Recebe alta hospitalar nesta sexta-feira (12), a agricultora Francisca Margarete Pinheiro da Silva, de 27 anos, que foi submetida a um transplante e coração no Hospital de Messesjana, em Fortaleza. Ela é uma das nove pacientes que, desde 2008, utilizaram Dispositivos de Assistência Ventricular (DAVs), o coração artificial, indicado para pacientes graves que aguardam transplante.

Oito dos nove pacientes que utilizaram o coração artificial, inclusive Margarete, foram transplantados e sobreviveram. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), o Governo do Estado está garantindo a aquisição de 16 Dispositivos de Assistência Ventricular, inclusive os dois utilizados por Margarete, ao custo de R$ 50 mil cada equipamento. Um outro paciente grave já está sendo preparado para receber o coração artificial enquanto aguarda doador compatível para a realização do transplante.

O coração artificial tem vida útil de 30 dias, mas Margarete se submeteu à assistência circulatória mecânica por 43 dias. Na terça-feira, 9 de abril, 26 dias após o transplante, ela reencontrou o marido e os dois filhos. Margarete passou cinco meses internada no Hospital de Messejana, após diagnóstico de miocardiopatia periparto, problema cardíaco decorrente do parto. Após a alta, ela retornará com a família para Solonópole, onde mora, com um coração novo no peito.

O Hospital de Messejana foi pioneiro no Brasil na utilização de Dispositivos de Assistência Ventricular e hoje é referência nacional no procedimento. Desde 1999, quando o procedimento foi implantado, ocorreram 280 transplantes de coração no Ceará. Em 2013, já são seis transplantes de coração realizados no Hospital de Messejana. Dez pessoas estão internadas à espera do transplante.