Nutricionista ensina a comer bem trocando alimentos com preço alto

24/10/2012 14:35

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G1

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Vários alimentos ficaram mais caros na segunda semana de outubro. Arroz, feijão, batata e carne tiveram alta de até 22% provocada pela estiagem que atingiu a região nos últimos meses. O pacote de cinco quilos de arroz que custava R$ 10 passou para R$ 14. Para economizar, os consumidores estão fazendo substituições na hora de cozinhar.

“Estou fazendo macarronada mais vezes para diminuir o consumo do arroz, o feijão nem sempre a gente está consumindo também, a batata eu estou substituindo por abobrinha e por outros refogados pra poder ir alternando, e a carne, o ovo tem entrado mais vezes no cardápio”, contou a dona de casa Cláudia Martins dos Santos.

A nutricionista do Sesi São Carlos (SP), Ana Carolina Militão de Lima, disse que é possível se alimentar bem, de maneira saudável, e gastando pouco. “O feijão do dia anterior pode ser utilizado para fazer um tutu, que é um prato típico, adicionando a farinha de mandioca e a soja, que é um meio de baratear esse prato porque a soja é mais barata que o feijão, além de ter mais vitaminas e minerais”, orientou.

O arroz pode ficar mais nutritivo e tem maior rendimento se for feito com um refogado de legumes como cenoura, pimentão, tomate, e o talo do espinafre.

“Dá pra reaproveitar todos os talos, na carne a gente usou o talo da salsinha que é muito nutritivo e concentra mais o sabor do tempero também”, explicou a nutricionista.

A parte branca da casca da melancia, que geralmente é jogada fora, pode ser utilizada para incrementar molhos de carnes. Ela tem gosto neutro e pega o sabor dos outros temperos. “É uma maneira de baratear o prato e aproveitar o alimento integralmente. A casca da melancia não precisa ser usada na hora, ela pode ser congelada e usada numa próxima preparação”, disse Ana Carolina.

Para evitar o desperdício, a batata pode ser consumida com casca desde que antes da preparação ela seja higienizada com uma escova.

Colesterol

A médica nutróloga Regina Furtado explicou que fatores como estresse, hereditariedade, menopausa e sedentarismo podem elevar o colesterol. “É bom investigar porque atrás disso tudo sempre tem vários erros alimentares que levam a esse aumento”, disse.

Frituras, carnes gordas, manteiga, produtos industrializados e congelados, bolos e sorvetes são alimentos que possuem muita gordura saturada e devem ser evitados por quem tem colesterol alto. Azeite, castanhas, nozes, amêndoas, aveia, frutas e legumes ricos em fibra, feijão, lentilha e soja podem ser consumidos regularmente.

Hábitos saudáveis também ajudam o controlar os níveis de colesterol. “É preciso caminhada ou a atividade física que você goste, mas não de vez em quando, são todos os dias. Manter o peso controlado é a grande jogada para aumentar o colesterol bom”, orientou a médica.

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