Representantes de comunidades indígenas e profissionais da Educação que atuam nessas regiões se reuniram, nesta segunda-feira (24), com o secretário de Estado da Educação e do Esporte, Adriano Soares, para debater medidas de melhorias em escolas indígenas da rede pública estadual. Também participaram da reunião o deputado estadual, Judson Cabral, a procuradora do Ministério Público Federal (MPF), Raquel Teixeira, e o antropólogo do MPF, Ivan Soares.

Na ocasião, foram debatidas questões relacionadas à suspensão das aulas em algumas unidades, pagamento de monitores, reformas emergenciais e construção de novas escolas, processo seletivo para monitores de escolas indígenas e concurso público da Educação, que deve ser realizado ainda este ano.

O secretário Adriano Soares esclareceu alguns questionamentos levantados pelos indígenas e profissionais da Educação, dentre eles, o pagamento de monitores.“O contrato com os monitores não fora renovado porque o prazo de dois anos do processo seletivo já encerrou. Tomamos as medidas cabíveis e o processo relativo ao pagamento já passou pelo gabinete da SEE. A previsão é que, no prazo de quinze dias, realizaremos o repasse aos monitores, o pagamento será feito por indenização”, explicou. “Até a realização do processo seletivo para contratação de novos monitores, esses profissionais continuam em sala de aula”, garantiu Soares.

O secretário de Educação garantiu ainda levar ao Ministério da Educação (MEC) o levantamento das escolas que precisam ser reformadas e construídas nas comunidades.

Para a índia Xucuru-Kariri, Graciliana Selestino Wakanã, o diálogo entre lideranças e gestores públicos é a forma mais eficiente e democrática de solucionar os problemas e ultrapassar barreiras. “O povo indígena é um povo que luta, que sabe de seus direitos. Estamos aqui para construir juntos e combater os problemas por meio de conversa, de diálogo e da informação”, enfatizou Graciliana.