Casos de mordidas de cão duplicaram em cinco anos, afirma UE do Agreste

18/02/2013 12:57

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Assessoria

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As estatísticas de atendimento da Unidade de Emergência Doutor Daniel Houly (UEDH), em Arapiraca, apontam uma acentuada elevação nos casos de atendimentos às vítimas de mordida canina nos últimos cinco anos. No período compreendido entre os anos de 2008 e 2012, a Unidade atendeu 4.760 pacientes vítimas de mordida de cão.

Os gráficos comprovam que houve um aumento aproximado de 47% nas ocorrências registradas nos últimos cinco anos. Em 2008, a Unidade de Emergência atendeu 767 pacientes e em 2009 esse número subiu para 840. Já em 2010 foram 1.010 casos; em 2011, aumentou para 1.017 casos e no último ano (2012), 1.126 casos.

O filho caçula do corretor de imóveis arapiraquense Antônio Carlos de Oliveira, de apenas quatro anos, foi vítima da fúria do próprio cão. Segundo o corretor, a criança foi atacada pelo cachorro da família, um Pastor Alemão, quando resolveu acariciá-lo no momento em que ele se alimentava. “Foi tudo muito rápido. Ouvi um latido e, em seguida, o grito do meu filho. Ao chegar ao quintal me deparei com a mão da criança com bastante sangue”, informou.

Além da dor causada pelo ferimento, a mordida do animal pode transmitir doenças, inclusiva a raiva, uma doença contagiosa e grave. No caso das mordidas, caso comum na região Agreste, suas bactérias podem causar infecções na pele, articulações e ossos. As infecções ocorrem com maior frequência se o intervalo de tempo entre o acidente e o atendimento for maior que 8 horas. O risco de infecção após uma mordida por cão é de 4 a10%. Se o animal agressor for um gato o risco é de 50 a 80%.

A raiva é causada por um vírus (Rhabdovirus) que atinge de maneira letal o sistema nervoso do indivíduo contaminado. Caracteriza-se por perturbações nervosas de origem cerebral e medular, com excitação, depressão, paralisia e finalmente a morte do animal. No homem, a raiva é transmitida por meio da saliva dos cães raivosos, que pode já contar os vírus da raiva até 10 dias antes da manifestação dos primeiros sintomas da doença. Por atacar o sistema nervoso, as mordidas no rosto e braços são muito mais perigosas do que as nas pernas. O período de "encubação" do vírus após a mordida é de 20 a 60 dias, tanto para o homem quanto para os animais.

DICAS QUE PODEM EVITAR O ATAQUE DE UM CÃO:

- Evite correr perto de um cão;
- Não perturbar um cão que está cuidando dos filhotes, dormindo ou comendo;
- Não se aproximar de cerca ou muro que tenha um cão, uma vez que ele pode sentir que seu território esteja sendo ameaçado;
- Se um cão se aproximar para cheirá-lo, fique parado. Na maioria das vezes ele vai embora quando entende que não existe uma ameaça.
- Se for ameaçado por um cão, procure manter a calma, não grite nem corra.

Primeira Edição © 2011