PMDB pode ter chapa puro sangue na sucessão estadual

Partido pode ter candidatos ao Governo e ao Senado nas Eleições 2014

23/12/2013 06:46

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Márcio Ândrei

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Uma chapa puro sangue, com candidatos do PMDB a governador e ao Senado - é um dos cenários admitidos pelo senador Renan Calheiros, presidente estadual da legenda peemedebista e principal líder do processo eleitoral que se aproxima.

Além do próprio senador, atual presidente do Congresso Nacional e com perspectiva de se reeleger para novo mandato de dois anos, o PMDB conta com o deputado federal Renan Filho, o ex-ministro da Integração Nacional Luciano Barbosa (também prefeito duas vezes de Arapiraca) e com o ex-vice-governador José Wanderley Neto, um dos grandes nomes da cardiologia brasileira.

Os partidos que compõem a base de sustentação do governo Dilma Rousseff, no Congresso Nacional, incluindo o PTB de Fernando Collor, estão no raio de observação de Renan, mas ele, antes de qualquer decisão mais refletida, antecipa especial interesse por uma aliança com o PDT, de quem cobra reciprocidade ao seu projeto ainda em gestação, lembrando que marchou apoiando o líder pedetista Ronaldo Lessa em duas eleições seguidas: para o governo em 2010 e para a prefeitura de Maceió em 2012.

Para Calheiros, o momento propício para discutir nomes e composições situa-se entre março e abril, mas, sempre que provocado, ele deixa clara e definida uma posição do partido: “O PMDB tem nomes para disputar o governo e o Senado”, diz, sem, no entanto, descartar entendimento com outras forças, como o senador Fernando Collor dentro de uma composição mais ampla.

No terreno de possíveis alianças, Renan menciona o PDT de Lessa, mas carrega na voz quando antecipa a disposição de se compor com o PT de Joaquim Brito e Paulo Fernando dos Santos, o Paulão, considerando, sobretudo, a unidade que PMDB e PT mantêm no cenário da política nacional nos últimos 10 anos.

“Estou conversando com todo mundo”, assinala o líder peemedebista que, pela condição de senador e presidente do Congresso Nacional, sente-se na contingência de manter constantes contatos com o governador Teotonio Vilela, com o vice Thomaz Nonô e com personagens importantes da seara governista local como o senador Benedito de Lira e o prefeito Rui Palmeira.

Com quem vai marchar nas eleições de 2014, aqui no Estado? – nem o próprio Renan sabe precisar, mesmo porque não tem se articulado nesse sentido, e não poderia, já que tem prazo definido para fazê-lo.

Se será ele próprio o candidato a governador? Ele espera que não apenas os líderes políticos, mas a sociedade alagoana se manifeste indicando um rumo a seguir. Claro está, porém (e há um consenso em torno disso) que, se o líder peemedebista optar pelo governo, Alagoas perderá seu principal ponta-de-lança no centro das decisões do poder da República. E o que poderá fazer Renan governador sem contar com Renan presidente do Parlamento Nacional?

Primeira Edição © 2011