Irmãos são agredidos com "pit boys" na Jatiúca e denunciam o descaso da polícia

Grupo de sete elementos teria agredido os dois irmãos em via pública; vítimas denunciam mau atendimento na Central de Polícia

31/12/2012 12:44

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Thayanne Magalhães

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Por meio do facebook, o internauta Cristóvão Rodrigues denunciou que ele e seu irmão foram agredidos por um grupo de sete rapazes, ao qual nomearam de “filhinhos de papai”, neste domingo (30), em plena via pública. A agressão teria ocorrido na Avenida Álvaro de Otacílio, no bairro de Jatiúca, em Maceió.

De acordo com o denunciante, os agressores estariam em uma Hilux preta de placa não anotada, e teriam começado as agressões sem nenhum motivo aparente. “Esses elementos nos agrediram de forma covarde e sem motivos [...], claro que com a certeza que a impunidade reina e corrompe nossa polícia e órgãos públicos, se acham no direito de agredir e humilhar a quem quer que seja em maior número e contarem com o apoio de pais influentes no meio político e social”, desabafou o jovem.

Cristóvão denuncia ainda a demora no atendimento da Polícia Militar (PM). De acordo com ele, depois da agressão, a polícia foi solicitada e esperada por mais de uma hora, sem aparecer. “Depois de diversas ligações, e mesmo tendo uma delegacia nas proximidades e uma viatura avistada a cerca de um quilômetro [...], na Central de Polícia para dar queixa do ocorrido, um policial se omitiu completamente do caso”.

O jovem deixa clara a sua queixa para o Governo de Alagoas e Prefeitura de Maceió. “Assim, após diversas ligações, nos informaram que deveríamos ir à Central de Polícia ‘abrir’ o boletim de ocorrência, para que na quarta-feira [2] possamos fazer o corpo delito e solicitar as imagens e as gravações [...] dependemos da boa vontade da polícia para que as mesmas sejam liberadas e haja justiça em nosso caso. Todo local onde houve a agressão é monitorado por câmeras de segurança da SMTT e da Prefeitura, além das câmeras particulares [de estabelecimentos], o que possibilita a identificação dos elementos de forma rápida e precisa. Dependemos apenas da boa vontade dos que conduzem o caso”.

Cristóvão deixa clara a sua indignação com o que ele considera como “descaso da polícia”. “Creio que porque falamos que os agressores estavam em uma Hilux, eles dão tratamento diferente em decorrência do carro do infrator, não é mesmo?”, indaga.

Ele afirma ainda que se as agressões fossem mais graves, ele e o irmão teriam morrido “sem o mínimo de socorro ou dignidade”.

”Espero que espalhem essa mensagem para que nossa cidade não seja dominada por oligarquias e minorias que usam e abusam de sua influência para seu bel prazer. Afinal se deixamos passar um crime desse então estaremos nos corrompendo. Eu tenho conhecimento, entretanto, os pobres e sem teto que são e foram mortos por esses mesmo seres desprezíveis não têm! Espero que isso sirva de lição e aviso a todos e que nossa cidade não se renda aos interesses de poucos e sim aos interesses do povo!”
 

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