O vereador Wilson Júnior (PDT) propôs a criação de uma Comissão Especial de Investigação para descobrir os erros cometidos nas reformas das escolas municipais. A proposta surgiu após a apresentação de um relatório da Comissão de Educação que apontou uma série de problemas encontrados na Escola Municipal Paulo Bandeira, que foi reformada no passado e teve as aulas suspensas na semana passada devido a infiltrações e vazamentos no esgoto.

Em plenário, a presidente da Comissão de Educação, Tereza Nelma (PSDB), relatou os problemas encontrados e apontou soluções apresentadas para melhorar a estrutura na escola. A vereadora reclamou do que encontrou no local após a reforma. Ela citou que não encontrou nem janelas de madeira, nem portas de PVC, muito menos torneiras de metal – tudo que foi licitado e pago pela Secretaria Municipal de Educação (Semed).

Também integrante da Comissão de Educação, o vereador Guilherme Soares (PSOL) subiu o tom das críticas ao chamar a construtora responsável pela reforma de mentirosa. Para o vereador, a empresa reformou a Escola Paulo Bandeira de qualquer jeito, só pensando em lucro e em fraudar o serviço público. Ele classificou como absurda a ligação irregular da calha de água pluvial ao sistema de esgoto, além da dívida no fornecimento de água à escola.

Guilherme disse que nunca pensou em ouvir tantas mentiras de uma única vez de um profissional da engenharia, como quando conversou com o proprietário da empresa que negou que a licitação tivesse contratado, por exemplo, a cobertura com impermeabilização da laje. Tereza Nelma comparou os dados entregues pela empresa e pela Semed e apontou que os dois não batem. Ela cobrou a punição imediata dos culpados e que novas obras não sejam contratadas, muito menos pagas com esse tipo de procedimento irregular.