Aécio Neves dá largada na campanha presidencial sem adesão de Serra

Embora tenha declarado que líderes tucanos devem formalizar candidatura do colega, se assim o desejarem, ex-governador paulista avisa que chance de comparecer a encontro para fortalecer mineiro é 'zero'

17/12/2013 11:21

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A afirmação foi encarada no time de Aécio como um reconhecimento de que Serra desistiu de pressionar internamente para se manter no páreo na corrida presidencial, mas não como sinônimo de adesão à campanha.

Serra já não vinha participando da pré-campanha de Aécio. Mesmo assim, o senador mineiro conseguiu consolidar sua candidatura internamente, inclusive entre integrantes do grupo chamado de serrista.

Diretrizes

Com o objetivo de causar impacto, a reunião do diretório nacional foi ampliada para se tornar uma grande atividade da candidatura. Os tucanos também decidiram convidar todos os presidentes de diretórios estaduais e municipais para participar do evento. Com isso, Aécio espera um público de cerca de 400 pessoas para lançar as bases do seu programa de governo.

Para a reunião de hoje, Aécio diz que o principal objetivo é motivar os tucanos para que logo no início de 2014 já estejam engajados na campanha. As reuniões para fechar o texto a ser apresentado lido no evento pelo senador ocorreram até à tarde de segunda-feira (16). O projeto inicial lista 10 pontos e mais dois foram acrescentados na última semana.

Com críticas ao governo petista e considerações sobre ética na política, a grande expectativa dos tucanos é que o discurso de Aécio seja impactante, mais do que as tentativas já feitas pelo senador. Uma das tentativas frustradas ocorreu há 9 meses, quando o PT comemorava 10 anos no poder. Na tribuna do Senado, Aécio elencou os “13 fracassos do PT” no governo, no entanto, o prometido impacto do discurso não ocorreu.

“Desta vez, Aécio terá que ser mais incisivo. Terá que pegar na veia”, disse o ex-presidente do partido e atual presidente do Instituto Teotônio Vilela, deputado Sérgio Guerra (PE). Além disso, o tucano também apresentará os compromissos do PSDB para melhorar a economia e áreas como Educação, Saúde, de tributos entre outros pontos.

O tom a ser utilizado por Aécio no discurso baseou-se ainda no “desejo de mudança” que, na opinião de tucanos, esteve presente nas pesquisas qualitativas e até mesmo nas pesquisas que indicaram boa aprovação do governo da presidente Dilma Rousseff.

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