Judson Cabral contesta privatização do Centro de Convenções

Para o deputado não existem razões para que o Governo do Estado tome a medida, que é discutida com a Secretaria Estadual de Turismo

25/10/2012 14:23

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Thayanne Magalhães

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A privatização do Centro de Convenções e de Exposições Ruth Cardoso foi assunto discutido durante a sessão ordinária na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), na tarde desta quinta-feira (25). Para o deputado Judson Cabral (PT), não existe razões para que seja tomada a medida, que vem sido discutida entre o Governo do Estado, atual responsável pela manutenção do local, e a Secretaria Estadual de Turismo. (Leia aqui sobre o assunto)

Judson afirma não acreditar que o Centro de Convenções seja privatizado pela falta de pagamento de se setores das empresas usam o local para realizar eventos, já que, segundo o parlamentar, são setores com grandes empreendimentos que pagam pelo espaço.

As colocações o deputado dizem respeito à carta enviada pela secretária adjunta de Turismo de Alagoas, Raquel Tenório, aos veículos de comunicação, explicando que a privatização se deve à preocupação com a manutenção do prédio.

Cabral contestou sobre os setores da área da cultura que não serão beneficiados com a privatização e disse que espera que o Governo consulte a Assembleia Legislativa sobre a medida, especificando principalmente as razões para a decisão. 

Confira a carta de Raquel Tenório na íntegra:

Senhores,
O objetivo de qualquer Centro de Convenções é captar e promover congressos e eventos técnicos e científicos. Temos a consciência que para captar eventos de pequeno, médio e grande porte é necessário que se ofereça um equipamento de altíssima qualidade, visto que, a competitividade entre os Centros de Convenções em todo Brasil é muito grande.

A Secretaria de Estado do Turismo desde agosto de 2007, quando o Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso veio para a nossa gerência tem se preocupado em procurar uma melhor forma de gestão do nosso maior equipamento turístico. Após muitas discussões entre vários setores do governo e de entidades privadas que fazem parte de todo o trade turístico, chegou-se a conclusão que a melhor maneira de gerir o CCERC seria a terceirização.

Temos que citar algumas informações fornecidas pelo Ministério do Turismo no que diz respeito aos turistas de eventos. É sabido que o turista de eventos gasta três vezes mais que o turista de lazer, além de ser um grande formador de opinião, o turista de eventos que gosta do destino sempre volta a lazer.

O atual Governo do Estado de Alagoas sempre teve a preocupação de trazer investimentos para o setor do turismo em Alagoas. O empresariado hoteleiro local, bem como, redes nacionais e internacionais tem investido na construção de novos hotéis e na ampliação dos já existentes, muitos restaurantes foram inaugurados, além de empresas organizadoras de eventos e receptivos.

Contamos atualmente com aproximadamente 15 mil leitos apenas na cidade de Maceió, e esses precisam ser ocupados no período da sazonalidade. O segmento de eventos é o maior responsável pela ocupação desses leitos durante este período. O Governo do Estado de Alagoas, através da Secretaria de Estado do Turismo, sempre primou em seguir todos os trâmites legais exigidos em qualquer tipo de contratação. Os princípios da Isonomia, Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade, Probidade administrativa, Vinculação ao instrumento, Convocatório e Julgamento objetivo sempre forem observados, porque temos a convicção “que honestamente nunca se fez tanto”.

A agilidade necessária para administrar e manter um equipamento tão importante como o CCERC é de difícil execução para uma Secretaria de Estado. Para uma excelência na prestação do serviço é preciso uma maior flexibilidade na administração desse tipo de equipamento.

Nossa maior missão é divulgar e promover cada vez mais o destino com qualidade, pois somos “gente que faz pela gente”.

Atenciosamente,
Raquel Tenório
Secretária Adjunta do Turismo de Alagoas 

Primeira Edição © 2011