Manifestação cobra regularidades e adicional de periculosidade

Trabalhadores da Tomé paralisaram atividades no Porto de Maceió

10/06/2013 08:32

A- A+

Márcio Ândrei

compartilhar:

A manhã desta segunda-feira (10), no Porto de Maceió, teve como destaque a manifestação dos trabalhadores da metalúrgica Tomé Engenharia, onde reivindicaram regularidades trabalhistas além de 30% do salário-base de cada função referente a adicional de periculosidade. 

Atuando no Porto de Maceió há seis meses com 60 trabalhadores, a Tomé, que vai fornecer à Petrobras módulos de processo para plataformas de exploração do pré-sal no litoral brasileiro, inaugurou oficialmente suas instalações na última sexta-feira (7), apresentando em seu quadro produtivo 300 funcionários.

Deste o início de suas atividades os trabalhadores não vêm recebendo o obrigatório adicional de periculosidade entre outros direitos trabalhistas. De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Alagoas, Jobson Torres, a empresa atua sem cumprir com as exigidas obrigações. “Esta manifestação é justa, não se admite a falta de respeito com os trabalhadores que merecem e devem receber seus diretos, entre eles a justa remuneração e, principalmente o pagamento do adicional de periculosidade”, disse Jobson.

Para o presidente uma denúncia será feita no Ministério Público do Trabalho apontando a Petrobras como co-responsável pela falta do adicional, além disso, caso não seja regularizado o impasse uma nova paralisação será feita no decorrer da semana. “Não tem como aceitar uma situação desta, enquanto uns trabalhadores ganham determinado valor em uma função, outro atuando da mesma forma ganha bem menos, sem contar com a falta do adicional de periculosidade, outras empresas que atuam aqui pagam, por que a Tomé não faz o mesmo? Isso tem de mudar”, completou Jobson Torres.

Representantes da Tomé não foram localizados para esclarecimentos, já os funcionários decidiram voltar aos trabalhos nesta terça-feira (11) na expectativa de regularização. A metalúrgica pretende chegar até o final deste mês com 500 funcionários e, até 2015 deverá atuar com uma média de 2000.

Primeira Edição © 2011