Osvaldo Coelho rebate FBC e sobra para Eduardo Campos

Ex-deputado reage de forma dura ao sobrinho e ex-ministro, que o acusou na polêmica sobre a redução do traçado do canal. E atinge até Eduardo

08/11/2013 14:29

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Jornal do Comércio Online

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Apontado pelo ex-ministro da Integração e adversário político Fernando Bezerra Coelho (PSB) como responsável pela propagação da versão da mudança do traçado original do Canal do Sertão, com redução das cidades beneficiadas no Araripe, o ex-deputado federal Osvaldo Coelho (DEM) reagiu, acusando o socialista, o governo Eduardo Campos (PSB) e os parlamentares governistas de não terem utilizado a influência sobre os presidentes Lula e Dilma para viabilizar a continuidade da irrigação no semiárido.

“Nunca o governo que está aí (Eduardo) e o Fernando Bezerra, nem a bancada do Estado, pediram pelo Canal do Sertão e pelo Pontal (projeto de irrigação paralisado). Ele é o paralisador de tudo. Falta a eles (FBC e governo) visão de futuro”, afirmou o ex-deputado, nessa quinta-feira.

A denúncia da redução do Canal do Sertão foi feita na Assembleia Legislativa, com base em edital de outubro da Codevasf, subordinada ao Ministério da Integração, lançando o projeto, mas com extensão menor. Negando que esteja “espalhando” a versão da redução do Canal do Sertão, o ex-deputado afirmou que sua crítica se baseia no projeto executivo, e não em estudo de viabilidade, como acusou FBC.

“O original atendia a 17 municípios do Araripe, que por sua vez foi afetado pelo Canal da Transposição (do São Francisco). A irrigação é esperada desde 2002. Por que não conseguiram impedir que parassem o Pontal, com toda a influência sobre Lula e Dilma? Por que não irrigaram sequer um hectare? Ele (FBC) não gosta de irrigação. Acredita na pobreza, é o rei da cisterna”, revidou.

O ex-deputado ressaltou que o projeto foi “mutilado” e conclama Pernambuco a reagir. Aponta a paralisação de dez anos como prova da “inércia dos políticos”, condena o discurso da convivência com a seca e defende a irrigação como solução para o desenvolvimento da região.

“A seca só traz sofrimento. Cisterna e caminhão-pipa é tapeação. Coisa de péssimo gestor, péssimo político, aquele que não dá continuidade a obras dos anteriores. Fica em palavras, palavras, palavras. Qualquer mudança é inaceitável para o Estado. Não tem nada mais importante para Pernambuco do que o Canal do Sertão”.

Primeira Edição © 2011