Embora tenha enfrentado dois surtos graves de Influenza Aviária em menos de um ano (um deles, o de junho do ano passado, afetou profundamente a produção de ovos do país), o México enfrenta agora surto que, independente de sua extensão ou gravidade, terá muito maior repercussão que os dois casos mais recentes. Porque a ocorrência atual envolve a principal empresa avícola local e maior produtora de carne de frango do país, além de ser uma das maiores produtoras de ovos mexicana - a Bachoco.

No final de semana divulgava-se que cerca de meio milhão de aves estariam sujeitas ao problema e, portanto, deveriam ser submetidas a sacrifício sanitário. Ontem falava-se em mais de um milhão de cabeças, já que a presença do vírus foi detectada em dez granjas de reprodutoras pesadas e em outras duas de poedeiras.

Em comunicado datado de domingo, 17 de fevereiro, o Serviço Nacional de Saúde, Inocuidade e Qualidade Agroalimentar (SENASICA, na sigla em espanhol) observa que, sequenciado o vírus que afeta aves de granjas da Bachoco em Guanajuato (estado central do México e que faz fronteira com Jalisco, onde ocorreu o grande surto de 2012), foi confirmado tratar-se do subtipo H7N3 de alta patogenicidade, similar aos isolados em Jalisco e Aguascalientes.

Embora o numero de granjas e o plantel afetado sejam significativos, a ocorrência não deve afetar a produção mexicana de carne de frango, especialmente porque a Bachoco conta com, aproximadamente, uma centena de granjas espalhadas pelo território mexicano e dedicadas à produção de ovos férteis destinados à avicultura de corte.