Doença crônica, a obesidade, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (2020), atinge 25,9% da população brasileira, alcançando 41,2 milhões de adultos. É um problema mundial causado por fatores genéticos, disfunções endócrinas e por maus hábitos de vida. A nutricionista do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, Thayse Cavalcante, destaca que a alimentação balanceada, a prática de atividades físicas e o cuidado com a saúde mental são importantes atitudes contra a doença.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a obesidade como o acúmulo anormal ou excessivo de gordura no corpo. Segundo a entidade, a sua prevalência tem aumentado de maneira epidêmica em todas as faixas etárias nas últimas décadas e, atualmente, representa um grande problema de saúde pública no mundo.

 “A má alimentação é um dos principais fatores de risco para doenças e mortes no mundo, e ela ganha uma proporção perigosa quando combinada com o tabagismo, com o consumo de bebidas alcoólicas, com o sedentarismo e com os transtornos mentais. É importante que as pessoas prefiram os alimentos in natura ou minimamente processados, deixando de lado os alimentos ultraprocessados, os açucarados, os refrigerantes e outros industrializados”, recomendou a nutricionista.

O feijão com arroz, base da alimentação dos brasileiros, são bem-vindos no combate à doença, diferente dos fast-foods. Frutas, verduras, legumes, cereais, farinhas, raízes e tubérculos, como a mandioca, grãos, carnes resfriadas ou congeladas, ovos, castanhas, e leite pasteurizado também são boas escolhas para o cardápio de quem deseja cuidar da saúde.  

“É importante atentar às famílias para a educação alimentar. É preciso que nossas crianças cresçam bem nutridas desde o período da introdução alimentar. Para isso, é imprescindível que elas sejam ensinadas, conscientizadas, naturalmente, vivendo, observando, como seus pais vivem de maneira saudável. Caso contrário, o risco é de que no futuro sejamos uma população com ainda mais obesos, diabéticos e hipertensos, fatores de risco para diversas doenças cardiovasculares”, alertou Cavalcante.

O Índice de Massa Corporal (IMC) é um dos métodos conhecidos para determinar o peso ideal de um indivíduo. O cálculo é simples, basta fazer uma relação entre peso corporal (kg) e estatura (m) elevada ao quadrado. O índice é considerado normal quando o valor está entre 18,5 kg/m² e 24,9 kg/m²; mas, se o seu resultado for igual ou superior a 30 kg/m², então busque ajuda profissional.