Manifestantes cercam prefeito em cidade que teria reduzido salário de professor

Durante protesto inspirado por restante do País, prefeito foi ao banco pessoalmente para antecipar pagamentos dos docentes e acabou preso no local por seis horas

19/06/2013 09:06

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Em Juazeiro do Norte, no Ceará, a causa dos professores, que reclamam de uma redução de 40% no salário desde o começo do mês, ganhou a simpatia de manifestantes inspirados no que ocorre em todo o País . Embora o município tenha apenas 200 docentes, um protesto contra a mudança na lei de gratificações para educadores reuniu na terça à tarde, cerca de 5 mil pessoas. O prefeito Raimundo Macedo (PMDB) decidiu, então, ir ao banco e antecipar o pagamento dos professores para provar que não haveria redução salarial. Foi cercado pela multidão.

De acordo com a Prefeitura, o projeto de lei que tem gerado protestos desde o início do mês foi mal entendido pelo Sindicato. Apesar de haver mudanças nas gratificações, o texto garantiria que não haverá redução na remuneração final para os servidores. O Sindicato, no entanto, insiste que alguns poderiam ganhar até 40% menos. O impasse seguia com pequenos protestos e greve desde o início do mês até ontem.

Nesta terça-feira, o grupo engrossou. Outros cidadão e estudantes, especialmente jovens universitários como ocorre no restante do País, se juntaram aos professores e pediram a saída do prefeito e dos vereadores. Quando souberam que o próprio Raimundo Macedo estava na agência bancária do Banco do Brasil do centro da cidade, cercaram o local às 17h.

Apenas seis horas depois, escoltado pela polícia, o chefe do executivo da cidade deixou o local. Segundo a Prefeitura, o pagamento dos professores que seria feito no último dia do mês cairá em suas contas correntes na sexta-feira e será possível perceber que a lei não reduz salários.

O caso de Juazeiro do Norte era um dos mais citados por manifestantes indignados com a ação de políticos em todo o País.

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