O presidente da Associação dos Municípios de Alagoas (AMA), Marcelo Beltrão, participou da reunião do Conselho Político da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) nesta terça-feira, em Brasília. Em foco, a discussão da pauta da XVI Marcha dos Municípios, de 8 a 11 de julho. Marcelo explicou que serão apresentados os pontos municipalistas junto ao Congresso Nacional e ao Governo Federal. “O objetivo é fortalecer o ente federado que tem uma grande responsabilidade perante a população e que, no momento, está fragilizado, por conta do financiamento que vem se estrangulando ao longo dos anos”, destacou.

O financiamento para os municípios continua a encabeçar todas as pautas. É preciso maior autonomia de gestão dentro da política econômica nacional. “Quando se fala em desoneração não se pode fragilizar os municípios. É necessária uma política econômica que garanta linha de financiamento para os municípios. Esse ente federativo deveria ser o mais fortalecido, porque está na ponta, na ação direta à população”, frisa o presidente da AMA.

Marcelo observa que há as despesas compulsórias que prejudicam as gestões municipais de um ano para o outro. “Posso citar o salário mínimo e o piso nacional do magistério, por exemplo. E a gente trabalha a cada ano com uma receita que não cobre nem a inflação. Então, como honrar com essas despesas e fazer obras para favorecer a população de cada município dos nossos estados, da nossa Nação?”, questiona.

Vários temas não menos importantes serão discutidos por ocasião da marcha. “E a expectativa é de que se obtenha um avanço, com o apoio do Congresso e do Governo Federal. E, assim, os municípios possam colaborar com o fortalecimento da Federação”, pontuou Beltrão.

Questionado sobre as ações mais efetivas dos municípios Marcelo enfatizou que há mobilização. “Há um mês, nos reunimos com o presidente do Senado, quatro senadores de diversas bancadas, no sentido de sensibilizá-los sobre aos efeitos da seca, entre outras ações.

O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, explicou que a reunião tratou da continuidade da pauta de reivindicação, da relação política com o Congresso, com o Executivo, os temas mais abrangentes de Norte até a Sul do País. “A seca também será abordada, no momento específico, bem como saúde, educação, código de mineração, reforma tributária, a questão dos royalties no Supremo. Todos esses assuntos estão em discussão, além de como serão encaminhados durante XVI Marcha de Prefeitos, aqui em Brasília”, ressaltou.

Marcelo reitera a importância da Marcha dos Prefeitos. "É um momento ímpar para sensibilizar as autoridades, repito, a fim de viabilizar e fortalecer o financiamento necessário e política pública dos municípios."