Verão exige cuidados especiais dos portadores de doenças pulmonares crônicas

19/02/2013 07:12

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Divulgação

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É senso comum acreditar que doenças respiratórias (vias aéreas superiores: nariz, ouvido e garganta) ou pulmonares (vias aéreas inferiores: traqueia e pulmão) ocorrem principalmente no inverno, certo? Ledo engano. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia, as doenças pulmonares são responsáveis por 50% dos atendimentos em hospitais e prontos-socorros durante o verão.

Portadores de doenças crônicas, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), devem tomar alguns cuidados especiais na estação mais quente do ano, para não agravar os sintomas comuns às doenças, como a falta de ar, a tosse e a produção de catarro, ocasionada pela inflamação dos brônquios. Isso porque os sintomas decorrentes das infecções respiratórias favorecem as crises de falta de ar e pioram a qualidade de vida dos pacientes com problemas pulmonares.

Ar-condicionado e ventiladores

Embora sejam dois grandes aliados para aliviar o calor, o ar-condicionado e o ventilador também podem ser vilões do verão. “O uso contínuo desses aparelhos resseca as mucosas, deixando-as mais vulneráveis às infecções por vírus ou bactérias”, destaca o pneumologista Elie Fiss, professor titular de Pneumologia da Faculdade de Medicina ABC e pneumologista do Hospital Oswaldo Cruz.

Outro aspecto a ser considerado é que a manutenção inadequada dos aparelhos pode favorecer a proliferação de ácaros, fungos, mofo e bactérias que se acumulam no filtro, espalhando ar contaminado no ambiente, o que aumenta a chance de infecções das vias aéreas.

Mudanças de temperatura

Calor de 35ºC pela manhã, chuva à tarde e noite mais fria que o normal para a época do ano. A cena não é incomum, principalmente em grandes cidades, como São Paulo, onde a temperatura pode oscilar de uma hora para outra. Fatores climáticos como esses podem desencadear crises de rinite, faringite, gripes e resfriados, piorando o quadro respiratório de pacientes com doenças pulmonares.

“Com mudanças repentinas de temperatura, o organismo gasta mais energia, alterando sua imunidade para manter a temperatura corporal estável. Enfermidades pré-existentes, como asma ou DPOC, podem apresentar estados agudos, devido à reação inflamatória causada pelos estímulos externos”, explica o especialista.

Poluição

A poluição é outro fator que prejudica a saúde de pacientes com doenças pulmonares. Os portadores de doenças respiratórias crônicas são os mais suscetíveis aos malefícios da poluição ambiental. Diversos estudos apontam os males à saúde causados por alguns dos principais poluentes, como dióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio, material particulado e ozônio.

Estudo divulgado pela Sociedade Americana do Tórax (American Thoracic Society) indicou que a exposição prolongada (mais de um ano) a níveis elevados de poluição ambiental aumenta as chances de óbitos entre os portadores de DPOC, insuficiência cardíaca e outras doenças, como diabetes e artrite reumatoide.

Dicas para enfrentar o verão com saúde

- Troque o ar-condicionado ou ventilador pelo umidificador de ambiente. Caso não tenha esse equipamento, espalhe bacias com água pelo quarto ou coloque toalhas molhadas próximas à cama.

- Deixe as janelas abertas para o ar circular melhor e arejar a casa.

- Tome banho morno, na temperatura ambiente, para evitar o choque térmico.

- Use regulamente álcool gel para higienizar as mãos. Ele ajuda a reduzir o risco de contaminação por vírus ou bactérias.

- Lave o nariz com soro fisiológico, para umedecer a mucosa nasal.

- Beba bastante água, para manter o corpo hidratado.

- Pratique alguma atividade física regularmente. Exercícios melhoram a respiração e a saúde. Porém, pacientes com DPOC mais grave devem praticar exercícios somente sob a supervisão de equipe especializada, em centros de reabilitação pulmonar, ou com orientação médica.

- Evite locais fechados. Grande concentração de pessoas, por tempo prolongado, facilita a contaminação. Caso não seja possível, não permaneça muito tempo nesses ambientes insalubres.

- Se tiver rinite, consulte um alergologista, que indicará o tratamento mais adequado para prevenir as crises.

- Mantenha a casa livre de poeira. Ambientes limpos e livres de ácaros reduzem as chances de infecções respiratórias.

- Nos dias em que a poluição estiver mais intensa, o ideal é evitar a realização de atividades físicas em lugares abertos. Outra dica é ficar atento às informações divulgadas pelas agências de controle ambiental a respeito do nível de poluentes, para evitar uma exposição maior ao nível de poluição atmosférica.

Sobre a DPOC

A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma enfermidade respiratória crônica, ocasionada, na maioria dos casos, pelo hábito de fumar, que provoca cansaço e falta de ar, comprometendo a capacidade respiratória. Com o tempo, até mesmo mínimos esforços cotidianos, como subir um lance de escada ou tomar banho, tornam-se difíceis para os pacientes. Apesar de não ter cura, a DPOC é tratável e pode ser prevenida, evitando-se o tabagismo e a aspiração de poluentes.

O tratamento medicamentoso, geralmente feito com broncodilatadores, corticoides e anti-inflamatórios, previnem as exacerbações e tem como objetivo reduzir as crises e evitar a progressão da doença. Segundo o Datasus, a DPOC mata cerca de 40 mil pessoas por ano no Brasil. A projeção da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que a DPOC será a terceira maior causa de morte no mundo até 2030.

Sobre a asma

A asma é uma doença crônica dos pulmões que tem como principal característica a presença de inflamação nos brônquios. É provocada pelo aumento da sensibilidade (hiper-reatividade dos brônquios) a estímulos como poeira e outro alérgenos – pelos de animais, mofo, pólen etc. Os principais sintomas da asma são sensação de aperto no peito, falta de ar, cansaço, chiado e tosse (com ou sem catarro).

Informações sobre a Takeda Brasil

Com sede administrativa localizada em São Paulo e fábrica em Jaguariúna, a Takeda Brasil é uma companhia global japonesa orientada para pesquisas, com foco principal em produtos farmacêuticos. Presente em mais de 70 países, ocupa o 12º lugar no ranking das companhias farmacêuticas globais.

A Takeda tem presença consolidada no mercado brasileiro, fabricando e comercializando mais de 40 produtos, distribuídos entre as linhas de prescrição médica (Rx), uso hospitalar e medicamentos isentos de prescrição (OTC), como Neosaldina® (analgésico), Eparema® (digestivo), Nebacetin® (antibactericida), entre outros.

Em julho de 2012, a unidade brasileira anunciou a compra do laboratório Multilab, aumentando o portfólio de produtos e consolidando seu posicionamento no mercado nacional como uma das 10 maiores farmacêuticas do país. As duas marcas (Takeda e Multilab) serão mantidas e o grupo passa a ter no Brasil cerca de 1.800 colaboradores, operando com duas fábricas, em Jaguariúna (SP) e em São Jerônimo (RS).
Mais informações sobre a Takeda Brasil podem ser encontradas no site corporativo da empresa: http://www.nycomed.com/br/. 

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