Na sessão desta terça-feira (21/05) da Câmara Municipal de Maceió, a Comissão de Educação da Casa apresentou requerimento solicitando à Secretaria Municipal de Educação documentos sobre a reforma realizada no ano passado na Escola Paulo Bandeira, no Benedito Bentes. O requerimento foi assinado pelos vereadores Tereza Nelma (PSDB), Guilherme Soares (PSOL) e Aparecida Augusta (PRTB) – membros da Comissão –, e subscrito pelos vereadores Zé Márcio (PSD), Silvanio Barbosa (PSB), Silvania Barbosa (PPS) e Marcelo Gouveia (PRB).

No requerimento, a Comissão solicitou cópia do processo licitatório da obra de reforma e ampliação da escola e cópia do relatório de qualificação e diagnóstico da situação funcional da rede municipal de Maceió.

A escola foi alvo de um protesto de pais e alunos nesta semana devido aos inúmeros problemas estruturais, ampliados com as chuvas. Aulas estão suspensas por problemas estruturais e até mesmo foi registrada a invasão de esgoto em algumas salas de aulas. Na biblioteca e no refeitório ocorreram infiltrações e vazamentos.

O vereador Silvanio Barbosa informou que situação na Paulo Bandeira é de caos e desespero. Ele disse que a reforma foi feita de qualquer jeito e sequer foi concluída pela equipe da gestão anterior da Semed. Silvanio cobrou punição dos responsáveis, tanto dos que estavam na administração pública, quanto da construtora que começou, mas não terminou a obra. Para o vereador, alunos, servidores e professores são verdadeiros sobreviventes, devido à falta de condições de trabalho e estudo na unidade de ensino.

No mesmo sentido, o vereador Guilherme Soares fez uma observação prometendo uma visita, nesta quarta-feira (22), da Comissão de Educação da Câmara Municipal de Maceió na Escola Paulo Bandeira. Ele pediu cautela para que culpados não sejam apontados antes mesmo de um procedimento investigatório, mas propôs levantamento e análise da documentação da licitação para saber quais materiais foram contratados e se eles foram de fato empregados na construção da escola.

Em um tom crítico, a vereadora Heloisa Helena (PSOL) alertou que outras escolas registram problemas estruturais graves. Segundo ela, são 28 processos de reformas em escolas que estão em situações dramáticas, com aulas sendo suspensas, principalmente nos dias de chuvas. Ela cobrou que integrantes da gestão anterior sejam convidados para apresentar informações de como licitações e reformas foram desenvolvidas no ano passado.