Com o objetivo de diminuir os índices de acidentes com escorpiões registrados em Alagoas, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) alerta a população sobre os cuidados que devem ser tomados para evitar os casos e o que fazer na ocorrência de picadas por aracnídeo.

Para prevenir e evitar as condições propícias para o aparecimento do escorpião, a Sesau recomenda algumas medidas simples como evitar colocar as mãos em buracos no solo, troncos ou pedaços de madeira, e sempre utilizar luvas quando tais ações forem necessárias. Outras ações importantes incluem evitar o acúmulo de materiais como entulhos e restos de construção, manter o jardim sempre aparado e bloquear ralos para dificultar o acesso à residência dos escorpiões.

A diretora da Vigilância Epidemiológica da Sesau, Cleide Moreira, ensina que para a proteção de crianças e recém-nascidos, pacientes com maior vulnerabilidade ao veneno do escorpião, as camas e berços devem ser colocadas a 10 centímetros das paredes, mantendo os mosquiteiros longe do chão. “As roupas também devem ser sempre verificadas antes de serem vestidas em crianças e bebês”, orienta a diretora.

Em casos de picadas, não se deve amarrar ou fazer torniquete, nem aplicar nenhum tipo de substância sobre o local. “O principal curso de ação, em casos de picadas de escorpião, é procurar uma unidade de saúde mais próxima”, explicou a gerente de Controle de Zoonoses e Vetores da Sesau, Carmem Samico.

Em Alagoas, existem oito unidades de referência para o tratamento a vítimas de animais peçonhentos: Unidade de Emergência Dr. Daniel Hoully em Arapiraca; Hospital Carvalho Beltrão em Coruripe; Unidade Mista Dr. Antenor Serpa em Delmiro Gouveia; Hospital Regional Santa Rita em Palmeira dos Índios; Unidade Mista Senador Arnon Afonso Farias de Melo em Piranhas; Unidade de Emergência Enfermeiro Antônio de Jesus em Penedo; Unidade Mista Djalma dos Anjos em Pão de Açúcar; e Hospital Hélvio Auto em Maceió.

De acordo com dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificações (Sinan) da Sesau, Maceió responde por 50% de todos os casos de picada de escorpião em Alagoas, seguida por Arapiraca com 16,8% e Teotônio Vilela com 7,4% dos casos registrados.
De 2008 a 2012, foram registrados 23.258 casos de picadas de escorpiões, o que representam 80% dos acidentes com animais peçonhentos no Estado, neste período foram registrados três óbitos em Alagoas. “A maioria dos casos é considerada leve (95,13 %) e apenas 0,31% dos acidentes foram considerados graves”, explicou Cleide Moreira.