Maceió e Arapiraca recebem 3º Circuito Sonora Brasil

3º Circuito traz um repertório composto para música de concerto

13/10/2012 05:47

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Redação

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Responsável pela formação de muitos (bons) ouvintes em todo o País, o projeto Sonora Brasil desenvolvido pelo Sesc, apresenta, este ano, o tema: “Sotaques do Fole”, que vem circulando pelas regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste, apresentando o acordeão em suas variantes regionais ligadas à tradição oral.

Nos dias 15 e 16 de outubro, as cidades de Arapiraca e Maceió recebem o 3º Circuito do projeto, que traz um repertório composto para música de concerto e outras formas de apropriação da linguagem do instrumento relacionadas à música urbana, representada por dois dos principais acordeonistas da atualidade, Toninho Ferragutti, paulista de Socorro, e Alessandro “Bebê Kramer” gaúcho de Vacaria, ambos compositores e instrumentistas.

Eles apresentam um panorama da obra escrita para o acordeão de 120 baixos, desde Luperce Miranda e Radamés Gnattali até a vertente contemporânea de Borges-Cunha e às suas próprias composições.

Repertório:

Suíte Retratos – Pixinguinha (Radamés Gnatalli)
Quando me lembro (Luperce Miranda, transcrição: Sivuca)
Choro de cordel (Sivuca)
Fuga pro Nordeste (Dominguinhos)
O sorriso da Manu (T. Ferragutti)
Mestre Paulo (Bebê Kramer)
Monólito (Antônio Carlos Borges-Cunha)
Concerto para acordeon (Radamés Gnatalli, transcrição: T. Ferragutti)
Como manda o figurino (Bebê Kramer)
Na sombra da Asa Branca (T. Ferragutti)

ACORDEÃO

 O acordeão tradicional, cromático, com teclado semelhante ao do piano no lado direito e botões do lado esquerdo espalhou-se pelo mundo, adaptando-se facilmente a características culturais de diversas sociedades e épocas. Também conhecido no Brasil como sanfona a piano, é um instrumento versátil que possibilita executar obras de vários gêneros e estilos.

 Em seu desenvolvimento no país esteve associado às tradições populares, principalmente na região centro-sul que sofreu forte influência da colonização ítalo-germânica. Porém, em meados do século XX, o grande responsável pela sua popularização em todo o país foi o nordestino Luis Gonzaga, que alcançou grande projeção a partir de sua vinda para o Rio de Janeiro onde participava assiduamente dos programas de rádio, principal veículo de comunicação na época.

Ganhando sotaque urbano a partir de sua popularidade, aos poucos foi sendo inserido no ambiente do choro e de outros gêneros próximos à música acadêmica e de concerto, tendo Chiquinho do Acordeon seu principal representante na época. Integrante do Sexteto Radamés, Chiquinho teve a oportunidade de incluir o instrumento nos grandes arranjos e composições do mestre Gnattali.

 Nas últimas três décadas vem se ampliando o número de músicos jovens que se dedicam ao instrumento, a maioria deles pianistas que se encantaram com a sonoridade do fole. Com isso já é possível encontrar sua sonoridade em dezenas de discos relacionados a gêneros populares urbanos e até mesmo ao jazz, mas sua inserção na música de concerto ainda é muito tímida, com alguns exemplos em conjuntos de câmera e a quase inexistência de concertos dedicados a ele.

SERVIÇO

Arapiraca
Sonora Brasil – Sotaques do Fole (3º Circuito)
Grupo: Duo Ferragutti/ Kramer (RS)
Data: segunda-feira, 15 de outubro
Local: Sesc Arapiraca (Rua Manoel Cazuza, s/n, Santa Edwiges, Arapiraca – AL)
Horário: às 19h30
Entrada franca
Mais informações: (82) 3482-2400

Maceió
Sonora Brasil – Sotaques do Fole (3º Circuito)
Grupo: Duo Ferragutti/ Kramer (RS)
Data: terça-feira,16 de outubro
Local: Sesc Centro (Rua Barão de Alagoas, 229, Centro, Maceió – AL)
Horário: às 20h
Entrada franca
Mais informações: (82) 3326-3133

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