A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) continua com o ciclo de capacitações sobre o “Diagnóstico Precoce e Manejo Clínico da Hanseníase”, que vai beneficiar os 102 municípios de Alagoas. Nesta quarta-feira (19), das 8h30 às 17h30, a ação vai ocorrer na Escola Estadual Lucilo Ribeiro, no Centro de São José da Tapera, beneficiando os técnicos locais e também das cidades de Pão de Açúcar, Palestina, Carneiros, Monteirópolis, Jacaré dos Homens, Senador Rui Palmeira e Olho D’Água das Flores.

O curso, cuja parte prática será dia 26 deste mês, é voltado para os profissionais que trabalham nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nas Coordenações de Vigilância Epidemiológica, vinculadas à Atenção Primária. Com isso, eles estarão preparados para identificar e tratar novos casos da hanseníase, caracterizada por manchas avermelhadas na pele, falta de sensibilidade, perda da força nos membros afetados e nódulos no corpo, alguns deles, dolorosos.

Para a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Hanseníase, enfermeira Itanielly Queiroz, o esforço é importante, pois atua como sensibilizador dos profissionais, além de mostrar tecnicamente todas as etapas do diagnóstico e tratamento da doença. “Por se tratar de uma doença contagiosa e com grande estigma social, o diagnóstico precoce é essencial para quebrar a cadeia de transmissão, evitando o surgimento de novos casos”, destacou.

Itanielly Queiroz lembrou, ainda, que o tratamento é completamente assegurado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Os remédios são distribuídos exclusivamente pela Rede Pública de Saúde e não podem ser adquiridos em farmácias. Por isso é essencial que as pessoas procurem o atendimento médico de forma regular”, ressaltou a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Hanseníase.

A técnica da Sesau reforçou que a atualização de conhecimentos é essencial para os profissionais de saúde e a capacitação irá atingir todos os municípios alagoanos ainda este ano. “Estamos concluindo as etapas de capacitação, garantindo assim que os alagoanos tenham acesso a melhor assistência possível, de acordo com protocolos estabelecidos nacional e internacionalmente”, destacou Itanielly Queiroz.

Transmissão

A transmissão da hanseníase ocorre através das vias aéreas, por meio de secreções nasais, gotículas da fala, tosse e espirro da pessoa acometida pela doença e que não está realizando o tratamento. O paciente que está sendo tratado deixa de transmitir a doença, cujo período de incubação pode levar de três a cinco anos.

De acordo com o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, Alagoas abraçou o projeto de identificar e tratar os pacientes com hanseníase, que é uma doença milenar e envolta em grande estigma social. 

"Para isso, não temos medido esforços para cumprir nosso papel, que é prestar assistência técnica aos municípios, capacitar os técnicos quanto ao diagnóstico e tratamento, que é assegurado pelo SUS", reforçou o gestor da saúde estadual.