O número de portadores da tuberculose em Alagoas alcançou a marca dos 56 casos registrados pelo Hospital Helvio Auto em 2013, entre eles, oito foram fatais. A situação vem preocupando gestores da saúde do estado que realizaram nesta semana um seminário com o objetivo de discutir ações que combatam os índices da doença em Alagoas.

Segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau), as famílias que possuem menos condições financeiras apresentam o maior número dos casos de tuberculose. Outro fator agravante é a resistência de algumas pessoas, que apesar das chances de cura e da distribuição dos medicamentos feita pelo Ministério da Saúde, desistem do tratamento.

Metade dos pacientes também é portadora do vírus HIV, segundo o Médico Infectologista Gilberto Lima, o número de doentes que apresentam as duas doenças é de 30 a 50 % dos pacientes.

Em 2012, foram registrados mais de mil novos casos de contaminação da tuberculose em Alagoas. Sandra Canuto, Superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, responsabiliza o governo do estado e as prefeituras de alguns municípios pela situação preocupante. Segundo ela, os governantes não estão cumprindo com as responsabilidades básicas para o combate da doença. 

Pessoas que apresentam tosse por mais de três semanas acompanhadas ou não de febre, falta de apetite, suor noturno, cansaço, dor no peito e perda de peso podem estar contaminados. O tratamento, que tem duração mínima de seis meses, deve ser mantido mesmo com o desaparecimento dos sintomas.