Duplo homicídio em Capela terá duas linhas de investigação

Ex-policial militar estaria envolvido no crime; pai e filho foram mortos a tiros no sábado, 5

07/01/2013 15:17

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Thayanne Magalhães

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O assassinato de Valdir Francisco da Silva, de 49 anos, e Felipe Araújo da Silva, de 24, mortos a tiros na noite desta sábado (5), no município de Capela, interior de Alagoas, terá duas linhas de investigação, segundo confirmou o delegado titular do 103º Distrito Policial, José Levino, responsável pelo caso.

As vítimas, pai e filho, foram mortos por três homens armados que estavam em uma motocicleta Twistter amarela de placa não anotada, e os surpreenderam na rua onde moravam. Valdir, conhecido na cidade como ‘Val do Capeta’, foi o primeiro a ser atingido e o filho, segundo testemunhas, teria tentado socorrer o pai, e acabou sendo morto em seguida.

“Temos duas linhas de investigação e poderei passar maiores informações a partir desta terça-feira [8], quando ouviremos os familiares das vítimas e testemunhas do crime”, afirmou Levino.

Uma das linhas de investigação pode ser o envolvimento do ex-policial militar Anderso Minervino, que perdeu sua farda em 2011 depois de ter atirado contra ‘Val do Capeta’ depois de uma discussão em plena via pública. O fato, ocorrido em 15 de novembro daquele ano, repercutiu na mídia nacional e o Comandante Geral da Polícia Militar (PMAL) na época, Luciano Antônio da Silva, decidiu pela perda da farda do policial por má conduta.

Segundo documento obtido com exclusividade pelo Primeira Edição, o comandante afirma que a perda da farda se deu “pela prática a qual afeta a segurança de cidadãos, onde o ex-militar Anderson Minervino, que tinha como dever proteger e respeitar a pessoa humana, mostrando uma boa conduta tanto em sua vida profissional como na pessoal, não atendeu a esses requisitos e veio a atingir cidadãos no município de Capela em via pública no dia 15 de fevereiro de 2011”.

Além de Valdir, que foi atingido por 4 disparos, outras duas pessoas, também acabaram sendo atingidas pelos disparos.

“Por esses motivos foi decretado o ex-ofício de policial militar para o mesmo”, afirmava o documento.

Nesta terça o Primeira Edição volta a entrar em contato com o delegado José Levino. 
 

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