“Renovar é transformar em protagonista quem sempre foi figurante”, disse Thiago Bomfim no Conversa de Botequim

Candidato a presidente da Renova OAB apresentou propostas em entrevista ao Plínio Lins

09/11/2012 16:11

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Assessoria

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O candidato a presidente da OAB/AL pela chapa 3 Renova OAB, Thiago Bomfim, foi entrevistado desta quinta-feira, 8, no programa Conversa de Botequim, comandado pelo jornalista Plínio Lins, no restaurante Anamá, no bairro da Ponta Verde. Plínio vem realizando uma série de entrevistas com todos os candidatos à presidência da OAB/AL, triênio 2013-2015. O evento reuniu mais de 100 advogados e apoiadores da chapa 3 Renova OAB.

O jornalista Plínio Lins abriu a noite destacando matéria veiculada no final de semana em um jornal diário, que retrata a realidade das redes sociais durante a campanha e destacou a atuação de Thiago Bomfim pelo perfil civilizado e isento de agressividade. “Nossa campanha vai bem, temos uma aceitação boa. Apresentamos propostas e mantemos a nossa postura civilizada”, disse Thiago Bomfim.

Entre os temas abordados durante a entrevista, Plínio conversou sobre o ineditismo desta eleição de 2012 possuir a inscrição de cinco chapas fortes. “Houve falta de habilidade na condução do processo de sucessão. Uma vez que a atual gestão está conduzindo o processo sucessório, desde o início, de forma antidemocrática", destacou o candidato a presidente da Renova OAB.

Questionado pelo jornalista sobre os pontos positivos e negativos da gestão do atual presidente, Thiago destacou o papel que a instituição tem perante a sociedade. “Não vou dizer que a OAB não é respeitada. A OAB por força de lei tem missões que extrapolam a função de entidade de classe. A atuação recente com a sociedade foi boa só deixou os advogados desamparados. A última gestão foi muito mais para alguns membros da diretoria do que para a classe advocatícia. Este sentimento de desamparo é o que mais sentimos durante nossas visitas e viagens”, explicou o candidato a presidente.

Os gastos de campanha também foram questionados pelo jornalista, que disse ter recebido informação de que este ponto havia sido “ocultado” pelo candidato em outras entrevistas. Em resposta Thiago reforçou que não foge ao debate e que não há nada a esconder.

“Há um equívoco nesta informação que chegou até você. Recentemente um veículo divulgou que a estimativa de nossa campanha é em torno de R$ 300 mil. E este valor não é para um mês, mas sim para toda a campanha”, reforçou Thiago.

Já sobre sua atuação como vice-reitor da Escola Superior de Advocacia (ESA), durante a primeira gestão de Omar Coelho, Thiago esclareceu alguns fatos. “Fui vice-reitor na primeira gestão do Omar e o reitor era o professor Marcos Mello. O que nos levou desde os primeiros meses a ficar desestimulado foi a falta de apoio da entidade. Apesar disso, mesmo sozinho, sem apoio algum, consegui realizar alguns eventos. Trouxe, por exemplo, o Doutor Camilo Colani para falar sobre a então nova lei do divórcio e alguns outros grandes nomes. Infelizmente, o próprio presidente não nos prestigiou com sua presença”, afirmou o candidato.

Entre as propostas conversadas, Thiago destacou a gestão democrática, que tem como finalidade saber ouvir os advogados. “Não se pode admitir que em uma sessão de conselho o presidente mande um conselheiro calar a boca e recorrer ao Conselho Federal caso esteja achando ruim. O nosso nome de renovação é de postura, não vou mandar ninguém calar a boca. Vamos ouvir o que as pessoas têm a dizer”, disse o candidato.

“Nós temos uma proposta revolucionária que não foi levantada pelos nossos concorrentes que é a da ‘advocacia pro bono’, que significa ‘advocacia para o bem’. Esse termo causa confusão, mas quero deixar claro que não é exercer papel de defensoria pública, mas sim justiça social. É uma proposta de cunho social e não de classe”, destacou Thiago.

Como nas entrevistas anteriores, Plínio pediu que fosse explicada a escolha do nome do candidato para o cargo, já que existem outros candidatos que dizem ser vítimas de traição. “Quem não é fruto da escolha democrática rejeita a democracia”. Esta foi a frase usada pelo candidato a presidente da Renova OAB quando o assunto foi a escolha do seu nome para as eleições deste ano. “O processo de escolha do meu nome foi democrático, em prol de projeto coletivo e não de um projeto individual”, explicou Thiago.

Thiago falou ainda sobre as comissões temáticas e a escolha dos membros que, segundo ele, devem ser técnicas e não de conveniência ou interesse político. Ele ainda defendeu a criação de uma biblioteca que contemple as necessidades de todos os advogados. “Precisamos atender as necessidades do advogado concurseiro, do advogado que faz pós-graduação, do advogado que precisa ingressar em uma nova área de atuação. São várias necessidades e nós vamos contemplar todos”, afirmou.

No final da entrevista, o jornalista falou sobre o tema anuidade zero e em resposta Thiago enfatizou que para aprofundar sobre o assunto precisaria conhecer a realidade financeira da instituição. “Toda proposta será bem vinda. Só teremos que nos debruçar sobre os números para saber como anda a situação. Não podemos ser irresponsáveis, nem tão pouco ficarmos inertes ao pagamento de uma anuidade que não se reverta em benefícios para a nossa classe advocatícia”, finalizou o candidato. 

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