A crise na Saúde Pública de Alagoas agora atinge os médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Maceió. 80% dos profissionais decidiram em assembleia na noite desta segunda-feira (4) se desligar do Estado e devem ainda esta semana entregar os cargos. Eles reclamam de baixos salários.

Edilma Albuquerque, diretora financeira do Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed), disse hoje ao Primeira Edição que 23 dos 25 médicos que atuam no Samu em Maceió assinaram ontem um protocolo de demissão coletiva que deve ser entregue a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e ao Ministério Público Estadual.

“Esses médicos são serviços prestados. Somente dois que não estavam na reunião faltam assinar o pedido. São profissionais que estavam de plantão noutras cidades, mas assim que voltarem para Alagoas irão assinar e o protocolo será entregue”, afirmou.

Segundo a diretora do Sinmed, um médico do Samu recebe hoje cerca de R$ 4 mil, mas a média nacional é de R$ 9,8 mil.

Com o desligamento dos médicos serviços prestados apenas dez profissionais efetivos vão continuar no quadro do Samu para atender toda a demanda da cidade.