Um grupo de trabalhadores está reunido em assembleia na porta do Hospital Geral do Estado (HGE), no Trapiche da Barra, nesta manhã. Eles discutem a omissão do Estado em negociações com os servidores da Saúde. Para pressionar o governo uma nova paralisação setorial não está descartada. No dia 8, véspera do feriado de carnaval, os serviços do HGE foram suspensos numa greve que durou 24horas.

Segundo Célio Santos, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social e Trabalho no Estado de Alagoas (Sindprev), uma reunião marcada para o dia 19 de fevereiro com representantes da Segesp ( Secretaria de Estado de Gestão Pública) foi adiada sem justificativa para o dia 17 de abril.

A suspensão do encontro provocou revolta nos trabalhadores que aguardam proposta de reajuste salarial, concurso público e melhores condições salariais.

Os servidores, segundo o sindicalista, estão dispostos a parar qualquer unidade de Saúde em Maceió. “Até a maternidade Santa Mônica pode ser fechada numa paralisação setorial. Não podemos fechar todas as unidades de Saúde por causa do caos que já se vive aqui. Então vamos parando diferentes unidades”, afirmou.

“O adiamento da reunião só prova a falta de compromisso desse Governo que não quer negociar com a categoria. O governo finge que está negociando com a Saúde, mas não faz nada. Cadê os leitos que seriam disponibilizados no Hospital do Açúcar? Por que a ala azul do HGE continua superlotada?”, disse Célio Santos.