O deputado estadual Ronaldo Medeiros (PT) início a tarde desta quarta-feira (5) na Assembleia Legislativa com a leitura do regimento interno da Casa. O membro do Legislativo questionou os critérios usados para cobrar as faltas e cobrou a frequencia do primeiro secretario, Maurício Tavares (PTB).

Medeiros explicou que as funções do deputado estão além da sessão. "Não estou tentando justificar minhas faltas, mas que que se cobre dos outros", colocou.

O deputado teve o apoio dos colegas, como Edvaldo Gaia (PSDB): "Este mês descontaram quatro faltas do meu salário. Fui conferir nas atas das sessões e constatei que faltei apenas duas vezes. Gostaria de saber se isso é tabelado?", disse.

Olavo Calheiros (PMDB) entrou do discurso e falou sobre a criação de uma "indústria da falta" na Casa de Tavares Bastos. "É preciso definir critérios sobre as ausências. Ela deve ser descontada no mês subsequente e não a cada vinte dias, como ocorre", expôs. O deputado ainda questionou sobre o dinheiro descontado: "Como ficou decidido, a verba vai para entidades filantrópicas, mas quais são? Cadê a transparência?".

O debate continuou com Isnaldo Bulhões (PDT) que também questionou a transparência dos contra-cheques dos deputados. "Quando a mesa diretora falta é descontado? Tudo deve está detalhado em nossos contra-cheques, como o dia faltado, o valor e para onde vai. Isso deveria inclusive ser publicado no Diário Oficial ou na site desta Casa", propôs.

O presidente Fernando Toledo (PSDB) ouviu os deputados e informou que tomará as devidas providências e sobre acusação de uma "indústria das faltas" não se pronunciou.