Trabalhadores da Educação invadem Centro de Convenções e conseguem reunião com Soares

Categoria quer retomar negociações sobre PCCS; outros atos estão marcados para os dias 10 e 11 deste mês.

03/10/2012 06:50

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Marigleide Moura

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Atualizada às 11h58

Revoltado com a decisão do Secretário de Educação, Adriano Soares, em realizar assembleia com trabalhadores no Centro de Convenções, um grupo de funcionários que participou de reunião no Clube Fênix Alagoano saiu até o local. Eles invadiram o prédio com o objetivo de ser ouvido pelo gestor e retomar as negociações sobre o PCCS.

A  assembleia no Clube Fênix Alagoano com trabalhadores da Educação teria sido marcada para definir um calendário de mobilização para cobrar do governo a implantação do PCCS e a possibilidade de greve não está descartada. A pauta é uma reivindicação antiga, segundo o Sinteal. A entidade quer urgência na solução dos impasses que estão impedindo o envio do PCCS para apreciação e votação da Assembleia Legislativa de Alagoas.

Enquanto isso, o secretário de Educação, Adriano Soares, festava em reunião com trabalhadores no Centro de Convenções para discutir a implantação do Plano de Cargos, Carreira e Salários dos profissionais do nível médio.

O aparente racha entre sindicato e secretaria estadual teve seu ápice semana passada após uma reunião onde alguns encaminhamentos do PCCS teriam ficado acordados, mas a convocação de uma assembleia pelo Sinteal com a categoria teria soado mal aos ouvidos do secretário.

Insatisfeito com o posicionamento do sindicato, Adriano Soares chegou a dizer que a entidade não joga limpo e suspendeu reunião com representantes para novas negociações. Hoje, a assessoria de comunicação da Secretaria de Educação e do Esporte informou que o diálogo continua aberto com o Sinteal, mas que novas negociações só devem ocorrer após as eleições.

A pausa nas negociações seria para acalmar os ânimos nesse período eleitoral. Soares chegou a acusar o sindicato em um post no facebook de partidarização política. “Lança uma nota às vésperas da eleição, virando um esbirro de interesses políticos de grupos partidários”, escreveu.

Já o Sinteal postou em seu site que o Governo declara guerra à Educação em Alagoas e diz que o canal de negociação está fechado. “Até agora não estamos entendendo, ele sentou conosco para negociar e houve avanços, estávamos com uma reunião técnica marcada, e o canal simplesmente foi fechado quando marcamos uma assembleia com a categoria. Mesmo impacientes, estávamos confiando na palavra dada pelos gestores de que o Plano seria aprovado. Agora compram espaço em horário nobre na televisão com inverdades, dividindo a classe trabalhadora”, disse Consuelo Correia, presidenta do Sinteal.

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