A PM não confirma o número de feridos, mas, segundo a "GloboNews", 12 policiais teriam se machucado no protesto.
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O ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), suspendeu a sessão desta quarta-feira (12) por cerca de 50 minutos devido a uma tentativa de invasão de militantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). A sessão foi retomada por volta das 17h.
"Fui informado pela segurança que o tribunal corre o risco de ser invadido. Vamos fazer um intervalo na sessão", disse Lewandowski, que presidia no lugar do ministro Joaquim Barbosa, que havia se ausentado do plenário.
Segundo a Polícia Militar, são cerca de 20 mil militantes, que pedem ao governo mais agilidade na reforma agrária.
A PM não confirma o número de feridos, mas, segundo a "GloboNews", 12 policiais teriam se machucado no protesto.
No início da tarde, os manifestantes desceram a Esplanada dos Ministérios e chegaram à praça dos Três Poderes, onde fica o prédio do STF, e derrubaram as grades que protegem o local. Os seguranças do próprio STF e policiais militares conseguiram conter a tentativa de invasão.
Os manifestantes estão vestidos com camisetas e bonés vermelhos e carregam várias faixas, algumas com críticas à atuação do Poder Judiciário. Uma delas diz "STF, refém da Rede Globo", e outras cobram o julgamento do mensalão tucano e o julgamento de casos de assassinatos de camponeses. Há ainda faixas chamando o mensalão de "julgamento de exceção" e "crime é condenar sem provas".
Dispersão
Depois da tentativa de invasão do STF, os manifestantes se dispersaram pela praça dos Três Poderes, ao redor da qual ficam, além do STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto. A Polícia Militar chegou a jogar duas bombas de efeito moral sobre os manifestantes.
Os militantes ocupam parte do gramado em frente ao Congresso Nacional e outros caminham pela Esplanada dos Ministérios. O Congresso e o Planalto reforçaram a segurança para evitar eventuais invasões. Por volta das 17h40, a maioria deles já havia deixado a praça dos Três Poderes e subiam a Esplanada dos Ministérios em direção à rodoviária do Plano Piloto de Brasília.
Alguns manifestantes chegaram a entrar no espelho d'água que fica em frente do Congresso, mas o número de militantes no local é pequeno.
Nesta semana, a capital recebe o Congresso Nacional do movimento, realizado no ginásio Nilson Nelson, próximo ao Estádio Mané Garrincha. Além de representantes dos 23 Estados, há um grupo de 250 pessoas ligadas a movimentos sociais de outros países. (*Com informações de Bruna Borges)
Primeira Edição © 2011