Fiscalização eletrônica: uso pode salvar vidas

26/08/2017 17:52

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Ascom SMTT

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Cerca de 15%. Essa é a chance de sobrevivência de condutores e pedestres envolvidos em um acidente de trânsito com a velocidade acima de 70 km/h. Das mais de 130 mil infrações registradas pela fiscalização eletrônica neste ano, o excesso de velocidade corresponde a mais de 70% das infrações flagradas.

Para o integrante da 1ª Turma de Observadores Certificados do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) e da Associação Brasileira de Profissionais de Trânsito (ABPTRAN), tenente-coronel Ordeli Gomes, o número de condutores que cometem irregularidades no trânsito ainda é muito maior que o registrado.

“A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo tem um estudo que indica que a cada sete mil infrações, apenas uma é registrada. Isso mostra que os estados não têm estrutura e tecnologia para registrar todas as infrações que realmente acontecem”, afirma.

Nos primeiros seis meses do ano, a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), registrou uma queda no número de acidentes nos pontos onde há fiscalização eletrônica. Foram 143 acidentes neste ano e 309, no ano passado. O número representa uma queda de 53%, mais da metade.

“A fiscalização é mais um passo na segurança e saúde do trânsito, pois diminui os riscos de lesões e mortes e só quem precisa pagar são aqueles condutores que cometem as irregularidades. Aqueles que seguem o limite nunca terão problemas. É um bem para toda a sociedade”, explica o especialista.

Para o especialista em Educação e Segurança no Trânsito e professor de Legislação de Trânsito, Josimar Campos, a adaptação da população gera reflexos positivos e um benefício coletivo.

“A fiscalização eletrônica leva as pessoas a mudarem de hábito, a praticar uma direção mais segura, mais defensiva, gerando valor à vida do condutor e de todas as pessoas que usam o trânsito, que, afinal de contas, é um espaço coletivo e deve ter limites para que seja harmonioso”, pondera.

O tenente-coronel Ordeli Gomes é do Estado do Rio Grande do Sul e o especialista Josimar Campos é natural do Espírito Santo. Ambos ministraram um curso de capacitação para servidores da SMTT durante esta última semana.

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