido juiz Diógenes Tenório, cuja trajetória edificante – em Juizados e dentro do Tribunal de Justiça – acompanhei desde meus tempos de Editor do Jornal de Alagoas, Diógenes Tenório Júnior representará uma conquista, uma grande aquisição para o Judiciário alagoano, se vier a ser o escolhido para desembargador, pelo Quinto Constitucional, representando a Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil.

 

LESSA – NOME FORTE PARA ELEIÇÕES 2022

Em parceria com JHC, o vice-prefeito Ronaldo Lessa, presidente estadual do PDT, atua de forma operante buscando atender a população maceioense. É, mas amigos e aliados defendem que o ex-governador dispute as eleições deste ano – mirando uma cadeira de deputado federal ou o mandato de senador, ora exercido por Fernando Collor.

 

CÂMARA CRIA 13º SALÁRIO, QUE NINGUÉM É DE FERRO

No bojo do pacote de bondades aprovado no ano que passou, a Câmara de Maceió (com vereadores eleitos em 2020 prometendo defender o interesse da coletividade) criou o 13º salário para os próprios vereadores. Ou seja, a velha máxima também vale para os políticos: ‘Ninguém é de ferro’.

 

O ‘SEGREDO’ DE ALAGOAS CONTRA A PANDEMIA

Alagoas, todos já sabem disso, é um dos estados onde a pandemia causa menos danos. Lá fora, muita gente não entende a eficácia alagoana contra a Covid. Mas é tudo muito simples: que outro governo estadual construiu sete grandes hospitais e cinco bem equipadas UPAs nos últimos seis anos?

 

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Política projeta ‘evangélicos’ e ignora grande maioria católica...

28/12/2021 18:24

Desde que Jair Bolsonaro, na campanha eleitoral de 2018, buscou ostensivamente o apoio de lideranças evangélicas – pastores que comandam templos e lideram seguidores em todo o país – que o Brasil, hoje um estado laico, viu a máquina política nacional fundir seus objetivos com interesses religiosos.

Em meio à guerra de números (pesquisas de intenção de voto sobre a sucessão presidencial), a Folha de S. Paulo usa dados do Datafolha para proclamar que “43% dos evangélicos avaliam Lula como melhor presidente do Brasil e 19% optam por Bolsonaro”.

O presidente Jair Bolsonaro, depois de alianças quase formais com Edir Macedo, Silas Malafaia e Valdemiro Santiago (que, para muitos teria sido fator decisivo à sua eleição à presidência), acaba de nomear para o Supremo Tribunal Federal um ministro, como ele costuma dizer, ‘terrivelmente evangélico’.

Ora, sem a intenção de desmerecer ninguém, trata-se de uma inaceitável inversão de valores em um ‘jogo político’ que, aberta e insistentemente, tenta projetar um segmento religioso minoritário como detentor de uma força política que não existe.

E não existe, na proporção que se busca desenhar, porque, se assim fosse, as Câmaras Municipais, as Assembleias Legislativas e o Congresso Nacional estariam, e não de hoje, abarrotados de pastores e missionários ditos evangélicos. E não estão.

Enquanto isso, ‘todo mundo’ ignora a grande maioria católica. Segundo estudo recente, os católicos constituem 68,4% da população brasileira contra apenas 20,2% de evangélicos.

Muito estranho, pois, que os políticos – quase todos influenciados por setores da mídia – se movimentem com tanta energia na busca por apoio dos evangélicos. Verdade que as lideranças católicas não se envolvem com atividade político/partidária – trata-se de orientação do próprio Vaticano –, mas o fato é que soa absurdo fazer política relegando ao esquecimento precisamente a comunidade mas numerosa do conjunto social brasileiro.

E então, ninguém quer nada com o eleitorado católico?
 

TJ: CACÁ GOUVEIA NA LISTA DOS ‘POSSÍVEIS’

Advogado consagrado com destacada atuação aqui e noutros estados, o experiente Antônio Calos Gouveia figura na seleta lista de nomes cotados para assumir o cargo de desembargador do Tribunal de Justiça de Alagoas. Filho de Milton Hênio, mestre da Pediatria alagoana, Cacá Gouveia deixou marca inesquecível quando presidiu o Detran-AL durante o governo de Renan Filho.

 

SIMPLES, MAS NINGUÉM MATERIALIZOU ANTES

Competência é isso aí. Com uma medida engenhosa, o secretário Alexandre Ayres acabou com a ‘eterna’ agonia do Hospital Geral do Estado, cuja superlotação sempre foi fonte perene de críticas aos governadores de plantão. O que Ayres fez? Descentralizou o atendimento, acionando as UPAs e deixando para o HGE exclusivamente os pacientes em situação de emergência.

 

REAJUSTE DA PF: TODA AÇÃO PROVOCA REAÇÃO

Como não entende de Física, Bolsonaro desconhece que ‘toda ação provoca uma reação’. Traduzindo: ao conceder reajuste salarial apenas aos policiais federais, o presidente atraiu a repulsa de todo o restante do funcionalismo público da União, com reflexos também nos servidores estaduais e municipais. Bomba!

 

ECONOMIA NÃO É PARA QUALQUER UM

Mas o desconhecimento não é demérito exclusivo do estadista brasileiro. Na Assembleia Legislativa alagoana tem parlamentar que não sabe distinguir doação orçamentária de doação financeira. Ainda assim, ‘discursam’ exibindo ar de mestres da oratória.

 

DESPREZADO, MAGNO RESSURGE EM GRANDE ESTILO

E o pastor Magno Malta, hein? Relegado por Bolsonaro, após a eleição presidencial, o ex-senador de repente apareceu na comitiva de JB na excursão a Dubai. Sem mandato, sem cargo no governo, sem sequer um ‘como vai’ sonoro do ex-capitão. Causou estranheza, sim, a fulgurante aparição nesse passeio ruidoso...

 

E BOLSONARO MUDOU TOM DO DISCURSO

Já deu para perceber que Bolsonaro mudou o discurso e parou os ataques ao Supremo Tribunal e ao próprio Congresso Nacional? Pois bem, não se trata de uma ‘inflexão’ espontânea. Sabe-se agora: o presidente foi avisado de que, se não parasse com o tom golpista, não teria o apoio dos partidos que compõem o Centrão.

 

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Não é mais a pandemia, e sim a inflação, maior ameaça à reeleição de Bolsonaro

20/12/2021 16:04

O crescimento de Lula nas mais recentes pesquisas de intenção de voto não está associado a nenhum fato novo. É reflexo único e exclusivo do comportamento inflacionário, isto é, do avanço descontrolado dos preços ao consumidor em praticamente todos os setores da economia. Com destaque, evidentemente, para irradiadores de reajustes: combustível, frete, transporte público, energia elétrica e água. O custo de vida, aqui e em qualquer outro país, dita o humor da população, seja, dos eleitores.

Na confrontação com Lula, Bolsonaro tem uma desvantagem crucial: seus acertos são devorados pelo ruído amplificado da pandemia, enquanto os de Lula, naturalmente, ‘caíram no esquecimento’. Exemplo: ninguém se lembra que o petista taxou os aposentados, mas todos criticam Bolsonaro por ter elevado para 14% a alíquota previdenciária dos pobres inativos.

Bolsonaro poderia, até, auferir algum benefício com o recuo da pandemia (sobretudo se deletasse o discurso contra a vacina) mas nada vai amenizar, no conjunto geral da população, o impacto dos preços crescendo de forma descontinuada. Último produto a subir, na conta do cardápio popular, o pão nosso de todo dia mexe com o bolso e exacerba o mau humor de milhões de famílias assalariadas, justo de onde sairá a maioria dos votos.

Não é conceito, nem teoria, é fato histórico: a inflação derrubou Collor – que aplicou o confisco financeiro para domá-la) e destronou Dilma ao ultrapassar dois dígitos. Impeachment, Congresso, oposição, protesto – são apenas ingredientes do processo. O efeito causal é o custo de vida insuportável.

Por isso – e não devido à pandemia ou aos deslizes comportamentais do presidente – a vantagem de Lula se amplia nas duas pontas, com seus votos crescendo e com os de Bolsonaro minguando. E a questão é saber se, com um ministro da Economia inoperante e bufão, como Paulo Guedes, será possível conter e reduzir a inflação a tempo de evitar o fiasco previsível do ex-capitão nas urnas da sucessão presidencial.

 

LUCIANO BARBOSA DE BEM COM O MDB

Voltou aos níveis de antes da eleição do ano passado o excelente relacionamento de Luciano Barbosa, prefeito de Arapiraca, com o MDB e seus dirigentes. O ex-vice-governador alagoano não perdeu a oportunidade de e comparecer ao Hotel Jatiúca para se encontrar com o senador Renan durante a homenagem aos ‘Guerreiros dos Direitos Humanos’.

 

HOMENAGEM PROVOCA CIUMEIRA

A homenagem que distinguiu inúmeras personalidades alagoanas envolvidas com a defesa dos Direitos Humanos, a exemplo do senador Renan Calheiros, causou ciúme na chamada ‘oposição inoperante’ – aquela que nada constrói e, como se não bastasse, tenta destruir o que se está construindo. O evento do dia 8/12, no Hotel Jatiúca, foi prestigiado até pelo presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, desembargador Klever Loureiro.

 

A COERENTE INCONGRUÊNCIA DE BOLSONARO

A política poderia ser definida como a ‘arte da incongruência aparente’, pois, como explicar que Bolsonaro, devorado por Lula nas pesquisas, apareça em uma live fazendo apaixonada defesa exatamente do líder petista. Mas, não é o que parece. JB está apenas usando a situação de Lula, em relação à Lava-Jato, para poder atacar Sérgio Moro, que ameaça tirá-lo do 2º turno.

 

O BRASIL DO MALVADO PAULO GUEDES

Com milhões de dólares investidos em paraíso fiscal, Paulo Guedes não está nem aí para a economia brasileira. Seus dólares voltarão com o real falido... O ministro que nada faz só tem uma fixação: perseguir os servidores públicos. O resto é resto. Inflação, descontrole de preços, empobrecimento do Brasil, Paulo Malvadeza não dá a mínima pra bancarrota nacional.

 

VIAS ESBURACADAS DADAS COMO ASFALTADAS

Na correria para ganhar tempo, a equipe que executa e mapeia a Operação Tapa-Buraco não restaurou o asfalto das Ruas Lavenère Machado e Teonilo Gama, no Trapiche, mas as duas vias foram incluídas na relação das que tiveram os buracos eliminados. Os que moram e/ou transitam por ali apelaram ao colunista para ‘dar um alô’ a fim de sanar o problema.

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Primeira Edição © 2011