O Hemocentro de Alagoas (Hemoal) não está sofrendo este ano da crise do "bom samaritano" após o Carnaval como em outros lugares do país. Em algumas regiões, os foliões procuram o hemocentro com o pretexto de se tornar doador, mas com o objetivo de realizar exame de HIV.

Segundo a gerente de homoterapia, doutora Edilene Sampaio, era comum esse tipo de prática em Maceió. "Durante alguns anos estamos realizando durante as campanhas de doação a conscientização da população em relação ao assunto", disse.

Ela explicou que o doador em potencial passa por uma entrevista onde é exposto os seus reais objetivos para a doação. "Caso ele queira passar pelo processo de triagem apenas para obter o resultado de algum exame, encaminhamos o candidato para uma unidade de saúde". Edilene colocou que o resultado dos exames do Hemoal demorarm em torno de dois meses: "Em outros lugares é realizado mais rápido e de forma específica".

Estoque em baixa

Edilene ainda informou que o estoque da unidade está razoável, mas ainda abaixo da média. "Temos 210 bolsas, onde o ideal seria 300".

A doutora expôs que durante o Carnaval o uso do estoque foi baixo. "A demanda maior é para o Hospital Geral do Estado, onde 70% das bolsas vão para a unidade".

O sangue que o Hemoal possui mais necessidades são os tipos negativos, principalmente os O. "Ele é doador universal, portanto, o mais usado".

Para ser doador

O voluntário precisa está com boa saúde, idade entre 16 e 67 anos e no mínimo 50 kg. No caso dos menores de 18 anos é imprescindível estar acompanhado dos pais ou portando um documento de identificação oficial e original deles, além de uma autorização formal, cujo formulário pode ser baixado no site.

O voluntário não pode ter contraído doença de Chagas, Aids, sífilis e hepatite após os 10 anos. Já quanto aos doadores que desejam realizar novamente o procedimento, estipula-se um intervalo de dois meses para os homens e três para as mulheres. A doação de sangue não é permitida para gestantes e lactantes.