Secretário só tem atrapalhado as negociações, diz Sinmed sobre greve dos legistas

Wellington Galvão disse que o estado de greve continua no IML

24/09/2012 07:28

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Marigleide Moura

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Afirmando ainda não ter sido notificado sobre a decisão judicial que pede sua prisão e dos legistas que se recusarem a trabalhar, o presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas, Wellington Galvão, disse hoje (24) ao Primeira Edição que o estado de greve continua no Instituto Médico Legal (IML). O sindicalista ainda acusa o secretário de Defesa Social, coronel Dário César, de atrapalhar as negociações entre a categoria e o Estado.

“Agente entende que a greve é legítima. A decisão pela greve foi dos médicos e o sindicato apenas apoia e acompanha. Agora, estamos esperando o Estado negociar, mas o Secretário de Defesa Social só tem atrapalhado as negociações”, pontuou Galvão.

A paralisação dos médicos legistas foi deflagrada na sexta-feira, 21, após o fracasso de mais uma rodada de negociação entre os profissionais e o Estado. Uma reunião estava agendada para a tarde de quinta-feira, no Tribunal de Justiça de Alagoas, mas os representantes do Governo não compareceram e a categoria que já ameaça greve decidiu cruzar os braços.

Leia também: Fracassa negociação entre legistas e Estado

Greve no IML: Dário César acusa Sindicato dos Médicos de intransigência

No sábado, o desembargador-presidente Sebastião Costa Filho, determinou que o sindicato deve pagar multa diária de R$ 10 mil; os corpos devem ser liberados para sepultamento com o registro cadavérico e a prisão do presidente do Sinmed e de qualquer legista que se negue a trabalhar.

A categoria pleiteia reajuste salarial e outro local para abrigar o IML. Segundo Wellington Galvão o salário de um médico legista em Alagoas é de R$ 2.600 e que a média na região Nordeste é de R$ 8 mil. Conforme o sindicalista, a proposta da categoria é de R$ 6.500, mas até o momento nada foi decidido.

Em uma reunião no dia 17 de setembro, no Tribunal de Justiça, os legistas pediram uma gratificação referente a perícias realizadas para o seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (Dpvat). No entanto, a proposta foi rejeitada pelo Secretário de Defesa Social que afirma não ter respaldo jurídico para conceder o benefício.

Hoje à noite os legistas devem participar de uma assembleia no Sindicato dos Médicos. Nesta terça-feira uma reunião no Tribunal de Justiça pode mudar os rumos do movimento grevista.

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