"Tinha que morrer", diz Monique Medeiros sobre pai de Henry Borel

Monique voltou à prisão após determinação do STF, que acolheu um recurso movido pelo pai do menino morto enquanto morava com a mãe e o padrasto

07/07/2023 09:02

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Correio Braziliense

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De volta à prisão após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) que atendeu à um recurso do pai de Henry, Leniel Borel, Monique Medeiros foi flagrada em áudios vazados desejando um infarto e um câncer ao ex-companheiro. A mulher é ré pela morte do filho, que morreu em 8 de março de 2021 em decorrência de mais de 20 lesões. Para a Justiça, Monique e o padrasto de Henry, Dr. Jairinho, são responsáveis pelo assassinato do garoto. 

Em um áudio enviado a uma amiga, em outubro de 2022, e divulgado pelo telejornal RJ2 na noite de quinta-feira (6/7), Monique afirmou que Leniel "só quer vingança" e que ele "tinha que morrer, infartar, ter um câncer".

Monique aguardava o julgamento em liberdade desde agosto do ano passado, até o ministro do STF Gilmar Mendes atender o recurso de Leniel, que pedia o retorno dela para a cadeia. 

"Amiga, que homem desgraçado, cara. Olha... Meu Deus... Se eu encontro ele na rua, não sei o que eu faço não. Juro. Gosto nem de pensar. Ele é pior que o MP porque ele só quer vingança. Esse homem. É ódio puro no coração dele. Tinha que morrer, infartar, ter um câncer", disse Monique.

Leniel comentou a gravação e contou que Monique "vem tentando criar um personagem de mulher agredida". "Era muito difícil ver isso todo dia, receber esse tipo de informação dela que de alguma forma estava tentando criar um personagem. Monique vem tentando criar um personagem de mulher agredida, de vítima de violência doméstica e, por último, agora ela vem criando um personagem de que ela sofria comigo a mesma coisa que ela sofria com o Jairo", afirmou o pai de Henry.

Volta à prisão

Na quinta-feira (6/7), Monique foi encaminhada ao Instituto Penal Santo Expedito, em Gericinó, no Rio de Janeiro. O ministro Gilmar Mendes, do STF, entendeu que os comportamentos dela atrapalham a instrução do processo e que é preciso se atentar ao princípio do processo legal e “não apenas quanto a direitos e garantias do réu”. Henry morreu em 8 de março de 2021 e exames de necropsia revelaram mais de 20 lesões no corpo dele. O menino morava com a mãe e o padrasto, Jairinho, que também está preso.

Pelo Instagram, o pai de Henry comemorou a decisão do STF. "Gratidão eterna ao STF, que está fazendo justiça pelo nosso Henry Borel assertivamente em todas as fases do processo. É imprescindível a prisão da Monique uma vez que ela foi pronunciada pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, tortura e coação no curso do processo", escreveu Leniel.

Primeira Edição © 2011