Viciado em vape? Veja dicas para abandonar o cigarro eletrônico

Vapes e pods causam problemas de saúde graves, como infarto e AVC. Saiba o que fazer para se livrar do vício

31/05/2023 08:53

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Metrópoles

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O cigarro eletrônico, também chamado de vape, ganhou popularidade como uma alternativa menos nociva à saúde do que o cigarro convencional, partindo da premissa de que ele não queima tabaco para liberar nicotina. A propaganda, no entanto, é bastante enganosa: o cigarro eletrônico é tão nocivo quanto o convencional.

 

O cardiologista Marcelo Cantarelli, membro da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI), aponta que ambos provocam dependência e liberam toxinas que afetam a saúde como um todo. “O vape aumentou o hábito do tabagismo entre pessoas jovens, virou quase pediátrico. O uso inflama a parede dos vasos sanguíneos e expõe o usuário a, por exemplo, infarto do miocárdio, hipertensão arterial, AVC, asma e doenças pulmonares”, alerta o médico.

O oncologista Murilo Buso, do Centro de Câncer de Brasília, explica que, por ter sido popularizado recentemente, só temos informações sobre os malefícios mais imediatos do vape. Ele, no entanto, acredita que a relação com o câncer será comprovada nos próximos anos. “Nós conhecemos os riscos de cigarros eletrônicos há curto prazo. No futuro, é bastante provável que a relação deles com o câncer será, em fim, comprovada. O ideal é não fumar. Cigarro nenhum traz benefícios”, destaca Buso.

Como se livrar do vício?

Veja algumas dicas para se livrar do vício em cigarros eletrônicos:

  • Estipule uma data. Não pare de uma vez e marque uma data para deixar de usar;
  • Pratique exercícios físicos regularmente, que liberam endorfina, hormônio relacionado ao prazer;
  • Evite ambientes onde outras pessoas fumam;
  • Beba bastante água;
  • Em caso de recaída, não desista e comece novamente;
  • Busque apoio médico e familiar;
  • Tenha noção dos malefícios de fumar;
  • Sintomas de abstinência duram apenas 5 minutos. Eles passam;
  • Mastique balinhas de menta;
  • Faça terapia de grupo.

Primeira Edição © 2011