Câmara da Barra de Santo Antônio cassa mandato da prefeita Ciçou

20/12/2012 15:26

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Assessoria

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Em sessão ordinária realizada na manhã de hoje (20), a Câmara da Barra de Santo Antônio decidiu cassar Maria Cícera Mendonça Ciçou (PTB) do cargo de prefeita do município. A decisão foi tomada por seis dos nove vereadores presentes e se apoiou no relatório da Comissão Processante, que foi lido em plenário.

As denúncias contra a prefeita já tinham levado a Câmara a afastá-la do cargo em outubro, quando assumiu a prefeitura o vereador e presidente da Câmara, Márcio Bonfim (PMN). Ciçou tentou em várias instâncias da Justiça reaver o cargo, mas não conseguiu. Com o fim das investigações e apresentação do relatório, a maioria dos vereadores entendeu que havia provas suficientes para afastar definitivamente a prefeita.

O vereador Flávio Sextafeira (PSB), relator da Comissão Processante, avaliou que o poder legislativo cumpriu o seu papel com serenidade. “Realizamos uma investigação séria, baseada em provas. O que encontramos só poderia nos levar a fazer o que fizemos hoje”. Sextafeira destaca que a prefeita não respeitou as normas da gestão pública, realizando contratações de obras e serviços sem licitações e nomeando comissionados sem que o cargo fosse criado por lei.

Para o vereador Marcos Rios (PRTB), as denúncias que motivaram a criação da Comissão Processante eram sérias e baseadas em provas. “O que a Comissão fez foi aprofundar as investigações. Ficamos impressionados com o desrespeito ao dinheiro público. Houve apropriação indébita de recursos da previdência social e dos pagamentos dos empréstimos consignados”. Outro aspecto destacado pelo vereador foi o caos administrativo deixada pela prefeita, com servidores da Educação em greve por terem salários atrasados em dois meses.

A investigação sobre a administração da prefeita Ciçou começou no dia 8 de outubro deste ano, a partir da denúncia que ela teria tentado corromper vereadores com emissão de quatro cheques de R$ 29 mil, utilizando a conta do FPM. Com a instalação da comissão, a Câmara resolveu também afastá-la preventivamente, para que não houvesse prejuízos nos trabalhos de apuração das denúncias. A prefeita recorreu, mas a Justiça manteve o seu afastamento.

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