Prefeito, secretário e contador serão monitorados por tornozeleira eletrônica em Minas Gerais

23/08/2012 15:28

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O prefeito de Coração de Jesus (477 km de Belo Horizonte), Antônio Cordeiro de Faria (DEM), o secretário de Transportes, John Kennedy Souza Versiane, e o ex-secretário de Saúde e atual contador do município, Ângelo Pedro Neto, estão sendo investigados pela Polícia Federal por desvio de recursos públicos e fraudes em licitações. Por terem sido afastados das funções, proibidos de se comunicarem entre si e de entrarem em prédios públicos, a Justiça Federal autorizou pedido da PF determinando que os três usem tornozeleiras eletrônicas para poderem ser monitorados.

O prefeito, que é candidato à reeleição e tem como vice na chapa o contador e ex-secretário de Saúde, Ângelo Pedro Neto, será substituído pelo vice da cidade, Pulquério Rabelo da Conceição. As investigações apuraram que obras públicas contratadas pelo município junto a empresas particulares, mediante licitações fraudadas, estavam sendo executadas por maquinário e trabalhadores pagos pelo poder público do município de Coração de Jesus. Apontaram, também, para a existência de fraude na concessão e saque de verbas destinadas ao pagamento de Tratamento Fora de Domicílio-TFD.

Segundo o delegado federal Marcelo Eduardo Freitas, o valor desviado está estimado em R$ 2,79 milhões. "Foram encontrados documentos que reforçam as provas de que houve fraude." De acordo com a Polícia Federal, os benefícios eram criados pelos suspeitos de forma fictícia em nome de terceiros e sacados em proveito próprio.

Avanço

A implantação da vigilância eletrônica, diz o delegado, representa um avanço tecnológico de grande relevância jurídica, social e científica, pois permite fiscalizar o cumprimento das medidas judiciais. "Eles já estão sendo monitorados. Dessa forma vamos saber os passos de cada um deles." Conforme o delegado, o descumprimento de qualquer dessas medidas cautelares causará decreto de prisão preventiva e recolhimento a uma unidade prisional. "Não há prazo previsto para o fim das investigações nem para para a retirada das tornozeleiras".


 

Primeira Edição © 2011