Um paciente com apendicite pode confundir a típica dor no abdômen com um desconforto estomacal qualquer. Se ele procurar um médico, a perigosa apendicite pode ser diagnosticada e tratada via cirurgia.

Agora, caso decida tomar um medicamento por conta própria, os sintomas podem até ser mascarados, mas a inflamação prosseguirá até que o apêndice se rompa e leve à infecção generalizada do organismo, com alto risco de óbito, dependendo de cada paciente.

O relato acima pode estar ocorrendo neste exato momento em qualquer parte do mundo e mostra o perigo da chamada automedicação.

Conforme afirma a farmacêutica Lizete Vitorino, coordenadora do Serviço de Farmácia da Santa Casa de Maceió, os medicamentos podem apresentar algum efeito colateral ou reação adversa se ocorrerem em certas condições.

Entre tais condições pode-se elencar o uso do medicamento junto com outros remédios (industriais ou caseiros); a simples exposição ao sol; a necessidade ou não de jejum; a ocorrência de doenças pré-existentes; a condição de gestante; o uso da medicamentação em horários, frequência e doses incorretas, entre outros. “Tudo isso pode anular a ação do medicamento ou provocar reações indesejáveis, que podem deixar sequelas ou mesmo provocar a morte do paciente”, disse Lizete Vitorino.

Já a médica Tereza Tenório lembra a população para que siga as orientações médicas, leia as instruções do fabricante do remédio, comunique ao médico se está usando medicamento controlado ou caseiro e pergunte sobre a possível ocorrência de efeitos adversos. “São cuidados que o paciente deve adotar para manter-se informado e evitar a intoxicação medicamentosa”, diz a médica.