A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, anunciou nesta terça-feira a criação de um comitê sob sua autoridade que terá a missão de elaborar "estratégias sistemáticas e construtivas" para a reunificação das duas Coreias.

O comitê de especialistas de diversas disciplinas deverá trabalhar para promover o diálogo e os intercâmbios entre dois países com o objetivo de alcançar a reunificação, apesar de Seul e Pyongyang não terem assinado um tratado de paz após o armistício de 1953.

"É necessário preparar a reunificação, que abrirá uma nova era na península coreana", declarou Park em um discurso que marcou o primeiro ano de seu mandato presidencial.

A criação do comitê para a reunificação coincide com uma aproximação recente entre as duas Coreias, após meses de grande tensão.

Desde dezembro de 2012, o regime norte-coreano efetuou um disparo experimental de foguete (segundo o governo dos Estados Unidos foi um míssil balístico) e um teste nuclear, fechou unilateralmente uma instalação industrial intercoreana e prosseguiu com o desenvolvimento de sua principal unidade de testes atômicos.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma série de sanções contra a Coreia do Norte, apoiadas inclusive pela China, aliada de Pyongyang.

Desde então, a Coreia do Norte abriu novamente a instalação industrial de Kaesong e aceitou a retomada dos encontros das famílias separadas pela guerra, que haviam sido suspensas em 2010.

O regime norte-coreano também tenta reativar as negociações dos Seis países (as duas Coreias, Rússia, Japão, China e Estados Unidos) sobre uma ajuda econômica internacional em troca da suspensão do programa nuclear.