Governo de Alagoas e Espanha realizam cooperação na área de prevenção de enchentes

Sala de Alerta contará com apoio do IH Cantabria para estudos e elaboração de mapas Fernanda Café

26/07/2012 12:59

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Assessoria

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A missão do Instituto de Hidráulica Ambiental da Universidad de Cantabria encerrou sua visita preliminar com um passeio ao Complexo Estuarino-Lagunar Mundaú-Manguaba (CELMM). Acompanhados de uma equipe do superintendente de Meio Ambiente da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), Anivaldo Miranda, e de uma equipe liderada pelo Diretor-Presidente do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Adriano Augusto, os técnicos da universidade espanhola fizeram o reconhecimento da área que será foco de uma das ações realizadas pelo IH Cantabria em Alagoas.

A cooperação entre a Espanha e o Governo de Alagoas está ocorrendo em diversas áreas que vão desde o turismo até a ciência e tecnologia. Através da mediação da Secretaria de Estado do Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplande), o IH Cantabria e a Semarh irão unir-se em um projeto de prevenção de catástofres, que tem como primeira prioridade a elaboração de um mapa de inundações para o estado. César Álvarez, pesquisador do Instituto, elogiou o trabalho já desenvolvido pela Sala de Alerta: “O sistema hidrometeorológico utilizado pelo estado é impressionante, muita coisa já foi feita. A parceria virá para a construção desse mapa, que é um passo importante”, afirmou.

A técnica do Instituto Ambiental Brasil Sustentável (IABS), Marcela Pimenta, informa que o trabalho de prevenção de catástrofes é desenvolvido pelo IH Cantabria no estado do Rio de Janeiro, e agora será realizado em para Alagoas. Ela informa que a segunda prioridade do projeto, que será um estudo das áreas de dragagem do CELMM, também beneficiará os projetos da cooperação na área de pesca e aquicultura, onde está sendo realizado um diagnóstico da cadeia produtiva do sururu.

De acordo com o superintendente de meio ambiente da Semarh, Anivaldo Miranda, as lagoas são uma prioridade do Estado no momento. Segundo Adriano Augusto, um estudo preliminar informa que a lagoa recebe cerca de 50 mil m³ de aporte mensal de sedimentos em seu leito, quantidade que aumentou exponencialmente na ocasião das enchentes de 2010. Uma parceria da Semarh com a Agência Nacional de Águas (ANA), já em fase final, está realizando a batimetria (medição da profundidade) da Lagoa Mundaú para verificar o assoreamento do local. Semarh e IMA unirão esforços com a Defesa Civil e a Universidade Federal de Alagoas para que essa integração de informações agilize as ações realizadas na área.

“Os estudos são fundamentais. Eles são um investimento pequeno, mas a compreensão da dinâmica hídrica do local é a base de todas as ações a serem tomadas pelo governo”, informa Bruno Pimentel, engenheiro do IH Cantabria. Os técnicos do Instituto levarão os dados preliminares para a Agencia Espanhola de Cooperação Internacional e Desenvolvimento (Aecid), onde será traçada a metodologia de trabalho a ser apresentada em cerca de 60 dias, quando serão colocadas em prática as ações discutidas. A Aecid e o IABS unem-se com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) para possibilitar a realização da cooperação entre Brasil e Espanha.

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