Império Serrano abre Grupo Especial do Rio com tributo a Arlindo Cruz em busca do 10º título

Presença do sambista no último carro e alas simbolizando composições criadas ou cantadas por ele são trunfos para escola sair do jejum de 40 anos sem vencer na elite do Carnaval.

20/02/2023 09:33

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G1

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Império Serrano abriu a noite de desfiles na Sapucaí neste domingo (19), na volta ao Grupo Especial após dois anos longe da elite do Carnaval do Rio (veja acima vídeos do desfile).

A presença do homenageado Arlindo Cruz sentado em um trono e alas divertidas simbolizando composições criadas ou cantadas pelo sambista foram os trunfos para a quebra do jejum de 40 anos sem títulos.

O desfile teve alegorias representando "Bagaço da Laranja", "Camarão Que Dorme a Onda Leva", "Tambores de Xangô", "Falange do Erê", "Banho de Fé" e, claro, "Bum Bum Paticumbum Prugurundum". A música famosa na voz de Arlindo foi tema da última vitória do Império na elite do Carnaval, em 1982.

Império Serrano abre a noite de desfiles no Rio de Janeiro

Arlindo Cruz no desfile do Império Serrano — Foto: Alexandre Durão/g1

Império Serrano abriu a noite com o enredo “Lugares de Arlindo” em homenagem ao cantor e compositor Arlindo Cruz.

Com 3 mil componentes divididos em 29 alas, a escola de Madureira visitou os "lugares de Arlindo", em alusão à música "Meu lugar" (veja acima fotos do desfile).

Em busca de seu décimo título na elite do carnaval do Rio, o Império começou o desfile com uma comissão de frente retratando um ritual de cura e axé, com a presença de benzedeiras e de elementos associados ao cantor como seu inseparável banjo e o Bloco Cacique de Ramos.

O carro abre-alas trouxe nove coroas representando os títulos conquistados pela escola. O carnaval foi tema ainda do quarto carro, com uma imensa escultura de uma porta-bandeira. Foi um jeito de homenagear Babi Cruz, esposa de Arlindo que já atuou como porta-bandeira da Mocidade.

Outra curiosidade do desfile é que as primeiras letras de cada verso formavam o nome completo do homenageado: Arlindo Domingo da Cruz Filho.

O sambista, que tem 64 anos e sequelas de um AVC sofrido em 2017, veio cercado de amigos (como Regina Casé, Marcelo D2, Péricles) e familiares no último carro. Atrás dele, uma enorme escultura do cantor sorrindo e portando seu banjo.

Primeira Edição © 2011