STF manda prender Valdemar, Pedro Corrêa, Samarane e Bispo Rodrigues

Dos quatro réus, apenas Vinícius Samarane não está em Brasília. Expectativa é de que mensaleiros se entreguem ainda hoje

05/12/2013 14:05

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Terra

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A Polícia Federal confirmou nesta quinta-feira a expedição de quatro novos mandados de prisão de condenados no julgamento do mensalão. A expectativa, segundo os advogados, é que o deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP), os ex-deputados Bispo Rodrigues (ex-PL, atual PR) e Pedro Corrêa (PP-PE) e o ex-executivo do Banco Rural Vinícius Samarane se entreguem nas próximas horas.

Dos quatro, apenas Vinícius Samarane, que mora em Minas Gerais, não se encontra em Brasília. Bispo Rodrigues e Pedro Corrêa vieram para a capital há cerca de duas semanas, quando aumentaram os rumores sobre uma nova leva de prisões.

O presidente do STF e relator da ação, Joaquim Barbosa, já enviou um ofício aos presidentes da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio Mello, comunicando sobre o trânsito em julgado e início imediato do cumprimento da pena de Valdemar Costa Neto.

Costa Neto foi condenado a 7 anos e 10 meses; Pedro Corrêa pegou 7 anos e 2 meses e Bispo Rodrigues, 6 anos e 3 meses. Todos foram condenados pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Samarane, por sua vez, recebeu uma pena de 8 anos, 9 meses e 10 dias.

Essa é a segunda leva de prisões do mensalão. No dia 15 de novembro, o presidente do STF e relator da ação, Joaquim Barbosa, determinou as prisões de 12 dos 25 condenados, entre eles o ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares. Um deles está foragido, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, que está na Itália.

Com as prisões de hoje, apenas o deputado Pedro Henry (PP-MT), o delator do mensalão Roberto Jefferson e Rogério Tolentino, ex-advogado de Marcos Valério, ainda não iniciaram o cumprimento de suas penas. No caso de Jefferson, Joaquim Barbosa aguarda o parecer da junta médica do Instituto Nacional do Câncer (Inca) para determinar se o cumprimento da pena será em regime domiciliar ou na prisão. Quanto a Tolentino, o STF ainda precisa decretar o trânsito em julgado para ele. No caso de Pedro Henry, o Supremo aguarda o parecer da Procurador-Geral da República (PGR) sobre os embargos infringentes impetrados pelo parlamentar.

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