Oficina de sensibilização da microcefalia vai mobilizar gestores

Na oportunidade será apresentado o perfil epidemiológico da microcefalia em Alagoas

30/06/2017 17:55

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Agência Alagoas

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Gestores dos municípios alagoanos participarão de oficinas para sensibilização de estratégias de fortalecimento da atenção integral às crianças com infecção congênita associada às sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes e ao vírus Zika.

O evento será realizado na segunda (3) e terça-feira (4), das 8h30 às 17h, no prédio de Pós-Graduação do Centro Universitário Cesmac, na Rua Cônego Machado, bairro Farol, em Maceió.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) irá apresentar o perfil epidemiológico da microcefalia em Alagoas e os protocolos emergenciais de vigilância aos casos da doença relacionados ao vírus transmitido pelo Aedes aegypti.

A supervisora de Cuidados à Pessoa com Deficiência da Sesau, Renata Bulhões, ressaltou a importância de tratar as informações sobre o assunto com bastante responsabilidade, visto que tudo ainda é muito novo.

“Estamos aqui, unindo forças com o Ministério da Saúde (MS) e os gestores dos municípios de Maceió, Arapiraca, Palmeira dos Índios, Santana do Ipanema e União dos Palmares, para trabalharmos na execução do Protocolo de Enfrentamento e Atenção integral à Saúde e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika. Ele prevê a mobilização desses profissionais de saúde para promover a identificação precoce e os cuidados especializados da gestante e do bebê”, destacou Renata Bulhões.

Segundo ela, o principal objetivo do Protocolo é orientar as ações para a atenção às mulheres em idade fértil, gestantes e puérperas submetidas ao vírus Zika e aos nascidos com microcefalia. Este plano recomenda, ainda, as diretrizes para o planejamento reprodutivo, a detecção e notificação de quadros sugestivos de microcefalia e a reabilitação das crianças acometidas pela malformação congênita.

“O Plano é um desenho dentro desses municípios, para identificarmos o que precisamos realizar, com o propósito de não perder o acompanhamento de nenhuma dessas crianças”, ressaltou. Ela acrescentou que, atualmente, existem 115 crianças com microcefalia em Alagoas e 44 com outras alterações neurológicas.

“E não é só a microcefalia. Existe, ainda, a baixa acuidade visual e auditiva e a deformidade de membros inferiores e superiores. É por isso que é tão importante as equipes intensificarem a busca ativa de gestantes para o início oportuno do pré-natal e acompanhamento dos nascidos com essa condição neurológica”, completou.

Dentre os presentes na oficina, Renata Bulhões destacou a diretora da Criança do Ministério da Saúde, Mônica Macal, além de duas apoiadoras da Estratégia Brasileirinhas e Brasileirinhos Saudáveis, que visa fortalecer o conjunto de esforços em todo o país para articulação, interação e implantação de ações voltadas à saúde da mulher e da criança até seis meses da vida, designada no Brasil como ‘Primeira Infância’.

Após os planos de intervenção com os gestores, a equipe da Sesau irá até os municípios para observar como está sendo desenvolvida a atenção às crianças com infecção associada às STORCH ou vírus Zika e suas famílias.

Primeira Edição © 2011