Cardiologista alerta sobre sinais e prevenção de morte súbita

12/11/2012 05:19

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Divulgação

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Com o tema Coração na Batida Certa, a data 12 de novembro foi escolhida para comemorar o dia Nacional de Prevenção das Arritmias Cardíacas e Morte Súbita. No aspecto epidemiológico, a morte súbita cardíaca é responsável por cerca de 300 a 400 mil mortes/ano nos EUA. No Brasil, estima-se que esse número chegue a 250 mil.

De acordo com o responsável pelo serviço de Arritmia e Eletrofisiologia da Santa Casa, especialista em cardiologia, Dr. Edvaldo Ferreira Xavier Junior, a morte súbita não escolhe cor, classe social, idade ou lugar. Por isso, é importante estar atento aos primeiros sinais de um ataque.

Segundo Edvaldo Xavier, as causas cardíacas se manifestam por uma abrupta perda de consciência, aproximadamente uma hora após o início sintomas agudos, tais como: dor no peito, palpitações e “falta de ar”, podendo ocorrer em indivíduos com ou sem cardiopatia pré-existente.

Aproximadamente 40 mil pessoas com idade igual ou inferior a 40 anos irão morrer subitamente este ano nos EUA. Acredita-se que maioria das mortes súbitas neste grupo etário é causada por anomalias do ritmo cardíaco, entre elas a síndrome de Wolff-Parkinson-White. Neste caso, o paciente pode ser totalmente curado por meio da ablação por cateter de radiofrequência.

O especialista alerta que pessoas que apresentam no histórico familiar quadro de desmaios e morte súbita devem realizar exames preventivos para evitar surpresas desagradáveis. Ele destaca também que a prevenção da morte súbita passa pela cautela com as doenças coronarianas e seus fatores de risco como hipertensão arterial, diabetes, obesidade, sedentarismo, tabagismo, ou em pacientes com maior risco como, os portadores de infarto agudo do miocárdio prévio, síncopes acompanhadas de arritmias, insuficiência cardíaca de classe III ou IV da New York Heart Association (NYHA).

O cardiologista pontua ainda que a prevenção da morte súbita pode ser de dois tipos. Na prevenção primária, o tratamento ocorre naquelas pessoas que jamais sofreram uma parada cardíaca, mas são portadores de uma patologia que certamente poderá causar sua morte. A síndrome de Brugada, por exemplo, pode ser responsável pelo surgimento de ARRITMIAS VENTRICULARES FATAIS, apresentando elevado índice de mortalidade. Nesses casos, somente o implante de um dispositivo chamado cardiodesfibrilador (CDI) poderá oferecer uma prevenção eficaz.

Já nas pessoas que foram recuperadas de uma parada cardíaca, muitas vezes, quando diagnosticadas com arritmias malignas e potencialmente letais, a prevenção é dita secundária e para prevenir futuros episódios podem necessitar do implante de aparelhos tipo marca-passos cardíacos ou novamente os cardiodesfibriladores (CDI).

Mesmo com as possibilidades de tratamento e prevenção, o cardiologista considera importante a proposição de uma lei que regulamente a implantação de Desfibriladores Externos Automáticos (DEA) em locais de grande aglomeração. Os aparelhos poderiam ser utilizados como a primeira assistência em um caso de morte súbita. Com isso, ele acredita que os números de vítimas fatais tenderiam a cair consideravelmente.

Primeira Edição © 2011